Bood Intentions - Beauany

⇝31.

Após muitos pedidos e muitos comentários incríveis esperando a continuação, eu resolvi voltar! Não prometo que postarei com frequência, minha vida anda muito corrida, mal tenho tempo para mim, porém Bood é algo muito importante pra mim, e quero terminar ela, escrever o final em que tanto penso, e claro, postar continuação para vocês <3 obrigada por tanta paciência, prometo que darei o meu melhor! fiquem com o cap, boa leitura!💗

Any Gabrielly.
2 semanas depois
02h23

Faz duas semanas desde que tive um último contato com o Josh, aquele abraço, logo depois dele chorar em minha frente preocupado em saber aonde eu estava. Ele não foi mais as festas, não foi nos nossos encontros do grupo, não ia mais à praia, não abria a cortina, não saia na janela e nem na porta. Joalin não sabia dizer como ele estava, dizia que mal dormia em casa, e que quando estava lá ele sempre estava no quarto, trancado.

Falta um mês para que eu possa ir embora, exatamente um mês para eu voltar com a minha "vida" na minha casa, com meu "Pai". Não sei o que sinto ao certo, mas uma grande angústia percorre meu corpo, minha mente, o medo de ser infeliz e atormentada novamente me corrói. Pensei várias vezes em me mudar para cá, mas provavelmente meu pai iria cortar todo e qualquer ligação comigo, inclusive a mesada, e não iria conseguir me sustentar sozinha aqui, e obviamente não quero ser um peso nas costas da minha tia, sei que também não é fácil pra ela. Também penso nas minhas amigas de lá, mas pela minha felicidade e saúde mental, eu faria de tudo.

São exatamente 02h23 da manhã, e eu estou definitivamente sem sono. É quinta-feira, mas decidiram não fazer nada hoje por conta do show que terá amanhã, vai das 22h ás 09h da manhã do sábado, então preferiram descansar. Mas eu não consigo pegar no sono, passei algumas horas pensando sobre oque aconteceu na minha vida desde que cheguei aqui, e definitivamente não consigo organizar as coisas na minha cabeça. Sentei em frente à janela observando o movimento da rua, algumas amigas passando rindo, provavelmente bêbadas, grupo de amigos dando risadas, algumas pessoas voltando do trabalho, outras provavelmente indo.

E por algum motivo, o barulho do mar me chamava.

Vesti um moletom, está ventando um pouco lá fora, coloquei uns lenços dentro do bolso, porque sei que precisaria, e sai silenciosamente pela casa, e caminhei até à praia. Decidi não sentar a areia, então sentei num banco bem próximo, e encolhi meus joelhos em cima, olhando para as ondas calmas, atingirem a areia numa lentidão.

Eu estou cansada.

Mas não sei dizer do que.

Eu sinto falta dele. Ao mesmo tempo que eu estou bem sem ele, sem sentir nenhuma dor ou chorar por algo ter me machucado, eu estou me sentindo vazia, chorando por não ter ele ao meu lado. Eu queria muito que nós estivéssemos bem, que ele estivesse bem, e eu também.

Enxuguei as lágrimas que desciam lentamente do meu rosto com os lenços que trouxe, e rondei o local com o olhar. No fundo da praia, encostado em uma pedra grande, perto da areia, mas não tão longe do mar, uma pessoa sentada, com a cabeça jogada para cima, e as pernas esticadas. Parecia estar pensando, ali sozinho, uma hora dessas.

Fiquei sem reação, sem saber oque fazer.

Eu iria até ele ? Eu fico aqui e espero ele vir até mim? Eu vou embora? Eu me escondo? Eu corro? Eu grito?

E sem perceber eu já estava indo até ele.

Eu não tinha controle sobre meu corpo, apenas fui.