Trinta e sete

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ღ Oi bebês, como vocês estão?

ღ Meu coraçãozinho tá apertado porque a fic tá chegando ao fim. Gente, vou sentir muita falta

ღ Sou muito grata por todo o carinho que recebo de todes vocês

ღ Por aqui é isso. Boa leitura, amores!

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Point of view Jeon Jeongguk

Dezembro chegou, trazendo com ele todo o clima nostálgico que eu adorava. Todos os anos eu e minha mãe nos juntamos para decorar a casa da forma mais bonita. No primeiro dia daquele mês, meu pai sugeriu que fizéssemos o mesmo para não deixar a tradição morrer.

— Sua mãe adoraria estar aqui para ver isso. — disse tentando desenrolar o pisca pisca, ele não levava o menor jeito. Eu ri enquanto me aproximava e tomava o objeto em mãos.

— Deixe isso comigo, pai, eu sempre fico com essa parte. — ele se sentou perto da árvore enorme já montada e tirou os enfeites de dentro da caixa recém trazida do depósito.

— Você acha que seria ruim fazer a ceia? — ele distribuía os enfeites de forma desajeitada, mas parecia muito empenhado em tentar fazer da melhor forma.

— Acho que seria ótimo, minha mãe iria gostar dessa homenagem, ela amava o natal, os enfeites, o clima de amor entre a família.

Em algum momento o assunto morreu, eu consegui desenrolar o pisca pisca e fui até o meu quarto buscar um casaco. Observei a neve caindo do lado de fora, me lembrei de quando eu e mamãe acordávamos cedo todos os dias de dezembro para assistir aos desenhos de natal que passavam na TV. Chocolate quente e um cobertor eram nossos melhores amigos em dias assim.

Quando voltei para a sala, encontrei o papai segurando um porta-retrato, as lágrimas já estavam formadas em seus olhos e ele claramente lutava consigo mesmo para não liberá-las.

Ao me aproximar, vi a imagem que ele segurava e entendi o porquê de ele estar assim. Era uma foto nossa no natal do ano em que o papai passou no concurso no senado. Eles estavam tão felizes porque pela primeira vez desde que se casaram teriam uma ceia digna e condições de me dar um presente.

Papai me notou e limpou uma lágrima que escorreu pelo seu rosto, eu o abracei de lado e encostei minha cabeça em seu ombro enquanto observava a foto com mais clareza. Ela sempre foi a mulher mais linda pra mim.

— Eu sei o que está pensando, a Doha era uma mulher tão linda, sua beleza era radiante.

— Eu amo o jeito como você é apaixonado por ela.

— Sua mãe foi a única que eu amei, sempre será. Quando a conheci, eu tive a certeza de que não queria mais ninguém se não fosse ela. — as lágrimas escorriam pelo rosto dele sem parar — Dói saber que o meu amor se foi, que ela sofreu calada até o último dia com essa maldita doença!

— Eu entendo a sua dor, sei que tem muita raiva guardada aí dentro, é muito injusto ela ter ido assim. Mas não vamos pensar desse jeito, papai, vamos relacionar apenas coisas boas a ela. É muito difícil, eu queria ter tido mais tempo, queria ter aproveitado mais a companhia dela.

— Me desculpe, filho, eu deveria ser forte e estar aqui por você, não sei porque não consigo me segurar.

— Eu nunca quis isso de você, pai, isso não está relacionado a força. O meu psicólogo me disse que cada um tem o seu tempo e o luto funciona de diferentes formas para cada um.

— É que eu não te vejo chorando pelos cantos como eu tenho feito.

— É exatamente isso que estou tentando dizer. Hoje eu consigo pensar nela sem tristeza, sem raiva, mas não foi fácil chegar até aqui. Foram muitas lágrimas derramadas, muitos ataques de raiva, mas hoje eu entendo que a minha mãe cumpriu a missão dela, e fez isso da forma mais linda que existe. Então é assim que devemos nos lembrar dela, com felicidade e inspiração para sermos pessoas melhores.

Into You (Taekook-Vkook)Onde histórias criam vida. Descubra agora