𝟵.

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acordei com minhas vistas um pouco doloridas. me levantei tropeçando no coxão da Max. fui até o banheiro do meu quarto e tomei um banho. me troquei e desci até a cozinha.

― bom dia querida, como você está? ― minha madrinha beijou a minha testa.

― estou bem, e você? ― forcei um sorriso.

"não estou bem, mas tenho que ficar" reformulei a resposta em meus pensamentos.

― estou ó tima. ― Carol sorriu, ela tinha uma xícara de chá em suas mãos e um cigarro em seus lábios. ― fiz panquecas, calda de chocolate... Suas preferidas. ― piscou pra mim, sorri e balancei a cabeça. ― e waffles.

Toby! eu tinha me lembrado que ele uma vez me falou que Waffles era seus preferidos, mas não comia desde a morte de sua irmã.

Me senti um pouco mal, como será que ele está?

― obrigada, madrinha. ― coloquei três waffles em pilhado um em cima do outro e joguei calda de chocolate. Me sentei na mesa ao lado de minha madrinha.

― bom dia queridas! Como estão? ― minha vó beijou a nossa bochecha. ― Maya, terminei de decorar aquele bolo que estava na geladeira, tudo bem? hoje é aniversário daquela sua amiga estranha, né.

― a Max? ― eu questionei e ouvi minha madrinha rir.

― ela mesmo, pelo menos ela tem um estilo legal. ― Carol, minha vó, bebeu seu café. ― vou acordar aqueles quatro, só sabem dormir. ― minha vó subiu às escadas.

― ela não está tão deprimida como antes. ― olhei para minha madrinha. ― Maya, você é uma garota incrível, não merecia passar por aquilo tudo.

Eu fiquei alguns minutos em silêncio.

― As pessoas incríveis se tornam as pessoas mais tristes, mas no meu caso, eu só virei uma pessoa inútil que é importante pra pessoas preocupadas. ― eu disse

― não é verdade, você sabe disso. ― ela me encarou, preocupada. ― você precisa de um psicólogo, eu sei que você não gosta, mas você tem traumas, muitos. E, é por isso que precisa conversar com alguém de confiança.

― eu não preciso, eu não vou ficar maluca e...

-― não é questão de ficar maluca, chega uma hora que todo mundo precisa de um psicólogo. ― Maggie apareceu na porta da cozinha.

― se vocês me querem bem, parem de se preocupar. ― revirei os olhos

― não é assim, você sabe disso. você é importante, gostamos de você, queremos o seu bem, Maya! Você precisa de um psicólogo, e o seu pai também. ― minha madrinha falava isso com tanta convicção.

― meu pai? o meu pai que ferrou o meu... ― parei ao perceber o que iria falar. ― eu estou bem, e se continuarem com isso, com essa opressão para eu ir a merda de um psicólogo, dessa vez eu não irei voltar. ― ameacei me levantando da mesa, lavei o meu prato e sai de casa.

Eu andei até um parque abandonado, não tinha ninguém, claramente. Me sentei em um banco, e de fato, senti a sua unhas grandes encostarem no meu pescoço.

― Laughing Jack, não é uma surpresa você estar aqui. ― eu debochei.

― vadia ruiva. ― falou áspero ― o quê quer aqui?

― nada, só vim pedir docinhos para o Laughing Jack. ― revirei os olhos. ― vamos direto ao assunto, o quê é "VRN"? E por que tinha um cara de preto me olhando?  ―  me levantei olhando pra ele, saquei a faca que o Slenderman me deu.

― você é inteligente. ― ele ironizou.

― não sou inteligente, apenas sei que em algum momento, você iria vir atrás de mim, quando eu não estivesse debaixo dos olhos de Slenderman. ― apontei a faca em seu rosto. ― me conta.

𝐌𝐄𝐋𝐀𝐍𝐂𝐇𝐎𝐋𝐘 𝐆𝐈𝐑𝐋, ticci toby ও maskyOnde histórias criam vida. Descubra agora