━━━ ﹙𝐌𝐄𝐋𝐀𝐍𝐂𝐇𝐎𝐋𝐘 𝐆𝐈𝐑𝐋﹚ʾ ִֶָ𖧧.
❝ onde você se apaixona
por dois creepypastas e
descobre sua verdadeira
história ❞
"― você me lembra alguém que eu já amei".
"― e qu...
querida Maxine, me desculpe por dar notícias só agora. eu juro que se eu pudesse eu tinha dito o quanto antes, mas eu quero que saiba que tudo tem um porque e um motivo, não me orgulho de ter deixado você e o Nick de novo. eu estou tentando proteger vocês, isso é questão de vida ou morte. não tente vir atrás de mim, e nem procurar por pistas ou nada de idiota que te colocaria em perigo. tem uma dor gigantesca no meu peito, ela dói de mais. é insuportável, acredite Max. mas eu estou sendo forte pra proteger vocês, eu estou fazendo o meu melhor. você não faz ideia da saudade que eu sinto de vocês, de sair pra festas, vandalizar casas abandonadas, fazer travessuras por aí com vocês. caso eu morra, eu quero que você saiba que eu sempre sentirei saudades de vocês, e quero que saibam que eu sempre amarei vocês. vou morrer com angústia e culpa, mas vou morrer sabendo que fiz o certo.
não me espere acordada, querida.
Maya.
querido Nicholas, estou morrendo de saudades suas. mas o real motivo para eu te mandar essa carta escrita a mão, é porque saber que eu deixei você mais uma vez é uma merda. eu não queria, mas eu tinha que fazer. saiba que todos aqueles dias que você me animou e esteve ao meu lado foram os melhores da minha vida, e sei que você vai estar se sentindo insuficiente por achar que não foi o suficiente pra eu ficar, pois saiba que eu estou lutando por vocês. eu não tenho escolha, ou eu não faço isso e vocês morrem, não quero que vocês morram. vocês merecem viver mais que tudo, vocês são incríveis, é por isso que eu amo vocês e quero o melhor pra vocês. prometa pra mim que irá cuidar da Max e da Maggie? diga para a Maggie o quanto eu á amo, por favor.
se cuide.
Maya.
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Caminhei de volta para a mansão do Zalgo com o peso do arrependimento pesando em meu peito, uma angústia insuportável. As cartas que deixei eram minha tentativa desesperada de explicar, mas a dor, a raiva e a culpa rasgavam meu interior.
Sofria por deixá-los novamente, por ver a confusão nos olhos da Maxine e imaginar a decepção no rosto do Nicholas. A saudade era uma faca afiada, cortando cada lembrança de risadas e travessuras. A dor que eu tentava protegê-los era, ironicamente, a mesma que me consumia.
A raiva fervia contra o Slenderman, contra esse mundo de Creepypasta que nos prendia em uma luta constante pela sobrevivência. Odiava as escolhas que me obrigaram a deixar aqueles que amava, mas a sensação de impotência era esmagadora. A culpa me dilacerava, e eu me perguntava quando essa maldição iria finalmente acabar.
Retornei à mansão, sabendo que as sombras do passado nos assombrariam. Não sabia se eles me perdoariam, se entenderiam a terrível escolha que fiz. A incerteza pairava, mas uma coisa era clara: minha alma estava marcada pela dor e pela raiva, e eu desejava ardentemente um fim para esse ciclo interminável de horror.
