𝐌𝐄𝐋𝐀𝐍𝐂𝐇𝐎𝐋𝐘 𝐆𝐈𝐑𝐋, ticci toby ও masky

𝟮𝟭. A ORIGEM DCEMON'S.

me afastei do beijo após recuperar o ar, eu encarei profundamente os olhos verdes que reluziam no meio da escuridão.

-- porquê fez isso, Liu? -- perguntei olhando-o.

-- por que eu gosto de você, Maya! -- ele confessou.

-- você só pode tá de brincadeira, porra! -- exclamei com raiva. -- cara, você não entende o que são "limites"?

-- entendo, mas eu não consigo ficar longe de você! -- ele gesticulou e se aproximou, mas eu me afastei. -- para de me evitar!

-- não! Liu, você não pode gostar de mim! -- disse quase em uma grito. -- eu já tenho problemas com isso o suficiente que nem sei fazer a porra de uma escolha!

-- eu não quero que você me escolha, só quero que não me evite! -- passou a mão no rosto irritado.

-- desculpa, mas mesmo se quisesse não iria ser você quem eu iria escolher! -- proferi irritada. -- não posso deixar que isso seja mais um problema.

-- você me acha um problema? -- ele riu irônico.

-- acho sim, você é um problema! -- respondi.

eu vi os olhos de Liu ficar vermelhos e se aproximarem de mim, Liu me agarrou violentamente e me encostou na parede.

-- um problema? -- ele me olhou com fúria. -- você que é um problema, Maya! você tá acabando com o pouco de sanidade que eu tenho!

eu senti ele colocar as mãos nos meus pescoço e apertar, senti meu ar falhar, me debati, mas Liu era forte demais.

-- Liu... para.

pedi, sem sucesso.

-- não! eu quero te marcar. -- Liu puxou algo afiado, pensei ser uma faca por ter brilhado pelo fio de luz que passava pelo buraco da janela.

eu senti uma dor na minha barriga, e um líquido descer pela minha barriga, tentei gritar mas não conseguia. pude ver o sorriso de Liu se formar em seu rosto.

-- gostou Maya? -- ele apertou mais ainda o meu pescoço.

-- li-liu... pa-para... -- pedi com dificuldade, Liu chegou perto do meu ouvido e sussurrou;

-- você sabe que não sou o Liu...

Sully.

-- vo-você... é tão... patético.. Sully. -- soltei um sorriso com dificuldade. Sully apertou mais ainda meu pescoço, sentir o ar faltar completamente e comecei a me debater.

-- patético? sejamos franco, você é minha! você é do Sully! -- ele pressionou seu dedo no corte em meu abdômen. eu grunhi de dor.

-- não...

eu sentia minha visão escurecendo aos poucos.

-- sim, Maya. -- ele sorriu. -- você não é do Liu, nem daquele cara do machadinho ou até mesmo do máscara de porcelana.

Masky.

como ele sabia dele?

-- como... você sabe?

-- eu te observo quando Liu está dormindo. -- ele sorriu e chegou perto do meu ouvido, eu senti um arrepio percorrer pelo meu corpo. -- e se eu matar eles?

-- não faça... isso, por favor!

senti uma lágrima descer pelo meu rosto.

-- Liu, eu sei... que está aí... acorda.

ouvi Sully rir alto, eu senti minha escuridão escurecer e tudo parecer distante.

era como se meu corpo pedisse para flutuar livremente, e se sentir livre desse rumo que estava tomando em minha vida.