Capítulo 34

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Oie, chegamos ao final dessa maratona.

Espero que tenham gostado.

Bjs
Lu
😘

Pov Grey     

— Fala, Kate. O que você viu? —perguntei a minha amiga sentindo meu coração bater tão rápido que parecia que iria explodir de tanto nervoso.

Kate chora convulsivamente, sua respiração está ofegante e como sempre ela tem um olhar perdido.

— É muito frio...sujo. — diz ela estremecendo.

— O que mais, amor? O que mais você está vendo?— insiste Elliot.

— Tá muito confuso, quase não consigo enxergar. — ela fixa os olhos em seu namorado por um instante — Fica alternando entre duas imagens diferentes. Tem momentos que é uma casa antiga, com janelas grandes. E logo depois muda para um prédio, um prédio cinza, a pintura tá desbotada. Eu acho que tá abandonado.

— Amor, você acha que conseguiria descrever isso em detalhes para um papiloscopista? — ele a questiona e Kate o encara sem entender. — Um desenhista forense, amor.

— Eu não sei, mas posso tentar.

Elliot pega no bolso da calça seu telefone e disca para alguém.

— Alô Júlio? Aqui é Elliot, tudo bem? Cara eu preciso muito de um favor seu. — ele anda de um lado a outro enquanto escuta a resposta do outro lado da linha —
Preciso que você faça um desenho, mas não pode ser aí no departamento, vou te passar o endereço tenta disfarçar ao máximo, é caso de vida ou morte, chegando aqui te explico melhor.— meu parceiro abre um sorriso e seu corpo relaxa. — Ótimo, vou te passar o endereço daqui por mensagem. Valeu cara!

Júlio trabalha conosco a anos, sempre pareceu um bom homem, mas na atual situação fico apreensivo.

— Tem certeza que é uma boa ideia?

— Tenho. Vai dar certo, eu sei que vai! — ele diz olhando para mim.

Elliot senta ao lado Kate e abraça gentilmente.

— Amor, meu amigo está vindo para cá, ele vai colocar no papel tudo o que você está vendo. — explica.

Júlio levou cerca de trinta minutos para chegar aqui, mas pareceu uma eternidade para mim.

Eu queria agir, precisava agir.

— Obrigado por vir, cara. Essa é Kate, minha namorada.— disse Elliot.

— Prazer em conhece-la. — ele aperta a mão dela —Fiquei curioso com o pedido de vocês.

— Sente-se. A gente vai te explicar.

Como auxílio de Elliot conto toda a nossa história. Sobre Ana e eu. Sobre nossa desconfiança de Jack ser o chefe, sobre a emboscada que sofri e a nossa certeza de que alguém do departamento está metido nessa sujeira toda.

— Uau! Parece coisa de série policial. — comenta ela atordoado com tudo o que dissemos.

— É uma história e tanto né? — brinca Elliot.

— E no que eu posso ajudar?

— A Kate as vezes tem visões. Ela enxerga coisas que aconteceram ou que vão acontecer. Sei que pode parecer loucura, mas a gente acredita que ela esteja vendo o local onde está Ana.

— Eu acredito nessas coisas de espírito e vidas passadas. Eu ajudo sim.

Júlio abre a mochila que trouxe e retira seu material. Ele se acomoda na cabeceira da mesa da cozinha e Kate senta a sua direita.

Ela fecha seus olhos e se concentra por um momento e quando os abre novamente tem aquele olhar perdido de sempre.

— É um prédio. Não é muito alto. A pintura parece ser cinza, mas está desbotado e tem muitas pichações. As janelas estão todas com os vidros quebrados e não tem porta.

Kate vai relatando cada detalhe que pode do local enquanto Fábio risca freneticamente no papel.

— Mais alguma coisa?

— Sim. Na frente tem um chafariz, mas não tá funcionando. A estátua no centro dele é anjo.

— É isso que você viu? — Ele mostra o desenho a Kate.

— Sim. É exatamente isso.

Observo o desenho tentando forçar a minha mente a lembrar onde já vi esse lugar, mas é em vão.

Deus! Como eu vou fazer?

— A gente vai ter que se dividir. — Elliot diz coçando a cabeça.

— Eu posso ver com o pessoal da unidade de análise comportamental. Tem a Garcia, ela é da minha confiança e eu sei que ela consegue fazer um levantamento dos prédios que se encaixam nesse desenho.

Encaro meu parceiro. Não sei se é uma boa ideia colocar mais gente nessa história.

— É a nossa melhor alternativa, Grey. Vamos levar semanas para procurar pela cidade. — responde ele a minha pergunta não feita.

— Ok, vamos pedir a ajuda dela.

— Certo! Amanhã cedo eu falo com ela e assim que eu estiver com a relação aviso.

— Obrigado, Júlio! Muito obrigado!

Na manhã seguinte Júlio falou com Garcia conforme prometido e no início da tarde já tínhamos  lista de todos os prédios da cidade  que estavam abandonados. Eram muitos. Isso não vai ser fácil.

Começamos então nossa busca. Dividimos por bairros e um a um fomos descartando os prédios da lista.

Os dias estavam passando e a gente ainda não havia conseguido encontrar. Eu estava ficando desesperado.

Deus, me ajuda. Eu preciso achar Ana. Me dá uma luz, senhor. Faço uma prece em silêncio ao sair para mais um dia de buscas.

Hoje Kate fez questão de estar junto. Achei que seria perigoso, mas Elliot acha que pode ajudar.

Dirigi até o próximo endereço da lista, mas mais uma vez não era nada.

— Merda! — soco o volante irritado.

Meu telefone toca, não reconheço o número, mas resolvo atender.

— Grey!

— Grey, é Garcia. Estou ligando porque um detalhe do anjo me chamou a atenção, então fiquei com isso na cabeça e acabei pesquisando. Pelo desenho parece ser o anjo da morte e só encontrei um local com esse tipo de anjo, estou mandando o endereço agora por mensagem.

A esperança cresce dentro de mim.

— O que foi? — questiona Elliot.

— Garcia percebeu um detalhe no desenho. Ela tá mandando um endereço que ela acredita que possa ser.

A mensagem chega logo em seguida. Confiro o local e não fica longe daqui.

Dirigi feito um maluco até o local, como não sabia o que poderia encontrar, deixei o carro afastado.

Assim que olhei para Kate minha amiga olhava o prédio a nossa frente com um olhar estranho, era um misto de medo, angústia.

Ela fechava os olhos e fazia caretas, parecia que estava vendo ou ouvindo algo.

— Kate? — Chamo sua atenção.

— É aqui, Ana está aqui Christian.

Obrigada por lerem!🙏

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