Capitulo 11

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Oi meus amores, bora de capítulo!

Espero que gostem.

Bjs
Lu
😘

Pov Ana

Eu mal pude acreditar quando eu o vi passar bem em frente ao carro. Era ele. Quantas vezes me perguntei onde ele estaria. Se estava bem?

Quando eu poderia imaginar que ele estava tão perto, na mesma cidade que eu. Se isso não era a maior coincidência do mundo eu já nem sabia o que era.

Tive vontade de chama-lo, de correr ao seu encontro, mas não o fiz. Não podia. Eu nao tinha esse direito. Sabia que se fizesse isso teria consequências para mim e para ele.

Doeu vê-lo seguir seu caminho alheio a minha presença, mas eu não podia deixar que este homem tão bom se sujasse na lama da minha vida.

Voltei a encostar minha cabeça no vidro e me permiti chorar. Eu não sabia porque estava doendo tanto, mas o fato é que sentia meu peito apertar e um vazio tomou conta de mim.

— Chegamos, senhora. — anunciou o segurança me encarando pelo retrovisor com um olhar complacente.

Sequei meu rosto enquanto ele fazia a volta no carro, que só agora percebi que já estava parado diante da redação do jornal onde trabalho. O segurança me oferece a mão para me ajudar a descer do carro e quando nossos dedos se tocaram senti algo bom que não sei bem como explicar.

Sabe quando a gente tem a estranha sensação de reencontrar alguém, mesmo sem nunca ter conhecido? Era exatamente isso que eu sentia agora.

— Qual o seu nome? — pergunto a ele.

— Taylor, senhora. — responde ele todo formal.

Taylor era um homem de meia idade, tinha uma postura rígida e semblante sério, mas em seus olhos azuis se podia ver a doçura e a amabilidade desse homem.

Silenciosamente Taylor retirou do bolso interno de seu paletó um lenço e me estendeu.

— Obrigada, Taylor. — agradeci emocionada.

Não sei porque estava tão sensível, mas o gesto me comoveu verdadeiramente.

— Não a de que, senhora. — ele me deu um sorriso fraco e contido.

Entrei no prédio seguida de perto por Taylor e fui direto para a sala de meu chefe. Tudo estava estranhamente silencioso e vazio aqui devido ao feriado. Apenas alguns poucos colegas trabalhavam em suas mesas. Em dias normais isso aqui é uma loucura de gente.

— Ana, que bom que chegou. Eu tava por ter um treco aqui de tanto nervoso. — disse Fernando assim que entrei em sua sala.

— Diga lá, qual a emergência? — pergunto a ele sabendo bem que ele tem uma grande tendência a exageros.

— Tá tudo bem, viada? Tua cara não tá das melhores. — pergunta ele me analisando.

Que péssima hora para Fernando resolver bisbilhotar.

— Cansada só. — disfarço.

— Ah sim, a festa chique na tua casa. Nem chamou os amigos. Mas me conta tudo — ele pede animado, esquecendo por completo do trabalho.

Não a nada que Fernando goste mais do que uma boa fofoca sobre gente poderosa e importante.

— Nada que valha a pena. Agora diga logo por que me chamou.

— Ah sim. — ele ri —  Soube em primeira mão que o FBI fez uma operação ontem e prenderam varias pessoas por tráfico humano.

— Nossa, que horror.

Como pode nos dias de hoje ainda existirem pessoas que tratam outros seres humanos como mercadoria?

— O diretor convocou uma coletiva para as dez, mas eu que sou demais consegui uma exclusiva para nós com os dois agentes que comandaram a ação. — ele se abana — Pensa bixa, esses homens... — ele deixa a frase inacabada.

— E eu fui a escolhida? Por que não Kate? Essa é a área dela.

— Porque você é a melhor. — Fernando diz e eu o encaro esperando pela verdade — Tá, Katherine não me atendeu. Deve ta se acabando com o boy novo.

— Kate ta namorando?

— Ué, tá sabendo não, bixa?  Um homão!

Suspiro. Sinto tanta falta de Kate, queria tanto ter ela ao meu lado nesse momento, mas Jack me proibiu de fala com ela. Ele ameaçou machuca-la se eu dissesse algo. E nãoo posso permitir que ele faça mal a ela. Eu nunca me perdoaria.

— Tá, eu vou.

Fernando me passa o endereço e a lista de perguntas que ele separou. O local não fica longe daqui, em outros tempos teria ido a pé para aproveitar a linda manhã que está fazendo lá fora, mas nem isso posso.

Virei uma bonequinha de luxo, uma esposa troféu. Como eu pude ser tão boba? Como não vi isso antes? Mas agora é tarde, não há mais salvação para mim.

Taylor me leva de carro em completo silêncio até a imponente sede do FBI de Seattle. Ele não tornou a me dirigir o olhar.

Na recepção me identifico.

— Bom dia, eu sou Anastasia Steele do Seattle News. Tenho uma entrevista com os Agentes Elliot e Grey.

— Ah sim, claro. — ela faz meu cadastro e me passa crachá de visitante — Fica no último andar, só pegar o elevador ali.

— Obrigada. — agradeço a moça e me dirijo ao elevador, mas meu celular toca.

— Alô.

— Que merda você está fazendo na polícia, Anastasia? Ficou louca, porra?— pergunta Jack alterado.

— Eu vim a pedido do meu chefe. Tenho uma exclusiva...

— Não me interessa a porra do teu trabalho. Fica esperta, Anastasia. Se você pensar em aprontar eu vou saber e ai pode apostar que eu vou acabar com seu pai e com você, sua vadia de merda. Entendeu?

— Entendi. Não vou fazer nada, é trabalho, eu juro.

— Já sabe. — ele desliga na minha cara

Me viro e encarou Taylor. Como pude pensar que ele era bom? É apenas mais um dos capangas do Jack. Igualzinho a todos.

Balanço a cabeça irritada com minha ingenuidade e entro no elevador sem nada dizer. No andar indicado um homem jovem e loiro me recebe simpático.

— Oi, eu sou Elliot. Você deve ser Anastasia.

— Eu mesma. Prazer Elliot. — ele me cumprimenta com uma aperto de mão e um sorriso largo no rosto.

— Vem, vamos conversar na sala de reuniões. É mais tranquilo. — ele sorri — Meu parceiro já está esperando a gente lá. — explica ele.

Elliot abre a porta e indica que eu entre. Meu corpo trava quando vejo o homem de pé de costas pra mim a beira da janela.

Não! Não é possível! O destino só pode estar pregando uma peça em mim. De todas as pessoas neste mundo justo ele.

— Christian, essa é Anastasia. 

Obrigada por lerem!

Deixem suas estrelinhas!

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