Capítulo 22

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Oie

Bora de capítulo? Espero que gostem!

Beijo
Lu
😘

Pov Grey

Tive um dia maravilhoso ao lado de Anastasia, mas cedo demais a vida nos chamou a realidade. Vê-la partir foi doloroso. Sinto que a cada vez que a deixo ir fica mais difícil a despedida.

Não vejo a hora de acabar com esse tormento. Me sinto um merda por deixar ela à mercê daquele maldito do Jack. Quero cuidar de Ana, fazê-la feliz como ela merece ser.

Já que eu estava por aqui decidi me debruçar no trabalho, pelo menos assim eu não ficava em casa pensando besteira e olhando pro fura olho do Fred. Rio feito um bobo com a lembrança dela na minha casa toda a vontade, tão linda e relaxada. Até meu cachorro está apaixonado. E como não se apaixonar?

Linda, inteligente, carinhosa, divertida e Deus do céu que mulher quente.

— Você por aqui? Achei que não apareceria mais hoje. — Elliot se espanta ao me ver saindo do elevador.

— Ela teve que voltar. — explico desanimado.

— Que merda essa situação, cara.

— Nem me fale. Eu preciso achar uma forma de acabar com isso. Mas e como estão as coisas aqui?

— Na mesma.

— Falou com o cara?

— Falei. O desgraçado não abriu o bico. Disse que só falaria na sua presença.

— Ah é? Pois então vamos até lá descobrir o que ele tem pra falar comigo.

Elliot e eu seguimos então até a ala das celas onde os presos ficam provisoriamente para os primeiros interrogatórios.

Pedimos a um dos agentes responsáveis pela área que tragam o detento e minutos depois ele entra na sala do interrogatório onde Elliot e eu o aguardamos. O homem sorri quando me ver. O agente retira as algemas de seus pulsos e ele esfrega o local.

— Boa tarde, eu sou o agente Grey. Soube que você queria falar comigo, senhor... — Elliot me passa a ficha dele e dou uma espiada no nome — Guilherme Fernandes.

— É difícil conseguir falar com o senhor. — diz ele rindo ao se sentar na cadeira em frente a mim.

— Nem tanto. Mas diga lá o que você tem a me dizer?

— Eu achei que o senhor gostaria de saber mais sobre tudo isso.

— Certo. Então comece me contando de onde as meninas vieram e como elas foram aliciadas?

— Na maior parte das vezes elas vem do Brasil ou outro país América Latina.

— Como funciona?

— É tão fácil de enganar aquele povo pobre e burro. A gente chega na cidade dizendo que somos de uma agência de modelos. As vezes com ajuda de pessoas importantes abrimos até empresa falsa com sede e tudo. Sempre bancado pelos parceiros do chefe. Daí é só vender a elas o sonho de uma carreira glamurosa de modelo na Europa ou nos Estados Unidos.

— Você disse que pessoas importantes ajudam na operação. Quem são estas pessoas? Quero nomes.

— Acha que sou besta. São empresários, políticos. Pessoas de bem doutor, gente com influência. O tipo de pessoa que ninguém ousaria desconfiar.

— E como fazem o transporte?

— Depois que elas aceitam o trabalho, a gente marca a viagem. Para a família tudo parece estar certo, passagem, passaporte. Papai e mamãe chorando no aeroporto e tudo.

— Eu não entendo senhor Fernandes. Essas meninas chegaram aqui em contêiner. Eu não vi nenhum avião. — digo irritado e ele ri.

— Fachada, já ouviu falar. As pessoas fingem e enganam o tempo todo. Bem na frente do seu nariz. — provoca ele.

— E o senhor está mentindo para mim, senhor Fernandes.

— Quem sabe? É um risco que o senhor vai ter que correr?

— Chega! Meu tempo é curto e a minha paciência menor ainda. Você não vai sair livre dessa, a sua única chance é abrir o bico e contribuir com a investigação e assim, talvez diminuir sua pena. Diga de uma vez como foi que aquelas meninas foram parar em um contêiner?

Fernandes ri. Seu sarcasmo e seu deboche estão me tirando do sério.

— Simples. O pessoal leva a mercadoria até alguma cidade do norte ou nordeste do Brasil com a desculpa de ser uma escala. De lá elas são levadas as suas suítes no navio.

— Suítes? — Elliot questiona também irritado pela postura desse inútil.

Fernandes o olha e ri.

— O que você queria para um bando de putinhas?

— Seu... — Elliot por pouco não perde a paciência e avança no homem. Seguro seu braço, impedindo que ele faça uma besteira. É exatamente isso que esse cara quer. Nos provocar.

Mas por que? Qual o motivo disso?

— E o chefe. Quero o nome do seu chefe? — questiono.

— Eu não sou idiota, Grey. Sei que cheguei no final da linha, mas tenho família. Não sou doido de fazer uma merda dessa e lhe dar de bandeja o nome do homem.

— Eu lhe asseguro a segurança de toda a sua família. Você terá o benefício da delação premiada. Basta me dar o nome do chefe.

Ele ri alto.

— O senhor acha que é páreo para ele. Não se iluda, agente Grey. Nada é capaz de detê-lo. Você não vai vencer essa guerra.

Aceno ao colega que puxa o homem para leva-lo de volta a sua cela, mas antes de passa pela porta, Fernandes se vira para mim.

— Grey, talvez você se impressione com alguns nomes que vai descobrir. — diz ele e sai.

— Cara isso foi estranho. — Elliot comenta.

— Estranho é pouco. Mas sabe o que mais me deixou intrigado?

— O que?

— O transporte é feito a partir do Brasil. E Jack foi justamente para o Brasil.

— Como você sabe?

— Taylor disse hoje cedo que ele foi resolver problema com um cliente.

—Será?

— Eu ainda não sei, mas eu vou descobrir.

Obrigada por lerem!

Deixem suas estrelinhas!

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