Capítulo 23

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Oie...voltei!

Bora de capítulo!

Espero que gostem!

Bjs
Lu
😘

Pov Grey

Este sem dúvida está sendo um dos casos mais difíceis que já peguei nos meus anos de FBI. A conversa com Guilherme Fernandes me rendeu praticamente nada, não consegui arrancar dele nenhuma informação concreta. Mas duas coisas que ele disse me fizeram ficar em alerta. A primeira foi sobre o aliciamento e o transporte ser feito basicamente no Brasil.

Não é muito, mas pode ser uma luz no fim do túnel. Ainda mais pelo fato de Jack ter ido para o Brasil.

A segunda coisa foi sobre eu me impressionar com os nomes que iria descobrir nessa quadrilha suja e nojenta. Para ser franco isso não fez nenhum sentido na minha cabeça, mas de uma coisa eu sabia, isso foi um alerta e eu ficaria atento a tudo, mais do que nunca.

Já era tarde, mas resolvi me debruçar mais um pouco sobre este caso. Voltei a minha mesa e resolvi reler tudo o que tínhamos conseguido até agora. Era praticamente nada, mas eu estava me sentindo perdido neste caso e como muitas vezes em uma investigação a gente deixa passar algum detalhe resolvi avaliar tudo desde o princípio. Nada, não havia nada que pudesse nos dar uma luz ou indicar o caminho a seguir.

Decidi então focar em Jack. Precisava saber mais sobre ele, sobre sua vida, mas não aquilo que ele quer mostrar e sim o que está escondido.

Havia pouco sobre ele, uma vida teoricamente prefeita, nenhuma passagem pela polícia, nem um processo.
Era perfeito até demais. Nem mesmo havia uma causa trabalhista contra sua empresa. Era muita perfeição. E eu sabia que Jack não tinha nada de perfeito.

— Grey, — a voz de Elliot e tira de meus pensamentos — ainda por aqui?

— Estava revisando isso aqui. — digo mostrando a ele as pastas da investigação.

— Achou algo?

— Nada. Tem que ter algo. A gente deve estar deixando alguma coisa passar.

— Cara, a gente já viu isso dezenas de vezes. Não deixamos nada passar, Grey.

Elliot senta na cadeira ao meu lado. Seu rosto expressa frustração assim como o meu.

— Christian, estamos cansados e de cabeça quente. Não vai adiantar de nada a gente passa a noite lendo e relendo essa merda.

— Você está certo. — concordo desanimado.

— Vai para casa. Amanhã a gente retoma isso. — diz ele pegando seus pertences ao se levantar. — Eu tô indo, prometi leva a Kate pra jantar hoje.

— Vai lá cara. Divirta-se. Eu vou só guarda isso e já vou também.

Ele me dá um tapinha nas costas e sai. Pego todas as pastas que eu estava lendo e levo de volta ao arquivo. Arrumo minha mesa, pego minhas coisas e saio.

Ao chegar em casa sou recebido por Fred. O fura olho do meu cachorro me encara. Ao notar que estou sozinho ele volta para sua caminha no canto do sala e vira a cabeça de lar me ignorando.

Largo sobre a bancada meus pertences e vou até a geladeira em busca de algo para comer.

Encontro as sobras do almoço que fiz para Ana. Coloco para aquecer no micro-ondas enquanto abro uma cerveja.

A casa parece tão vazia e tão sem vida agora sem ela. Suspiro frustrado.

Odeio essa situação, odeio saber que ela está lá naquela casa a mercê de Hyde. Se ao menos eu pudesse ligar para ela, dizer que estou com saudade. Que eu a queria aqui. Só queria que pudéssemos ser um casal de namorados como qualquer outro.

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