Capítulo 5

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Oiiii....

Espero que gostem!

Bjs

Lu

Pov Christian

Na noite passada tive um sonho tão estranho. Sonhei que eu estava na porta de uma igreja, assistindo a um casamento. A noiva parecia tão triste. O homem ao lado dela tinha um sorriso diabólico na direção dela. A moça virou-se na minha direção com os olhos cheios de lágrimas.

"Me ajuda, Christian".

Acordei assustado e suando muito. Que sensação estranha. Foi como se de fato eu tivesse escutado a moça me chamando.

— O que foi, amor? — minha esposa, Juliane, pergunta confusa.

— Um sonho ruim.

— Outra vez, Christian? Isso é cansaço, você trabalha demais.

— Quando você escolheu casar-se com um agente do FBI sabia que minha vida seria assim. — provoco ela.

— Sim, eu sabia. Mas isso não me impede de cuidar do meu marido. Amor, você está trabalhando demais. Há quanto tempo que você não tira férias?

— Eu sei amor, mas...

— Viu você sempre coloca seu trabalho como prioridade. Por favor! Vamos fazer aquela viagem que você prometeu para Cancun.

— Tá, amor. Eu prometo que vou ver isso.

— Não, senhor. Eu vou cuidar disso, você trate de conseguir uns dias de descanso com seu chefe. — disse Juliane me roubando um beijo.

Já estava quase amanhecendo então nós dois nos levantamos e fomos cuidar de nossos afazeres matinais.

Depois de uma corrida, tomei meu café e fui para o trabalho. Chegando lá fui diretamente para a sala de meu chefe para conforme havia prometido a minha esposa, conseguir alguns dias de descanso e assim leva-la finalmente a Cancun, como ela tanto pedia.

Por sorte meu chefe estava mais bem humorado que o de costume e me deu uma semana de descanso. E sem mexer nas minhas férias, segundo ele, era um bônus por meu excelente trabalho.

Eu nem precisei ficar para o restante do dia. Liguei para Juliane e avisei que estava tudo certo. Minha esposa ficou eufórica. Ela me disse que já estava no agência de turismo tratando de tudo e iria tentar voo para hoje mesmo. Eu duvidei, mas não é que ela conseguiu. Embarcaríamos na madrugada de hoje e no raiar do sol estaríamos no México.

Arrumamos nossas malas e no horário previsto partimos. O nosso vôo super tranquilo, Juliane dormiu a maior parte do tempo. Já eu não consegui descansar muito.

Exatamente como esperávamos o sol estava raiando no horizonte com a promessa de um dia lindo assim que desembarcamos. Decidimos apenas largar as nossas coisas e curtir o dia na praia.

Juliane estava tão feliz e isso era tudo o eu mais queria, faze-la feliz. Pela manhã curtimos a praia e na hora do almoço fomos comer no mais famoso restaurante da cidade. Sem dúvida a comida fazia jus a fama.

Depois de comermos é claro que Juliane me arrastou para conhecer as lojas da cidade. Tentei convence-la que a esperaria no hotel, mas quem disse que a teimosa aceitou? Foram horas e mais horas entrando e saindo atrás de vestidos e sapatos.

Algo que eu não conseguia entender. Afinal ela tinha um closet de invejar qualquer mulher de tantas roupas e sapatos que havia lá.

O cansaço estava batendo e com muito custo a convenci de irmos para o hotel descansar. Um banho gostoso, carinhos trocados e caímos no sono.

Quando acordamos já era noite. Juliane e eu nos arrumamos e decidimos sair para comer. Estávamos passando pelo hall quando minha esposa lembrou que havia deixado seu celular no quarto.

— Eu vou lá pegar rapidinho, vai indo para o restaurante que eu te encontro lá. — insistiu ela.

Dei um selinho nela e segui meu caminho, mas quando eu estava deixando quase deixando o hotel uma mulher se choca contra meu corpo e cai.

— Desculpe! — ela pede envergonha sem olhar na minha direção.

—Você está bem, moça? — pergunto a ela ao notar que a pobre mulher está com o rosto vermelho de chorar.

— Eu... me desculpe... — ela diz entre soluços.

— Não tem problema! Você está bem? Posso ajuda-la em alguma coisa? — tento a acalmar.

Estendo a mão a ela para ajudá-la a se levantar.

— Eu agradeço, moço, mas ninguém pode me ajudar.— responde ela ao se levantar, mas logo em seguida ela seu rosto fica pálido de repente e quando menos espero ela desmaia e por muito pouco não cai no chão outra vez.

Peguei a pobre moça nos braços e a levei na direção do hall, onde lembro de ter visto um sofá. A coloco deitada ali e peço a um funcionário que traga uma água a moça.

Juliane está saindo do elevador e a confusão estampa seu rosto ao me ver ali com a milher desconhecida.

— O que aconteceu?

— Essa moça esbarrou em mim e desmaiou logo em seguida. Trouxe ela para cá. — explico a ela.

—Ah...entendi. — Juliane diz esse recostando em meu peito

A moça abre seus olhos e confusa olha em volta tentando lembrar o que aconteceu presumo eu.

— Ela acordou, amor. — minha mulher diz e dá um sorriso fraco.

Conheço ela bem o suficiente para saber que não está gostando muito da situação. Juliane é maravilhosa, mas as vezes é um pouco egocêntrica.

— Você está bem? — Juliane indaga.

— Estou melhor. Deve ter sido apenas uma queda de pressão. — ela se senta lentamente — Obrigada por me ajudarem e me desculpem por ter dado todo este trabalho. — pede ela envergonhada.

— Tem certeza? — insisto, ela não parece estar bem — Quer que eu chame alguém para lhe acompanhar até o quarto?

— Não. De verdade, está tudo bem. Obrigada! —ela se levanta e deixa o local apressada sem olhar em nossa direção.

— Nossa que situação desagradável. — Juliane joga seu cabelo para trás, algo que ela sempre faz quando está brava.

— O que eu podia fazer, amor? Ela caiu bem na minha frente. Eu não podia simplesmente deixa-la ali.

—Tá, vamos comer aqui mesmo. Estou faminta.

Durante o jantar não consegui esquecer a expressão triste da moça. Ela me fez lembrar do sonho com a noiva da outra noite. Ambas tinham o mesmo olhar desolado.

Juliane seguia brava, deixou o restaurante do hotel pisando firme e mal falou comigo. Eu sinceramente não conseguia entender a reação dela.

No nosso quarto, tomei uma ducha para relaxar e fui me deitar, mas o sono não vinha. Virava de um lado para outro na cama. As imagens da moça vinham e se alternavam com a noiva do sonhos. Juliane estava virada de costas para mim mexendo em seu telefone.

De repente eu pude ouvir gritos de socorro. Eram gritos de puro medo e dor. Sem pensar duas vezes vestia uma bermuda e uma camiseta.

— Você não vai fazer isso? Você está de férias? — Juliane protestou furiosa.

— Eu não posso ficar aqui parado ouvindo isso. Não seria eu, Juliane! — sai batendo a porta atrás de mim.

Segui o som até o fim corredor. Os gritos vinham da suíte master. Sem pensar duas vezes arrombei a porta e a cena que vi me causou ira. Um homem estava violentando a moça do incidente de mais cedo.

— Saia de cima dela seu desgraçado!

Obrigada por lerem!

Deixem suas estrelinhas!

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