Capítulo 9

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Oie! Bora?

Espero que gostem do capítulo.

Bjs
Lu
😘

Pov Ana

Um mês se passou desde meu maldito casamento. Um mês que vivo o inferno na terra. Não tem um só dia que eu não rogue a providência divina que me deixe morrer para me livrar desse tormento.

As vezes em minha mente vem as lembranças daquela noite na praia em Cancun. Por um breve instante me senti protegida por aquele homem quando ele me envolveu em seus braços.

Mas quando os primeiros raios de sol surgiram a realidade voltou, dura e amarga. Eu sabia que Jack estava atrás de mim e que sua fúria o faria capaz de qualquer coisa. O pensamento de colocar a vida deste homem me doía de uma forma que não sou capaz de explicar e foi por isso que eu fugi. Para protege-lo!

Ainda posso sentir a dor da surra que Jack me deu quando voltei para o hotel. Achei que morreria, mas não tive essa sorte. Jack preferiu me deixar inconsciente.

Quando acordei estava em um quarto de hospital. Soube pelo médico que meu marido zeloso me trouxe para cá depois de ter me encontrado na praia desse jeito.

O maldito fez todos acreditarem que eu fui violentada por um estranho na praia. Ninguém se quer questionou o que ele disse.

Eu quis gritar para todos que era tudo mentira, que o próprio Jack havia feito isso comigo, mas eu não podia. Ele já tinha me feito entender que eu não tinha escolha, então me mantive em silêncio. Todos pensavam que eu estava em choque.

Passei alguns dias internada em observação por conta dos ferimentos e quando tive alta voltamos para Seattle.

Meus pais foram nos receber no aeroporto e quando minha mãe perguntou o que eram as marcas que eu tinha em meu corpo, Jack contou com lágrimas em seus olhos que eu havia sido atacada. Senti náusea quando ele beijou meus cabelos e jurou ao meu pai que nunca se perdoaria por isso.

Depois disso passei a ser refém dele na sua mansão colossal. Já não tinha mais a liberdade de sair com amigas, fazer compras ou qualquer coisa. Tinha autorização apenas para ir ao trabalho e mesmo assim eu era seguida de perto por um segurança.

Passei a evitar amigos e conhecidos. Quando alguém insistia em me procurar inventava uma desculpa qualquer. Eu não podia falar com eles, não tinha permissão. Até mesmo de Kate eu tive que me afastar.

Logo eu! Me tornei aquilo que sempre critiquei.

Nunca entendi porque uma mulher não denuncia um marido abusivo, achava absurdo uma mulher se sujeitar a vontade de um homem. Até que me vi presa a uma relação abusiva. Só aí que entendi que não é por querer que uma mulher permanece nisso. É medo!

Hoje é natal. Eu sempre adorei essa data, mas neste ano é só mais um dia sombrio no meu inferno particular.

— Olá, esposa! — Jack entra no quarto — Levante-se desta cama e vá se arrumar.

— Jack por favor, me deixe ficar aqui. — imploro.

— Negativo. — ele aperta meu rosto e o puxa para que o encare — Vamos ter convidados, inclusive seu papai e sua mamãe, meu amor. Então trate de estar linda e feliz como qualquer esposa apaixonada.

Jack me beija, não consigo corresponder, apenas permaneço imóvel.

— Pode ser melhor, querida. Quero mais entusiasmo, — ele diz me encarando — ou será que devo dar um jeitinho no seu papai.

Respiro fundo e mesmo com todo meu ódio por este homem, eu o beijo.

— Melhor querida, muito melhor! Agora vá e fique linda para seu marido.

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