Tinta Vermelha

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Han Ji Sung fazia carinho nas costas de Jeongin enquanto o rapaz respirava e aspirava dentro do saco vazio de pão. Han tentava acalmar o amigo que estava numa pilha de nervos.

Jeongin tinha sido chamado para a tão aguardada entrevista na empresa de seus sonhos mas não se sentia preparado para encarar os CEOs engravatados que iriam lhe entrevistar.

Depois de alguns minutos ouvindo as palavras encorajadoras de seu amigo Han, Jeongin já se sentia um pouco mais calmo.

— Vai ficar tudo bem, Innie. Você vai se sair bem. Eles não vão resistir aos seus encantos.

— Será? É que já tentei tantas vezes lá.

— Às vezes eles não estavam num bom dia e hoje vão ser pessoas diferentes que vão te entrevistar. Pense positivo e seja você mesmo. A vaga é sua. E já se prepara pra pagar um jantar chiquérrimo pra mim.

— Eu queria acreditar em mim como você acredita — Jeongin suspirou com os ombros caídos.

— Deveria mesmo! Vou falar o quanto você é I.Ncrível até você acreditar — Han abraçou Jeongin tão apertado que o mais novo quase sufocou.

— Ei, quer me matar?

— Só se for de amor.

— Mas antes preciso encarar os grandões na entrevista... ai amigo e se eu falar besteira? E se eu gaguejar? E se minha barriga roncar de fome?

Ji Sung riu.

— Get Cool. Mas, você não comeu nada?

— Eu tô muito nervoso. Não consigo. Se eu comer eu vou vomitar.

— Vamos fazer assim. Eu vou te buscar depois da entrevista e vamos naquela lanchonete de gamers que você adora. O que acha?

— Já falei que eu te amo?

— Hoje não, sua pequena raposinha — Han deu um beijo na testa de Jeongin, que agora parecia mais leve e calmo.

....

Jeongin desceu do ônibus e andou duas quadras em meio ao movimentado centro da cidade.

Chegou no prédio em que sonhava trabalhar e olhou para cima, para o topo do arranha céu que parecia chegar até às nuvens.

Respirou fundo. Ajeitou a gravata e o terno. E então foi em direção a entrada do prédio.

Um rapaz simpático o levou até o Hellevator após Jeongin passar seu nome e ele conferir na ficha que o jovem tinha uma entrevista marcada.

Os segundos dentro do elevador pareciam uma eternidade, Jeongin batia os pés no chão no ritmo da musiquinha que tocava. Quando chegou no andar, seu coração batia mais rápido. Se lembrou de tudo o que Han lhe falou e conseguiu se sentir mais confiante.

...

Lee Felix revirou os olhos e suspirou impaciente, era difícil dizer não para seu chefe mimado.

— Por favor, Yongbokkie? Eu imploro, pelo amor de Deus. Eu não vou conseguir sobreviver. Tenha piedade da minha alma. Tenha compaixão deste pobre homem atribulado — Hyunjin implorava ajoelhado, conseguia até fazer algumas lágrimas caírem.

— Já acabou com o drama? — Felix não pestanejou.

— Nossa Felix, é só um Brownie, não pode fazer só um pra mim?

— Eu compro no caminho, estamos atrasados.

— Mas eu quero o que você faz... por favor... e se meu filho nascer com cara de Brownie?

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