O anjo do amor

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Changbin espirrou quando Lee Know passou mais perfume.

— Você quer matar o menino asfixiado?

— Quero estar cheiroso pro meu Jisungie.

— Seu Jisungie? Isso ainda é uma brincadeira né? — Changbin o olhou preocupado.

— Claro que é. Acha que eu me apaixonaria tão fácil assim? Ainda mais pelo Han, ele não faz meu tipo, apesar dele ser bem fofo de certa forma.

— Sei... Ele vai te ajudar com o curso hoje?

— Sim e tô pagando caro por isso, ele enfiou a faca no preço da aula, e acho que foi de propósito — Lee Know queria estar bravo mas deu risada como se sentisse orgulho da malandragem de Ji Sung.

— E o mais engraçado é que seu inglês é fluente, não precisaria dessa aula — Changbin ajeitou a gola da blusa de Lee Know.

— Mas o Han não precisa saber desse detalhe. Bin, você tem noção que eu vou ficar sozinho com ele, no quarto dele, só eu e ele? Acho que tô me sentindo um pouco estranho.

— Mas você já não ficou a sós com ele quando tiveram que fazer aquele projeto juntos?

— Não né, ele vivia marcando reunião e eu vivia fugindo pra ir na sua casa jogar videogame. E a única vez que participei de uma reunião tinha um monte de gente e eu nem prestei atenção em nada. Então essa é a primeira vez que estarei sozinho com ele.

— Nervoso?

— Não sei — Lee Know colocou a mão no coração e respirou fundo — Eu tô me sentindo um pouco estranho, talvez nervoso realmente. Mas isso é normal, não significa nada, não é?

Changbin não respondeu nada, arqueou as sobrancelhas e balançou a cabeça negativamente.

...

Lee Know conferiu novamente sua aparência pela câmera do celular, verificou se estava com bom hálito depois da vigésima bala que havia chupado, respirou fundo e tocou a campainha do apartamento de Han.

Quando a porta abriu, Lee Know ficou estático ao ver Han com roupas normais. Diferentemente do uniforme que usava todos os dias e do cabelo muito bem penteado, Han usava uma camiseta branca, uns dez números maiores que ele. Os cabelos bagunçados como se tivesse acabado de acordar, calça de moletom tão largas quanto sua blusa e pantufas de esquilo.

Foi ali que Lee Know realmente sentiu a flechada de Eros.

"Ele é muito fofo" — Pensou Lee Know com um sorriso bobo.

— Vai entrar ou vai ficar parado igual um idiota olhando pra minha cara?

Lee Know entrou e disfarçadamente olhou os arredores, curioso para saber sobre o lugar que Han morava. Era tudo simples e bem arrumado, a casa tinha um cheiro doce de chocolate devido ao bolo que terminava de assar.

— Ah, desculpe. É que você está tão diferente.

— Olha, não faço questão de me arrumar pra você, ok? Se quiser rir, pode rir. Tô feio e esquisito mas foda-se, estou confortável.

— Você não está esquisito e muito menos feio — Lee Know odiou como pareceu um idiota falando aquela frase, soou como um adolescente timido.

— Claro que não, eu estou muito lindo, posso até tirar uma foto assim e mandar pra alguma agência de modelos. Enfim, você está cinco minutos atrasado.

— Você me desculpa se eu disser que ajudei uma velhinha a atravessar a rua?

— Você fez isso realmente?

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