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— O acontecimento que iremos tratar hoje é sobre a violência cometida contra a aula Katerine Halsen.
— Acredito que isso seja uma perca de tempo, são adolescentes que não têm controle sobre as ações— Um pai se opõe diante a situação, ele é pai do garoto que tirou a minha camiseta.
— Perca de tempo seria se fosse com seu filho?— Rony se opõem também, eu não sei quando vou me intrometer nessa confusão.
— Com licença, senhores precisamos tratar isso da melhor forma, segundo o que sabemos a câmera de segurança focou em alguns alunos realmente levando a Kagerine até a parte abandonada— A monitora conta— Mas a parte abandonada não temos câmeras, pode ser considerado forjado da parte das acusações sem provas.
— Se fosse a sua filha numa cama de hospital, seria forjado? — Minha tia a questionou e eu concordei, é horrível eu ter parado no hospital cheia de hematomas e ainda por cima darem a desculpa de que não há provas.
— Eu concordo com a tia dela, não podemos dizer que foi forjado se estamos alegando que elas não têm prova quando nem vocês tem, alem de ser uma irresponsabilidade não ter câmeras lá— O treinador me defendeu, acho que ele, a professora de história e a orientadora são os únicos do meu lado.
— Exatamente, e além disso que eu saiba essa parte é proibida, por que eles estão ilesos até de invadir?— Tomaz também ajudou.
– Pensamos muito sobre isso e temos coisas a serem decididas– O diretor começou– Podemos pedir indenização a srta. Halsen e todos podem continuar na escola e a família da Katerine fica quieta, ou se não contente a Katerine perde a vaga.
Isso não é justo, não podemos aceitar dinheiro, isso seria calar todos os alunos que passaram por isso, nunca que vou aceitar isso e eu perder a vaga não vai mudar essas ações aqui. Isso gerou murmúrios sobre a mesa.
— Eu concordo, se a Katerine for expulsa nossos filhos estudaram bem aqui e a reputação da escola prevalece.— A mãe de Amber se intromete e felizmente me canso.
— Uma pergunta, vocês tem noção de quanto tempo isso existe? E por que nunca fizeram nada contra? Vocês acham que o problema sou eu? O problema são as últimas outras vítimas? vou sumir e o Bullying dessa escola vai sumir?
— Não é isso srta.Halsen.
— É isso mesmo que estão insinuando, se quer sabem com quem estão falando? Eu sou Rony George, o CEO e graças ao meu avô recentemente Presidente da empresa " Food'G" que fornece o alimento dessa escola, se eu contar ao meus contatos que está escola está literalmente romantizando um assunto tão sério como esse, vão perder todos os fornecedores, além da reputação tão bonita que tem.
O Rony se opõem novamente, ele tinha uma carta na manga, a empresa " Food'G" é a maior empresa de comida dos Estados Unidos, nunca imaginei que ele cozinhasse e que fosse o novo presidente.
Todos na mesa fecharam sua cara, é assim mesmo o dinheiro da escola importa mais que o bem estar dos alunos.
— E se fizerem minha sobrinha ser expulsa vamos entrar na justiça contra vocês! O mais certo seria descobrir o responsável do cartão vermelho e expulsar.— Minha tia se posicionou, nunca vi tanta gente determinada a me defender.
Nunca me senti amada o suficiente então isso é estranho.
— Não temos provas de quem seja.—A monitora afirmou com estresse.
— Na verdade, eu tenho.— Tomaz ergueu os braços como rendição e riu quando todos o olharam.— A uns meses eu encontrei a Amber e seu namorado que assediou a Katerine numa relação sexual na sala de informática, eu saí mas ouvi uma conversa e como sabem tenho amigos do Grêmio que tem acesso as câmeras que tem áudio, se puderem pegar a gravação de um dia antes da minha viagem vão encontrar a conversa tão esperada.
Automaticamente com um sinal do diretor um assistente foi de atrás, os responsáveis de Amber a olharam meio assustados, provavelmente não queriam aceitar a verdade sobre sua filha, acho que todas as pessoas quando "gostam" muito de alguém tendem a desviar os seus defeitos, isso é natural, a vulnerabilidade que nenhum ser humano escapa.
Pressionei meus dedos fazendo minhas mãos doerem pelas minhas unhas, os olhares eram demais, vi o assistente voltar e colocar o pen drive de gravação em um aparelho no qual eu nunca vi nos últimos dezesseis anos da minha vida, todos estavam esperando e olhando aquele aparelho , será que isso irá conseguir me ajudar de alguma forma?
O áudio começa com um barulho que suponho ser um gemido feminino, que vergonha alheia.
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— Hoje você não esquece de pegar a Katerine com seus amigos onde quer que ela esteja, cuidem para não aparecer nas câmeras e nos descobrirem— Amber diz ofegante, como se tivessem acabado o ato.
— Pode deixar amor, só que se der errado..
— Não vai dar errado, lembra que eu sou filha de duas pessoas que praticamente mandam nessa merda ? Eu dei a ideia, Não vai acontecer nada com a gente, relaxa"
O áudio para porque a mãe de Amber vai até lá e desliga com raiva.
— E quem disse que isso não foi forjado?
— Exatamente, Amber não faria isso! — O pai de Amber se levanta. Amber não esbanja quaisquer reações a não ser olhar para seu namorado que não a olha de volta.
— Diretor está claramente visto os responsáveis disso tudo, só expulsem eles e ensine seus alunos a terem respeito quanto a isso que nunca mais vai acontecer! — O diretor pôs as mãos na cabeça sem saber o que fazer enquanto minha tia falava.
Várias pessoas começaram a falar sobre suas opiniões ao mesmo tempo o que gerou um completo conflito nessa sala que foi interrompido pelo diretor.
— Nos dêem uns vinte minutos para mim e os professores, podem esperar na sala ao lado, por favor.— O diretor anunciou e se sentou meio frustado, algumas pessoas começaram a sair e eu fiz o mesmo com as pessoas nas quais eu estava acompanhada.
Entrei na sala ao lado e fiquei parada em pé ao lado de Tomaz, como ele consegue ficar assim calmo em situações como está?
— Qual você acha que vai ser o resultado?— O questionei, enquanto minha tia e Rony sentavam em duas cadeiras a nossa frente. Ele me olhou meio sem direção em seu olhar, parecia pensativo .
— Acho que talvez vão querer fazer um acordo que envolve dinheiro ou algo que não vai mudar porra nenhuma, mas como Rony está te defendendo pode mudar isso.— Tomaz deu ombros.— Inclusive eu admiro o trabalho dele, não sabia que ele era o presidente da empresa, eu queria tanto poder trabalhar nesse ramo.
Ele pareceu sincero, Tomaz muitas vezes usava o sarcasmo a seu favor, mas quando era sincero eu conseguia sentir.
— Por que não trabalha futuramente com o ramo de comida? Eu te apoiaria.— Também fui sincera, ele me olhou com aqueles olhos mortos que eu tanto admiro com curiosidade.
— Empresa da minha família eu tenho que assumir, além de que meu pai não iria me deixar nem ficar perto de uma cozinha.— Ele parecia decepcionado assumindo isso, deve ser difícil.— Então é impossível.
— Mas Tomaz, você tem que tentar, mesmo ele não deixando a vida é feita de coisas que nunca conhecemos e é pra isso que elas estão ali, você só tem dezoito anos e se não der certo, tenta novamente, nós temos que aprender a cometer erros porque quando nos perguntarem ou tivermos que tomar uma decisão sobre algo importante, vamos saber a resposta correta. E se é o que você ama é o que importa, e olha que mesmo não te suportando, eu vou te apoiar.— As palavras saíram da minha boca tão rápido que fez Tomaz não falar absolutamente nada, mas eu percebi que com o olhar dele, ele entendeu o recado.
Ele tem que fazer o que ama, só assim para ser feliz.
Os vinte minutos passaram de forma rápida eu fiquei tão ansiosa que podia sentir meu coração saindo pela boca, todos ali olhavam assustados como seria a reputação deles se algo vazasse, todos são de classe alta.
— Chegamos com o resultado, pela conformidade de provas contra Amber e Henry Miller resolvemos expulsá-los, mas gostaríamos de falar com seus responsáveis para explicar o que descobrimos, além disso terão que assinar um termo que nada poderá ser vazado por ninguém daqui.
continua..
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AMOR FATI ( Em Andamento)
RomanceAmor Fati, a teoria de Friedrich Nietzsche sobre a aceitação do destino, seria então o ato supremo de amor próprio, você olha para a sua vida e reconhece que para ser quem você é hoje, tudo precisou acontecer do jeito que aconteceu. E sim algumas co...