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Assim que chegamos na praia me sentei na areia sentido toda aquela brisa da Califórnia pelo meu rosto, meus amigos correram para a água menos Layla que ficou ao meu lado pegando sol, era caótico a sensação de liberdade era caótico estar na praia matando aula. As meninas tiraram suas camisetas e ficaram apenas com seus shorts e a parte de cima que certamente não era um biquíni, eu não tomei coragem ainda, os meninos tiraram as suas camisetas e Tomaz apesar das costas machucadas realmente parecia estar seguro com seus amigos aqui.
— Kat eu fico muito feliz de você ser parte do grupo agora, na minha cabeça desde sempre você esteve aqui.— Layla riu pegando sol ao meu lado.
— E é tão estranho, sabe? Há um tempo atrás eu só me preocupava em emagrecer kilos e agora eu me sinto bem, tenho amigos incríveis e pessoas incríveis ao meu redor, sem contar os da escola óbvio, mas esse é meu último ano com vocês e eu gostaria que fosse eterno.
– Você é um solzinho Layla, espero que mesmo que este seja nosso primeiro e último ano juntas, eu quero poder te guardar nas memórias. — Sorri de verdade depois de muito tempo, Layla é uma ótima amiga que eu tenho totalmente certeza de que vai arrasar fora dessa escola. Todos eles vão. — Você deveria fazer o discurso de formatura!
— Ahhh Kat! Eu te admiro muito, vou guardar você sempre viu? Vou encher seu saco na faculdade, pra qual vai? E eu não sei se sou a melhor pessoa para fazer o discurso. — Dá ombros rindo, nem eu sei ainda.
— Não tenho certeza ainda, mas as que estou aplicando são : A universidade de Ohio, mas não quero mais, Faculdade de Nova York que é um sonho, Universidade da Pensilvânia, Universidade de Oregon, Berkeley, UCLA e Harvard.
— Elas são ótimas! Vou fazer artes ou moda na NYU se eu passar, tomara que você passe também aí podemos ser colegas de quarto ! — Lay sorriu animada mas antes que pudesse complementar sua resposta foi puxada por Brenon que a carregou em seus braços enquanto ela gritava e eu ri muito dessa situação, de longe pude ver os dois abraçados no mar rindo de qualquer coisa que Lay falava, Lia e Carter estavam correndo um atrás do outro no mar com muita dificuldade, e Tomaz vinha em minha direção.
Tomaz é bonito, nunca realmente achei isso, geralmente tendo a achar pessoas bonitas pela sua personalidade ou as suas ações, mas com Tomaz foi diferente, ele tem cabelos loiros , os olhos mortos como eu costumo a chamar se forem vistos por outras pessoas, diriam que ele tem olhos verdes mas eu não concordo, ele tem grande massa muscular em seu corpo, ele é atraente mas é estranho como suas marcas e tatuagens falam mais sobre ele do que sua própria aparência.
Quando chega onde eu estou se senta na areia ao meu lado e ficamos em alguns minutos num completo silêncio, e não era desconfortável foi totalmente confortável e sei que ele sentiu o mesmo.
— Quando tempo demoraria para conhecer todos os lugares que tem praia no mundo? Senhorita inteligência.— Falou finalmente, deixando o silêncio em nós para o passado, que pergunta seria essa? Uma metáfora talvez?
— Eu não sei.. muito tempo provavelmente senhorito não inteligente, por que?— O questionei e ele me olhou finalmente e fiquei perdida naquela imensidão dos olhos mortos.
— Esse tempo seria o quanto demoraria para eu tentar desvendar o quebra cabeça chamado, Katerine Halsen.— Corei de imediato, ele estava curioso sobre mim, e eu o mesmo.
— Idem Maybank.— Viro o rosto para frente para não mostrar a coloração de minhas bochechas mas podia sentir o seu sorriso sarcástico.
— Por que não foi para o mar? Está tão bom hoje.— Dei ombros como se não ligasse mas eu queria muito entrar.
— Faz tempo que eu não vou é diferente ir.— Minto mas sei que ele percebe quando arqueia a sonbrancelha.— Na verdade, eu nunca entrei no mar.. só quando eu era bebezinha e nem lembro então.
— É sério?— Ele riu e eu cruzo os braços.— Vamos então, eu te apresento meu lugar.
Repensei mil vezes na minha cabeça se eu deveria aceitar, realmente queria então me levantei e o puxei quase arrastando que se levantou e finalmente consegui tirar a minha camiseta, me senti menos desconfortável com ele de alguma forma.
— Quem chegar por último perde Maybank.— sai correndo a partir do momento que falei, senti a areia percorrer meu pé a risada de Maybank que não me alcançou de tão rápida que fui, quando cheguei na água a sensação foi totalmente legal.
Insana, essa era a palavra, olhei para Tomaz com uma feição surpresa, a água me arrastava e era tão bom ela estar gelada então entrei mais ainda no mar com Tomaz me acompanhando, estávamos meio distantes dos outros, sorri como uma criança como se fosse a primeira vez provando algo e achando muito bom.
— Isso é tão incrível!— As palavras saem da minha boca sem controle algum e caminho mais para fundo na água, Tomaz me acompanha rindo pela minha felicidade.
Sinto a água bater até a beirada abaixo do meu peito e Tomaz se coloca a minha frente, ele já molhou o cabelo assim como o eu o que o torna mais atraente ainda, seus braços fortes e grandes e seu peitoral está exposto mas a única coisa que me prende nele, sempre serão seus olhos.
O mar não estava tão agitado, o que deixou meu corpo ficar se levando pelas ondas sem que eu saísse do lugar .
— Eu odeio o que você fez comigo em tão pouco tempo— Ele abaixa seu olhar e eu olho ele com curiosidade. — Eu ainda te odeio ok, só suporto um pouco mais.
— Eu também, e não se preocupe, eu ainda te odeio Maybank— Sorri sarcástica e ele sorriu de volta, senti meu estômago com borboletas, que isso, joguei água com as mãos nele que parece desacreditado de primeira mas logo joga mais água em mim e começamos uma guerra de água.
Não quero deixar eles nunca mais, quero viver isso para sempre como se o livro não tivesse fim, porque se tiver, eu nunca mais vou sentir isso.
(...)
Tirei meus tênis assim que pisei em casa, meus cabelos ainda estão molhados mas já consegui me secar graças ao sol de Los Angeles. Minha tia nem chegou ainda, então preciso tomar um banho imediatamente.
Tomo um banho pouco demorado e vou até a geladeira procurar algo para comer, observo um calendário e percebo que falta pouco para meu aniversário, não sei como vou lidar com isso, falta pouco para o campeonato de vôlei e a viagem será demorada com toda certeza, e resolvi abrir a carta no meu aniversário mesmo, não posso fugir do meu passado para sempre.
Pego um suco que estava lá e me sirvo indo estudar os conteúdos da escola, falta pouco para as provas finais, faculdade, formatura...
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AMOR FATI ( Em Andamento)
RomanceAmor Fati, a teoria de Friedrich Nietzsche sobre a aceitação do destino, seria então o ato supremo de amor próprio, você olha para a sua vida e reconhece que para ser quem você é hoje, tudo precisou acontecer do jeito que aconteceu. E sim algumas co...