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Lia marca um ponto graças ao seu toque, estávamos no último set, está 25 a 24, vamos para o último set agora, eu estou me dedicando tanto mas a pressão está alta sobre nós.
Desta vez eu estava como líbero, minha posição favorita mas a que mais corre.
A bola é sacada pelo time adversário que chega muito bem aqui, Layla faz uma machete na bola que toca para Carter, ele levanta para Tomaz no ar, Tomaz pula alto e ataca a bola no outro lado, não chega a tocar o chão pois a líbero da outra esquipe faz um rolamento assim que toca na bola, a levantadora levanta e sinto o ataque vindo então me preparo assim que vejo a bola em minha direção, me jogo no chão batendo na bola, Lia levanta a bola e novamente Tomaz ataca mas a ponteiro pega a bola com uma manchete, levanta para a levantadora e o outro jogador ataca, a bola vai para o fundo perto a mim, Steven toca na bola mas a bola vai para trás da quadra, se eu deixar essa bola escapar nós perdemos.
Penso em todo esse esforço que eu estou fazendo, me esforcei muito para chegar aqui, sofri muito durante a minha adolescência e infância e preciso ter pelo menos um minuto de felicidade. Eu sempre sonhei com o paraíso que deve ser a vitória então lá vou eu, corro até que o final da quadra e chuto a bola para trás, ouço a platéia inteira gritar eufórica assim que não deixo a bola cair, a bola volta para a quadra e meu time ataca no outro lado, quase faz ponto mas uma jogadora da uma machete próxima a rede, outro jogador levanta a bola mas eles erram na hora de atacar causando um toque muito mal feito, nesse mal preparação que todo mundo do time adversário está na rede, corro de volta para a quadra, e meu time está aberto pois não tem ninguém no meio, então pulo bem alto sentindo meu joelho latejar de dor, e ataco a bola com toda força que eu posso mesmo sabendo que libero não ataca.
Gritos são ouvidos assim que sinto meu joelho bater no chão, olho para o chão adversário e vejo, vitória nossa. A vitória nossa é confirmada e nosso time se junta num abraço em grupo, meu joelho está doendo muito, sinto tanta dor que quase manco.
- CONSEGUIMOS!- O treinador vem até nós e comemoramos, eu me sento no chão cansada e eu choro, não de tristeza como em todos esses anos, mas sim de felicidade, esse é um dos meus primeiros choros que não dói.- Estamos nas quartas de finais!!
{...}
— Meu Deus, Kat, vocês jogaram tão bem! Estou orgulhosa de todos— Sorri para ela assim que chegamos em casa, nós estamos todos mortos de cansaço. E eu machuquei muito meu joelho, a joelheira saiu quando cai.
Me sentei no sofá gemendo de dor, nunca havia me machucado desse jeito.
— Meu joelho está doendo muito— Reclamei, em seguida Tomaz veio até mim com um sorriso tão natural mesmo que ainda sim podia ver preocupação, que eu poderia até esquecer da dor, ele se abaixou em frente ao meu joelho, ele estava com o cabelo molhado após o banho, quase morri para tomar meu banho. Ele pegou um remédio e uma fita curativa para por no meu joelho. O pessoal saiu da sala por sorte.
— O que foi aquele chute? — Ele riu concentrado no meu machucado— Fiquei impressionado.
- Para com isso, eu vou ficar com vergonha— Brinquei colocando as mãos no rosto e ele retira minhas mãos do rosto antes de terminar de limpar.
— Quero te olhar— Ele falou me deixando timida — Nem parece que a umas semanas a gente não se suportava.
— Verdade, eu não gostava nada de você— Ele me encarou com a sobrancelha arqueada e eu ri de sua reação— As vezes você era legal, eu pensava que você era meio bipolar.
— Nem eu sabia o que eu fazia— Ele passou a fita pelo meu joelho— Você precisa descansar, principalmente cuidar do seu joelho, se não, não vai poder jogar no próximo jogo.
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AMOR FATI ( Em Andamento)
RomanceAmor Fati, a teoria de Friedrich Nietzsche sobre a aceitação do destino, seria então o ato supremo de amor próprio, você olha para a sua vida e reconhece que para ser quem você é hoje, tudo precisou acontecer do jeito que aconteceu. E sim algumas co...