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Sempre ouvi desde pequena que decisões podem mudar de forma exata o seu ponto de vista ou até mesmo a sua vida, se fazemos uma escolha errada somos destinados a uma situação complicada mas tem pessoas que conseguem conter ela e mudar, tem outras que não tem tanta sorte assim.
As decisões boas sempre foram difíceis para mim, não só por eu ser uma pessoa indecisa, mas também por eu ter medo de errar, indecisão e medo me perseguem.
O dia havia passado, eu me diverti muito hoje mas a noite chegou, a ansiedade pelo treino de amanhã e depois temos um jogo, vamos jogar na segunda se passarmos jogamos na terça, se passarmos na terça jogamos na quinta e se passarmos vamos para a final que é na sexta.
Eu só quero algo bom para me distrair.
— E aí eu fui dada como culpada por quebrar a garrafa de água dela acredita? Culpa do Carter e sobrou para mim— Durante a janta todos estavam descontraídos e nada preocupados ou ao menos não pareciam mas eu estou, posso dar mil voltas pela quadra e voltar que ainda vou pensar só no jogo de amanhã.
— Gente eu vou dar uma volta, não tô me sentindo muito bem.— Me levantei da mesa respirando fundo e minha tia me olhou com preocupação.
— Tudo bem, Kat?— Minha tia me perguntou e eu assenti forçando um sorriso.
— Só vou lá na praia um pouco e depois volto.— Sorri fraco pra eles e sai dali pela porta indo em direção a praia, muitos sentimentos estão vindo a tona ultimamente e não sei se estou sabendo lidar.
Me sentei na areia assim que cheguei perto do mar, tirei meu chinelo e só fiquei olhando o Mar, o barulho do mar é o único que me acalma em dias turbulentos.
Larguei meu celular ao meu lado e senti alguém se sentar ao meu lado.
— Queria vir te infernizar, mas na verdade precisava conferir se você estava bem?— Ri olhando para Tomaz, ele sempre vem, é incrível como ele cumpriu com o que prometeu.
— Eu só queria me acalmar, tem tanta coisa acontecendo— Falei olhando para o mar novamente, aquele barulho era o único que me acalmava.
— Coisas boas ou ruins?— Ele perguntou e eu respirei fundo com um sorriso involuntário no rosto.
— Boas.— Sorri para ele voltando a olhar para os seus olhos.— É estranho sabe? A meses atrás eu estava perdida e agora parece que tudo está tão diferente, eu tenho amigos e pessoas que se importam comigo, e eu me importo com eles, não sei se sou digna de tanta felicidade.
— Quando você chegou, eu sempre te observei, na maioria das vezes você estava com um olhar triste, apesar de rir e Sorrir muito, eu sempre me perguntei o que havia de dor que você carregava e eu acho que era por isso que eu estava querendo tanto saber quem você era, e eu fui descobrindo, eu percebi que você sempre foi forte, sempre, mesmo não vivendo na pele o que você viveu ou sabendo todos os detalhes, eu sei o quão forte você foi e é, eu comecei a gostar de você porque eu me sentia em casa com você, eu não precisava fingir quem eu não era perto de você e eu me sinto em tranquilidade quando eu olho para você Kat, você é a única que me provocou esse sentimento e sinceramente é muito diferente para mim já que nunca havia sentido tamanha felicidade antes, você merece toda a felicidade do mundo Kat, você foi a pessoa que desenhou estrelas ao redor das minhas cicatrizes e eu sei que não vai fazer elas sangrarem novamente.
Senti muitas emoções vindo a tona, senti amor, carinho, cuidado, eu e ele começamos com uma péssima relação e hoje eu sinto como se ele fosse o meu primeiro amor, estar com ele é como estar em casa.
O abracei com cuidado, deitando minha cabeça sobre seu peito, deitando juntos na areia enquanto suas mãos me rodeavam.
— Eu sou a pessoa mais feliz quando estou com vocês e você, Tomaz, mesmo eu não conseguindo demostrar muito isso.— Corei enquanto disse isso, e era a maior verdade, ele colocou um sorriso na minha vida assim que apareceu, ele beijou minha testa de canto e voltou a deitar enquanto olhamos as estrelas do céu por um tempo.
— Nós.. vamos começar a ficar sério? Ou vamos fazer o que em relação ao nosso rolo.— Eu não havia pensado nisso mas eu sabia que essa pergunta seria dita alguma hora, pensei muito antes de responder.
— Vamos deixar acontecer naturalmente, no caso vamos estar ficando sério, mas, eu quero te conhecer melhor, saber o que te faz feliz, o que te faz mal, conhecer as coisas que você gosta e assim vai indo.— Sorri pensando o quão seria bom ficar ao lado dele para sempre.
— Concordo, e nós vamos contar a alguém?— Ele perguntou, eu acho que seria justo contar a quem eu me importo e quem está rodeado conosco.
— Vamos apenas para quem perguntar.— Rio fraco e ele assente, é bom estar aqui hoje.
— Obrigada Kat, por ter me mostrado o que me faz feliz.
{...}
Emoções, eu nunca soube direito como lidar com essa palavra de sete letras, e hoje eu iria lidar com uma das emoções mais fortes, a ansiedade vindo dela a vitória e a perda, finalmente chegou o dia do meu primeiro jogo contra uma escola, além das preocupações sobre ganhar quando treinamos de manhã, não parei um segundo de pensar em que vários técnicos de faculdades estarão assistindo. Hoje vão jogar quatro escolas, estamos nas oitavas de final, vamos jogar com uma escola e as outras duas jogarão entre si, as que ganharem vão para as quartas de final, e as que perderem jogam contra si para definir as posições.
— Eu vou me matar.— Layla surtava no vestiário, a outra escola parecia muito confiante, a nossa era muito boa mas nunca havia jogado antes contra alguma escola ou algo que valesse uma oportunidade incrível.
— Relaxa Lay, o mínino que pode acontecer é a gente perder— Lia que tentava ajudar Layla a se acalmar só piorava a situação, eu estou quieta a uma meia hora, os únicos momentos em que eu abro a boca é para surtar sobre qualquer coisa.
Terminei de amarrar meu cabelo num rabo de cavalo firme o suficiente para aguentar o jogo hoje, estou quase suando frio de tão nervosa.
Vi meu time entrar onde estávamos, e todos se reuniram num círculo, Tomaz não parece tão preocupado quando eu e ele está muito atraente no uniforme.
— Ok gente respirem fundo, não esqueçam nada do que eu disse para vocês nós treinos, se perderem eu puxo a orelha de vocês, se ganharem o jantar hoje é por minha conta.— O treinador pôs sua mão no meio do círculo e todos nós pusemos e erguemos para cima, hora de começar.
Continuaa...
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AMOR FATI ( Em Andamento)
RomanceAmor Fati, a teoria de Friedrich Nietzsche sobre a aceitação do destino, seria então o ato supremo de amor próprio, você olha para a sua vida e reconhece que para ser quem você é hoje, tudo precisou acontecer do jeito que aconteceu. E sim algumas co...