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[CHAT LEE HAYUN]

[Lee Hayun]: Jungkook eu já disse e não vou repetir seu tapado, eu NÃO VOU ALMOÇAR COM SEUS PAIS!

[Lee Hayun]: Eu não sei qual a desculpa que você vai inventar seu imbecil, mas eu não vou!

Virei a esquina do corredor digitando rápido a resposta.

[Me]: Eu pago mais!

[Me]: Mais 200 mil!

Quando ia virar a outra esquina para entrar na biblioteca, dei de cara com ela.

— Nem vem! — ela se adiantou em dizer com a mão estendida na minha cara.

— Você viu a minha última mensagem?

Ela para e checa o celular.

— Ainda é não.

— São mais duzentos! Você vai receber quatrocentos mil em três dias! É muito dinheiro Hayun!

Ela parou subitamente, dá para ver pelos suspiros e olhos fechados que ela está buscando no fundo do seu interior muita paciência para que possa me responder sem voar em mim.

— Eu sei que para o seu cérebro danificado com toda essa idiotice é meio difícil processar as informações que você recebe, por isso vou falar mais devagar. Presta bem atenção hein, leia os meus lábios se preciso for. — Hayun dá dois passos na minha direção. — Eu. Não vou. Ir a lugar. Nenhum. Com você!

Eu quase quero bater na minha própria cara por ter permitido que ela seguisse com essa besteira de falar devagar.

— Entendeu ou eu vou ter que desenhar?

— Você só precisa ir lá e fingir! Você fez isso sábado, não vai ser tão difícil.

— Pra você não é mesmo. — ela se vira e sai andando, me deixando plantado no meio do corredor.

Como para mim não é difícil? Ter que fingir por mais um dia que a garota que eu mais tenho aversão e que me dá calafrios — não dos bons — é a minha namorada para os meus pais é bem difícil sim!

Às vezes eu penso que se fosse outra garota seria bem mais fácil, mas como se trata de Lee Hayun, não, as coisas são complicadas e pioram a cada vez.

Sigo ela, os alunos passam por nós olhando a situação teatral no meio do corredor com uma certa curiosidade, mesmo que não entendam nada. O que também não os impede de cochichar sobre hipóteses da nossa repentina ligação já que, eu nunca havia estado perto de Lee Hayun, estudante de design da turma 62A.

Desde sábado, está circulando por aí que eu levei uma garota misteriosa para o baile beneficente dos meus pais. Ninguém sabe quem ela é — pelo menos, até onde eu li até às quatro da manhã na sala de bate-papo da faculdade — mas sabem que não foi nenhuma das que entrevistamos. Pelo que eu ouvi, o pessoal do jornalismo está até fazendo um artigo sobre mim e o impacto da minha popularidade dentro da faculdade, que culminou em um número alarmante de indivíduos do sexo feminino em um fervor fora do normal.

Que emocionante, eu sou objeto de estudo agora, que nem ratinho de laboratório. (Sarcasmo...)

Ninguém chegou no nome da Hayun. Ainda. Mas se eu continuar correndo atrás dela — como estou agora — logo vão suspeitar, vão nos ligar, vão dar um jeito de saber qual a nossa ligação e se souberem, tá feito o estrago.

— Sai do meu pé chulé! — Hayun se vira com os punhos erguidos e cerrados, como se estivesse pronta pra briga.

Inconscientemente eu faço o mesmo. Então estamos os dois, parados no meio do corredor, como se fossemos cair no soco em dois tempos.

Procura-se uma acompanhante para Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora