12 - Juntos o máximo de tempo

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Assim que abri a porta do dormitório tive o prazer de ser invadida por um aroma maravilhoso de comida. Era carne, tinha carne sendo feita ali. Agradeci aos céus por isso.

— Querida, cheguei!

Tirei os tênis e joguei a bolsa no chão. Rose surge de trás da pequena ilha na minúscula cozinha do dormitório. Ela está usando um avental rosa, que eu dei de aniversário para ela ano passado. Ele é cheio de babados, corações e coelhinhos, ela odiou, mas usa todas as vezes que cozinha.

— Estou fazendo bolo de carne!

Minha barriga reage na mesma hora.

— Eu amo bolo de carne. — choramingo, indo na direção dela e a abraçando.

Rose ri e da alguns tapinhas nas minhas costas.

— Lave as mãos, já tá quase pronto.

Como uma criança obediente, corro para o banheiro. Lavo não só as mãos mas também o rosto, depois que vi o estado deplorável que eu me encontro.

Trabalhei quase o dia todo hoje. Como tinha aulas só na parte da manhã, parti para uma jornada estressante de dez horas de trabalho em um restaurante aqui perto na hora do 3 Tudo o que eu tinha estômago era um sanduíche que Rose fez para mim e muito, muito café. Não sei como não cai dura no chão.

Voltei e os pratos já estavam na bancada, assim como o arroz e o bolo de carne suculento. Minha boca salivou.

— O que eu fiz pra merecer tudo isso? — perguntei vendo ela colocar um pedaço do bolo no meu prato.

— Você trabalha demais. E eu sei que não comeu direito, então eu fiz.

— Obrigada pela comida.

— Não tem de que. Agora come.

Não precisava nem mandar. Ataquei o bolo como se fosse a minha última refeição, ou como se não comesse há dias. De acompanhamento ela fez batata frita, porque tudo fica melhor com batata frita.

Conversamos sobre os nossos dias. Rose me falou das suas aulas de música, que tinha que compor uma para alguém que amava, e que o professor a elogiou pelas melodias da peça de final de ano que ela estava trabalhando. O meu não pareceu em nada vantajoso de ser compartilhado. Até tentei mudar de assunto, mas ela insistiu, então contei que havia acontecido o de sempre.

Trabalho as vezes em um restaurante de frango, que não paga exatamente bem, mas é alguma coisa. Contei sobre os alunos de ensino médio que foram lá comer e que tentaram me cantar. Falei sobre o meu chefe, que está tentando por juízo no filho e fica suspirando o tempo todo. E só. Não havia mais nada a contar, além de que eu trabalhei demais e sem longas pausas.

— Depois de comer, você precisa de um longo banho e skin care. — ela diz.

— Eu preciso estudar, tenho prova em duas semanas e não posso ir mal.

Rose fica parada, descrente.

— Você nunca vai mal Hayun. Mesmo trabalhando que nem uma condenada, você ainda mantém suas notas ótimas. Descanse um pouco.

— Não posso, você sabe.

— Você vai acabar passando mal de exaustão assim.

Eu ri baixinho.

— Não vou. Eu sou indestrutível.

Ela riu comigo, mas não parecia exatamente feliz.

— O que mais rolou?

Rose dá de ombros.

— Jungkook estava te procurando.

Eu havia me esquecido dele. Não peguei meu celular o dia todo, não vi nada.

Procura-se uma acompanhante para Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora