Procura-se uma acompanhante para Jeon Jungkook

17 - 20 dias para amar

Para uma melhor experiência, recomendo ler ouvindo a música
QUIT - ARIANA GRANDE ft. CASHMERE CAT

Playlist da fic está disponível na BIO!
Aproveitem!

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Eu tinha 20 dias para amar e eu aproveitaria. Não iria me importar com o que pode acontecer. Viver o hoje, viver o presente.

Jungkook e eu passamos a ficar juntos o tempo todo entre intervalos de aulas e no horário de almoço. Marcamos uma mesa no refeitório, onde sempre ficávamos com nossos amigos. 

— Você quer Kimtchi Yun? 

Me virei rápido para ele na fila do refeitório. 

Ele me chamou de Yun.

Aquela frase ricocheteou dentro de mim e por uma fração de segundos meu coração esqueceu a sua função dentro do meu corpo e parou. Senti que poderia explodir em lágrimas de emoção só por ouvir ele me chamar assim novamente.

Eu nunca tive apelidos. Sempre fui Hayun e apenas Hayun, então quando ouvi ele me chamar de Yun pela primeira vez antes de nos tornarmos próximos, eu me senti estranha.

— Yun é um apelido fofo. — Jungkook disse.

Eu ainda não havia entendido.

— E por que você achou que tinha a necessidade de me chamar por um apelido fofo?

Houve um lampejo brilhante naqueles olhos bonitos de pura felicidade.

— Primeiro, porque eu tinha preguiça de falar Hayun. Agora, porque eu vi que te irritou.

Eu fiquei com raiva naquela época, mas depois de um tempo, passei a odiar quando ele me chamava pelo nome.

Jungkook estava me olhando, esperando uma resposta sobre o Kimtchi. Assenti e disse que sim.

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Nos primeiros dias fomos o assunto mais comentado no Fórum. Até criaram uma página de fã.

— Vocês são a sensação dessa universidade.

Taehyung pulou na minha frente enquanto eu estava conversando com Jungkook durante a pausa do treino de basquete. Não virou uma rotina acompanhar, mas vez ou outra eu aparecia quase no final.

— Por quê?

A resposta de Tae foi mostrar o celular, onde o aplicativo do Fórum estava aberto na página do fã clube. Havia fotos nossas, em diferentes ângulos e em diferentes momentos. Em algumas estávamos nos abraçando, rindo e olhando um para o outro.

— Doentio. — eu disse e a expressão de Jungkook confirmou que ele pensava o mesmo.

Em um momento, precisei contar ao Jungkook sobre meus empregos, quando ele quis matar aula mais uma vez para ficar de conchinha comigo e eu disse não.

— Eu não sei porque você tem que trabalhar tanto.

Terminei de colocar um casaco dentro da mochila.

— Eu já disse Goo, meu pais são ricos, eu não.

— Seus pais são ricos, você não. — ele repetiu. — É, eu já sei. E adoraria perguntar porque eles não ajudam você, mas sei que não quer falar então...

Me senti bem por isso. Eu trabalho em uma cafeteira, eventualmente, quando não estou dando aulas particulares. A dona é uma grande amiga minha e tem várias filiais espalhadas pelo país. Trabalho em uma em Gangdong, que fica o mais longe possível do meu campus para justamente ninguém me ver. É um trajeto cansativo e não paga tão bem, mas serve para me manter.