Eu deixei a Kat no chalé e voltei para encontrar o Davi ele já estava inquieto e preocupado com a mãe mas eu o acalmei.
— Papai o que aconteceu?
— Sua mãe torceu o pé não foi nada demais pode ficar tranquilo.
— Você salvou ela?.
— Não foi nada filho só a ajudei.
— Agora a gente vai voltar?
— Não vamos esquiar eu e você depois eu volto para ver a sua mãe.
Passamos a manhã juntos esquiando depois fomos tomar chocolate quente Davi estava muito feliz Kat tinha razão em me pedir para ficar com ele nunca o vi tão animado e feliz por estar aqui. Ele fez amizade com o filho do Eduardo, dono dos chalés, então os deixei com ele e fui ver a Kat.
— Oi, como você está? Te trouxe comida lá do restaurante.
— Estou bem e o Davi?
— Ele fez amizade com o filho do Eduardo então eu deixei ele brincando assim eu posso te levar no médico para ver esse pé.
— Tá tudo bem, não é nada urgente.
— Bom a gente vai saber disso quando chegarmos ao hospital enquanto você come eu vou tomar um banho.
— Tá, já que não tem jeito.
Eu subi para tomar um banho, não me demorei muito quando desci de novo ela já tinha terminado de comer.
— Podemos ir?
— Claro.
O hospital não ficava muito longe como estamos em uma estação de esqui os acidentes são constantes então sempre tem um médico de prontidão.
— Então doutor, como está o pé dela?
— Felizmente não quebrou nada foi só uma torção.
— Vou precisar ficar de molho uns dias?
— Só deixar esse pé descansar, você vai ficar bem vou receitar um analgésico caso você sinta dor.
— Ah obrigado, mas até que não está mais doendo tanto. – Como já era de se esperar ela teve que imobilizar o pé mas agora está mais segura. – Você já deve estar cansado de me carregar por aí né.
Ela falou enquanto eu a ajudava a chegar ao sofá.
— Está tudo bem não é nada.
— Você vai buscar o Davi?
— Ah que bom que falou nisso ele pediu para ficar na casa do Eduardo e como eu não sabia se íamos demorar eu deixei, mas se quiser eu posso ir buscá-lo.
— Não, tudo bem não tem problema.
— Então eu vou ver alguma coisa para o jantar, tá confortável aí?
— Estou sim, já me sinto ótima.
— Eu vou pedir pizza o que acha?
— Pra mim está ótimo.
— Ok não demoro.
A gente comeu pizza e se entupiu de refrigerante ali perto da Lareira porque estava um frio congelante la fora então a gente resolveu se esquentar ali e acabou que a nossa sobremesa foi marshmallow assado ali mesmo no fogo isso me fez recordar os velhos tempos quando a gente era jovem e namorava a gente adorava fazer isso.
— Nossa acho que faz uns dez anos que eu não como marshmallow assim.
— Que exagero, claro que não.
— Mas é verdade eu acho que eu só fazia isso com você.
— Sério?
— É sério eu só comia isso quando a gente saia para acampar.
— Bom então tem uns seis anos.
— É deve ser isso mesmo.
— Se era quando a gente namorava, tem esse tempo, depois que eu fiquei grávida a gente não acampou mais.
— É eu sei. Mas foi bom recordar os velhos tempos de comer marshmallow assado..
— É, as vezes é legal..
— A gente se divertia né.
— Muito, outros tempos.
— Outros tempos boas recordações.
— É verdade, tudo diferente, sem muitas responsabilidades.
— E a gente era feliz.
— Quando a gente namorava, éramos mesmo.
— Quando a gente casou a gente foi feliz por um tempo também eu só não sei onde foi que a gente se perdeu.
— Talvez não estivéssemos preparados pra tamanha responsabilidade.
— A gente era sim, hoje com mais maturidade eu enxergo isso.
— Vou te falar o que eu penso, eu acho que você não estava preparado pra tanta responsabilidade como um filho e um casamento tudo de uma vez só, pareceu que nosso casamento foi uma imposição e isso meio que desgastou.
— Os nossos pais cometeram um erro impondo esse casamento naquela época e olha eu sei que eu era um irresponsável hoje eu sou um pai muito melhor para o Davi do que eu era antes.
— Nisso sou obrigada a concordar. Mas eu não me casei com você pela imposição.
— Você sabe o que eu quis dizer.
— Sim, eu sei.
— Eu também não me casei pela imposição eu te amava mas naquele momento talvez você estivesse preparada mas eu não.
— É, eu percebi que não. Você estava em outro momento.
— E isso separou a gente.
— Separou. Não era pra ser.
— É você tem razão.
— A gente dava certo namorando, casados não. E não foi por falta de tentativa.
— Eu sei.
— A gente não vai ficar falando disso né.
— Acho que não tem porque falarmos disso, toda vez que falamos desse assunto alguém sai magoado.
— Eu concordo com você. Melhor ficarmos como sempre foi né.
— Como sempre foi? Antes ou depois da gente se separar porque tem duas versões da gente.
— Depois da gente se separar, até porque o antes não tem como.
— É não tem.
— Bom tirando nossas recaídas, a gente tem se dado bem como pais e bom o último mês estávamos bem como amigos.
— É eu tentei.
— É você tenta, mesmo dando umas incertas né. Se bem que agora você tá de boa, a ultima foi a da lareira.
— Aquele era outro momento.
— Era uma confissão, que nunca fez amor na em frente a uma lareira. E assim com essa vista branquinha ao fundo.
— Era.
— Ah então tá bom.
— Eu.. acho melhor eu subir né? E eu tenho que te ajudar a ir para o seu quarto.
— Ah eu não vou não, tô sem sono.
— Eu não posso te deixar aqui sozinha Kat.
— Então fica aqui comigo.
— Eu não acho uma boa ideia.
— Ah vai me morder? Não vai ser a primeira vez.
— Muito engraçado.
— Tô mentindo?
— Não sei do que você tá falando.
— Claro que sabe...
— Não sei não.
— E do nada você ficou inocente.
— Não é isso.
— É o que então?
— Esse assunto ele sempre leva a gente para um terreno perigoso.
— Ah é mesmo?
— Você sabe que sim.
— É ruim?
— Eu não sei se isso é bom ou ruim mas uma vez você me disse que não devíamos continuar com isso lembra?
— E depois aconteceu de novo.
— É mas a gente vai continuar com isso até quando?
— Já acostumamos.
— Só se for você Kat, eu não.
— Você era o que mais insistia nisso.
— Sim porque eu te queria de volta.
— Mas a gente sempre se deu bem assim.
— E não era você quem me mandava te deixar em paz?
— E você nunca deu ouvidos.
— Tem certeza?
— Sempre investiu de novo.
— Eu parei com isso Katherine.
— E mesmo assim rolou, até você ficar bravo comigo.
— Eu tive os meus motivos.
— Tá, mais esquece isso vai. A gente tá aqui sozinhos.
— Sei e aí?
— Por que a gente não realiza sua fantasia?
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Fique Ao meu lado
FanfictionSinopse: Um casamento fracassado, um filho e uma atração irresistível. As vezes é preciso deixar ir para ter a certeza que você queria que ele ficasse. Santiago e Kat precisam descobrir o realmente sentem se amam? Querem ficar juntos e reconstruir o...