Já faz um mês e meio que a gente descobriu a gravidez da Kat ela exigia cuidados eu e a mãe dela entramos em um acordo para cuidar dela, eu praticamente me mudei para a casa da Kat e também contratei uma enfermeira para ajudar, a mãe dela ficava Durante o dia com a enfermeira e eu ficava a noite então a gente conseguiu cuidar dela juntos. Hoje é um dia importante Kat vai fazer uma ultrassom para ver o bebê estamos apreensivos mas eu quero acreditar que está tudo bem.
— Tá nervosa? – eu segurava sua mão enquanto o médico iniciava o exame ela apertava minha mão como se a vida dela dependesse disso.
— Estou né, você não?
— Um pouco, mas você se cuidou direitinho vamos ter fé que está tudo bem.
— Quero que esteja tudo bem, quero parar de dar tanto trabalho também.
— Você não está dando trabalho.. E então doutor, como ela está?
— O bebê está bem. – o barulho dos batimentos do coraçãozinho dele invadiu a sala. – O coração está bem.
— E a ameaça de aborto que eu tive? Está tudo bem?
— Está sim, vocês ainda precisam de cuidados, mas o perigo maior já passou eram esses três primeiros meses e vocês estão bem.
Senti um alívio enorme quando ele disse isso.
— Que notícia boa doutor estou mais aliviado agora.
— Eu também, tô me sentindo um fardo.
— Mas eu ainda recomendo o repouso é importante mas vocês estão bem, eu vou receitar as suas vitaminas e você pode ir pra casa.
— Eu não aguento mais ficar de repouso doutor.
— Você só não pode fazer muito esforço, mas você pode fazer algumas atividades normais mas com algumas restrições.
— Eu vou cuidar disso doutor.
— Vale um exercício? Um Pilates, uma caminhada.
— Só não pode exagerar muito, mas por favor você ainda precisa de cuidados.
— Não vou exagerar.
— Aqui estão as vitaminas, você já pode ir e continua se cuidando.
— Obrigado doutor. – voltamos para a casa dela com um alívio enorme parece que tiraram um peso das minhas costas, no caminho passei na padaria para comprar a torta de chocolate que ela gosta hoje estamos todos merecendo uma torta para comemorar. – Chegamos. – Ela me abraçou e eu apenas retribui o abraço era o nosso momento de alívio depois de tudo que a gente passou.
— Estou tão aliviada com tudo isso.
— Eu também, eu te disse que ia ficar tudo bem.
— Ah graças a Deus.
— Que bom que você está mais tranquila. Agora senta pra comer você quase não comeu nada no café da manhã pelo nervosismo.
— Eu estava apavorada.
— É eu sei eu também estava nervoso.
— Mas, graças a Deus, tudo bem.
— A Deus e a sua mãe que cuida muito bem de você, até de mim.
— Pelo menos agora ela vai ter paz.
— Todos nós vamos, toma come um pouquinho.
— Vou comer, relaxa.
— E eu vou tomar um banho, estou precisando mesmo relaxar.
— Relaxando com banho?
— Sim e pretendo usar a sua banheira então não reclama.
— Ah reclamo sim, vai usar meu quarto.
— Por favor, ou eu vou ter que ir pra minha casa tomar um simples banho, sério?
— Você tá muito chorão sabia?
— Hey eu só quero um banho.
— Vai pro seu banho vai Santiago, mas não bagunça meu banheiro.
— Até parece que não me conhece né.
— Não custa relembrar.
— Tá bom já entendi, eu não demoro tá.
— Fica a vontade, mas não tanto.
— Eu sei obrigado. – subi para tomar um banho e “relaxar” um pouco o que não me ajudou muito foi estar no quarto dela, com as coisas dela o perfume em fim. Mas pelo menos um bom banho de banheira acalmou meus ânimos um pouco.
Quando voltei para a sala ela estava vendo TV na companhia da torta de chocolate.
— Ah você já voltou.
— Sim eu só precisava de um bom banho relaxante. – me sentei do seu lado no sofá pegando um pedacinho de torta.
— Meu quarto tá em ordem?
— Eu só usei o banheiro e sim está tudo em ordem.
— Ah vai saber né.
— Você tá muito chata hoje sabia?
— Só hoje meu amor?
— Geralmente você é chata todos os dias mas hoje tá pior.
— Ah obrigada. Eu sou legal com você só as vezes.
— É quando você quer alguma coisa.
— Ai que horror.
— E por acaso não é assim? Quando você queria me usar por exemplo lembra disso? Aí agora que não quer mais nada não quer me deixar nem usar a banheira.
— Não quero não, não posso. É diferente.
— Hum isso é sério?
— É eu não posso.
— Bom é que as coisas mudaram um pouco né você... Aí deixa pra lá não vamos entrar nesse assunto.
— Eu não posso fazer esforço.
— Eu sei não estou te cobrando nada tá, foi só uma brincadeira.
— Eu também sei disso.
— Então quer dizer que você também sente minha falta?
— Sinto, claro.
— Eu também sinto sua falta sabia?
— Não, a gente evita esse assunto.
— É eu sei, e também tem o bebê agora né parece que a nossa vida está girando em torno dele.
— Mas está mesmo.
— E por falar nele. – entreguei a ela uma sacolinha que eu trazia comigo. – Eu estava no shopping ontem e quis ser o primeiro a dar um presente pra ele ou ela.
— Ah eu não acredito.
— Você gostou?
— Eu amei, é lindo.
Ela me abraçou e acabamos nos aproximando então foi inevitável, nos beijamos, e que beijo não sei se foi pelo momento ou pelo desejo que nos movía mas eu fiquei sem ar foi um beijo intenso cheio de vontades que acabou nos deixando desconcertados quando nos afastamos por falta de ar.
— Nossa eu... Eu acho que eu preciso de ar.
— É eu também.
— Porra.. a paz que eu consegui no meu banho já era. – me levantei abrindo um pouco a janela.
— Era pra isso a banheira?
— Não vou mentir, era. Eu estou subindo pelas paredes.
— Eu estou te alugando demais né!?
— Que isso Kat, é meu filho também claro que eu não ia te deixar sozinha. Não fica pensando besteira.
— Não é isso de besteira. É que você fica aqui um tempão, quase não vive.
— Como eu mesmo disse essa é a nossa realidade agora.
— É, nossa realidade com dois filhos.
— E tá tudo bem, você não está me dando trabalho nenhum.. trabalho mesmo é ganhar um beijo desse e não poder te levar pra cama.
— Vai demorar uns meses mas depois você pode tentar.
— Ah eu posso?
— Pode tentar...
— Huum Kat você sabe que eu não faço mais isso.
— Faz sim Santiago, a gente estava de entendendo bem.
— É só que antes disso eu te disse que não ia mais te procurar, não pra isso. O que estava acontecendo entre a gente rolou naturalmente.
— Tá já entendi.
— Mas não vamos falar disso, agora você precisa ficar tranquila. – voltei a me sentar do lado dela. – E eu quero te apoiar em tudo isso.
— Eu estou tranquila, super tranquila.
— E eu quero que continue assim.
— Vai ser, até começar minhas noites de insônia.
— Não vai ser tanto assim, eu me lembro que o Davi era bem tranquilo só demorava um pouco a dormir.
— É mais depois que a gente se separou, ele ficou umas três semanas numa serenata interminável a noite.
— É você me disse, mas isso passa pensa nas coisas boas. - Coloquei seus pés em meu colo começando uma massagem.
— O soninho deles? – ela deu risada – Nunca imaginei tudo isso.
— É eu também não, achei que ia ficar só com o Davi.
— A ideia era essa né, e bem depois de como aconteceu. Parando pra analisar nossos planos, a gravidez do Davi seria agora.
— Seria, mas ele quis vir antes.
— É que nós não somos muito cuidadosos.
— Eu costumava ser quando o Davi veio a gente usava camisinha.
— Ah nem sempre.
— Tá mas a gente usava.
— Dessa vez a escorregada foi maior, vamos pensar em nomes.
— Mas a gente ainda não sabe o sexo.
— Não tem problema.
— Você já tem algum nome em mente?
— Ainda não, a gente pensa junto.
— Claro, vou tentar te ajudar já que eu sou péssimo.
— Ah não, para.
— Você odiou todos os nomes que eu escolhi pro Davi.
— Não combinavam.
— Então não adianta muito a minha opinião, o que você escolher por mim está ótimo.
— Adianta sim Papai.
— Kat eu te conheço você vai escolher o que você quer.
— Ai que chato.
— Tá bom vai, como a gente tem um menino já eu fiquei pensando se dessa vez viesse uma menininha eu gosto de alguns nomes.
— Então compartilhe comigo, posso gostar.
— Ah eu pensei primeiro nos nomes das nossas mães você já parou pra pensar que juntando o nome das duas temos um Ana Clara? Mas foi só um pensamento tá como eu disse eu te conheço bem.
— É a se pensar.
— Ah fala sério Kat não brinca com a minha cara.
— Que foi?
— Você nunca me leva a sério aí me diz que vai considerar. Tá bom.
— Quem disse que não te levo a sério? Eu me casei com você, quer te levar mais a sério que isso?
— E eu estou falando do depois.
— Continuo te levando a sério, teve umas deslizadas mas te levo a sério.
— Tá bom.
— É sério, eu te levava a sério até quando você dizia que precisava sair porque estava sufocado. E antes que fique bravo, não estou jogando nada na sua cara, acredito que passamos dessa fase da insatisfação e do jogar na cara.
— Não vou ficar bravo com isso, ok você pode até me levar a sério só não levou quando eu disse que eu mudei e queria tentar de novo. E você sabe que foi assim.
— Santiago embora não pareça, eu saí machucada do nosso casamento, eu te amava demais e foi um golpe duro pra mim tudo o que aconteceu. E eu não via uma volta como a melhor opção pra nós dois, a gente teve a experiência e não foi das melhores.
— É talvez você tenha razão por isso eu desisti. E o principal motivo foi você ainda me ver como um moleque. – ela tentou falar mas eu não deixei. – Espera deixa eu terminar, não tenta negar você ainda me vê como o mesmo garoto irresponsável de anos atrás ok fazer o que por isso decidi dar uma chance para a Isadora embora agora eu veja que foi uma grande besteira mas em fim já superei isso.
— Você tem razão, mas eu também fiz vista grossa para as coisas dentro do nosso casamento, eu não queria me separar de você. Só que eu vi que era bobagem eu insistir em algo que era visto como um erro. Então eu posso sim ter fixado na minha cabeça que você ainda é um moleque, não como pai, mas como um companheiro.
— É isso ficou bem claro, só que você está errada. Mas eu me cansei de tentar te provar o contrário.
— Você não precisa.
— E não vou fazer eu me dei conta de que não adianta. Vamos mudar de assunto? Isso está ficando estranho.
— Claro, vamos.
— Eu vou fazer o almoço, quer alguma coisa especial?
— Quero, a gente pode pedir o almoço naquele restaurante italiano que eu amo.
— Podemos, o que você quer comer?
— Ravioli, Huum deu até água na boca.
— Boa pedida em, até eu fiquei com vontade. Vou pedir.
— Eu adoro.
— É eu sei. Vai demorar uns vinte minutos.
— Obaaa.
— Enquanto isso eu vou fazer um suco pra gente já que você não pode tomar vinho.
— Voltamos a tortura.
— Olha tortura pra mim é outra coisa ficar sem vinho não. – deixei ela na sala e fui fazer um suco para o nosso almoço não demorou muito o nosso pedido chegou. – Prontinho podemos almoçar.
— Aí me deu água na boca esse cheirinho.
— Então aproveita.
Almoçamos em um clima agradável conversamos, rimos e tudo ia bem ate ela enjoar, normal né. Então eu a acompanhei até o quarto para ela se deitar um pouquinho aprovei esse momento sozinho para trabalhar um pouquinho e adiantar as planilhas que eu tinha que entregar ao Gabriel mas não estava conseguindo me concentrar muito então fiz o que pude e enviei para o Gabriel pedindo para ele terminar.
— Eu preciso sair um pouco descarregar toda essa tensão.
Deixei um bilhete para a Kat avisando que ia sair pra correr mas estava com o celular o tempo todo, não fui muito longe fiquei pelo condomínio mesmo caso precisasse voltar correndo mas eu precisava realmente sair dali.
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Fique Ao meu lado
FanfictionSinopse: Um casamento fracassado, um filho e uma atração irresistível. As vezes é preciso deixar ir para ter a certeza que você queria que ele ficasse. Santiago e Kat precisam descobrir o realmente sentem se amam? Querem ficar juntos e reconstruir o...