Capítulo 18

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Capítulo betado por ch4melyon <3

Uma gota de água respinga sobre meu nariz, o que me faz olhar para o alto na intenção de ver alguma nuvem densa que mostre ameaça de se desmanchar, mas a única coisa que encontro é um céu claro e ensolarado, típico do verão

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Uma gota de água respinga sobre meu nariz, o que me faz olhar para o alto na intenção de ver alguma nuvem densa que mostre ameaça de se desmanchar, mas a única coisa que encontro é um céu claro e ensolarado, típico do verão.

— Você não acha empolgante quando novas pessoas chegam a Surville? — Cíntia pergunta ao meu lado, abrindo um sorriso extravagante ao chacoalhar os ombros em empolgação. Pondero sobre o que disse. — Tipo: nossa cidade é muito parada, todo mundo sabe da vida do outro, o que é um verdadeiro saco porque nem tem como ficar com alguém em sigilo. Aí quando chegam pessoas novas a gente tem um limite de, pelo menos, dois dias para pegar a pessoa e ninguém notar. 

— Como assim "limite"? — Franzo o cenho para ela, não entendendo sua linha de raciocínio. 

Atravessamos a faixa de pedestres e agora só alguns metros nos separam do carro que outrora nos parou para pedir informação, à frente da farmácia. 

— Porque em dois dias é o tempo da cidade toda saber que tem um novato na área. — Dá os ombros, arqueando suas sobrancelhas bem feitas enquanto fita o movimento ao nosso redor. 

Sorrio com o que ela diz, porque faz sentido. 

Um rapaz pardo, de cabelos castanhos, desce do carro e caminha a passos rápidos para um mercado que fica logo à frente, deixando a menina no automóvel sozinha. Passamos devagar ao lado da janela só para matar a curiosidade que, não vou negar, eu estava sentindo, mas a garota de tranças tinha sua cabeça baixa, enfurnada em um travesseiro recostado na porta contrária a que havia perto de mim. Não sei se ela dormia ou tentava controlar seu mal estar. 

Ela é bem lindinha … — sussurro para Cíntia, que sorri e acena com a cabeça, concordando. 

Continuamos nosso trajeto até a porta da farmácia, que anuncia nossa chegada devido ao sino pendurado no alto do batente. Quando adentramos o estabelecimento, já de cara me arrependo de ter vindo, ao passo que vejo uma fila enorme no caixa. 

— Você vai me pagar um sorvete por me fazer pegar essa fila. — Respiro fundo e caminho em direção às prateleiras com Cíntia em meu encalço, parecendo procurar o loiro que falou comigo anteriormente. 

— Pago até dois se conseguirmos falar com o loirinho novato — ela diz nada discreta, erguendo o pescoço para ver além das outras prateleiras. 

— Cria vergonha, Cíntia Villares! Você está apaixonada pelo Ethan, lembra? — repreendo-a e cutuco sua cintura com leve pressão. 

— Ai, sua égua! Eu estou descomprometida… — Ela empurra minha mão para longe. Dou as costas para ela e varro as estantes com os olhos, procurando os testes de gravidez. — E, além disso, ele já me deu um fora. Não vou me privar. 

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