Disposto a largar tudo para trás e viver em um novo lugar, Dylan Campbell embarca na jornada de se mudar para Surville, uma pequena cidade litorânea recheada de novidades.
Não sabendo muito bem o que fazer de seu passado, Dylan ocupa sua mente com...
O capítulo de hoje é um dos meus favoritos, e acho que vai ser um dos de vocês também aaaah espero que possam gostar, e não deixem de votar e comentar para ajudar essa carente escritora aqui <33
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Meus olhos se arregalam quando a serpente de fios loiros e de batom vermelho se aproxima ainda mais do meu rapaz de cabelos cinzas. Algo em meu estômago se revira, e meu peito se aperta.
O álcool provoca meu subconsciente.
A cena se desenrola tão estranhamente contraditória à minha frente que não sei interpretar de primeira o que significa tudo isso, porque a bebida circula em demasia pelo meu organismo e se certifica de tardar meu raciocínio. Primeiro noto quando Sarah circula seus braços pelo pescoço do Dylan e se impulsiona nas pontas dos pés para alcançá-lo, mas ele estica o pescoço para trás e coloca as mãos na sua cintura para… Porra, ele colocou as mãos nela?!
Pisco os olhos.
Dylan aperta a carne acima dos quadris dela e empurra a loira para trás, que cambaleia desconcertada e olha em minha direção ao ajeitar os cabelos ondulados, mas estou em completo torpor. Não consigo reagir à cara de deboche que ela projeta ao me fitar.
Espera… ela sabia que eu estaria aqui?
Balanço a cabeça. Meu cérebro parece rodar dentro do meu crânio.
Nossa, estou muito bêbada.
— Thea? — Escuto alguém me chamar, mas tampo os olhos com as mãos para evitar uma vertigem. — Ei? — Volta a falar, e sinto-o se aproximar rapidamente.
Hiperventilo. O cheiro amadeirado dele, junto de sua presença marcante, me alcança. Então ele me envolve em seus braços quando tonteio para trás, por pouco não caio.
— Thea? Você 'tá bem? — Dylan afasta minhas mãos do rosto e retira as mechas de cabelo da frente dos meus olhos.
Minha vista está meio embaçada quando procuro seu rosto, mas ainda vejo seu semblante preocupado enquanto me escoro nele, como apoio para meu corpo. Respiro fundo. Quero dizer que estou muito mal, muito mesmo, mas se eu abrir a boca para falar…
— É claro que ela 'tá bem. Não 'tá vendo? Isso é só fingimento pra chamar a sua atenç… — Algo na voz irritante da loira oxigenada, que está ao nosso lado, de braços cruzados e semblante aborrecido, me leva direto para o estopim.
Arregalo os olhos e empurro Dylan para trás, me desvencilhando abruptamente dos seus braços. Sinto quando o desconforto na boca do meu estômago se intensifica e preciso virar para o lado para despejar tudo o que consumi esta noite…
