Avisei Inês que devíamos levar algumas mantas ou cobertores se quiséssemos fazer piqueniques ou apenas ficar sentados a apreciar a natureza.
Ainda coloquei dentro da minha mochila, um protetor solar, óculos de sol, o celular e um chapéu, pois eu era muito branquinha e a minha pele demasiado sensível ao sol.
Após nos arranjarmos ainda era cedo passava pouco das 11 da manhã, tinha mos almoçado cedo demais mesmo com a diferença horária entre os Açores e Brasil. Fiz um plano mentalmente para o que iríamos fazer, onde ir, a minha teoria era dividir nos 3 dias que eles ficariam comigo, sim infelizmente seria apenas 3 dias, o máximo de locais turísticos.
Naquele dia iríamos ao Monte Brasil, ao Relvão passar um pouco do tempo, quando fosse depois das 4 da tarde íamos aproveitar para dar um mergulho onde eu sabia ser mais reservado e discreto e por fim á tardinha iríamos passear pela cidade onde ele podia fazer parkour.
Saímos de casa, o ursinho tinha alugado um carro quer dizer eles tinham alugado um. Ele foi a conduzir, a irmã do lado e eu no assento de trás.— Que acha de comprarmos algo para petiscarmos amiga, você sabe onde fica os supermercados né? — perguntou Inês.
— Sei sim, — respondi. Passei-lhe as indicações, quer dizer fui apontando até chegarmos a um supermercado, estacionamos e fomos comprar alguns “snacks”, claro que Inês e eu escolhemos apenas guloseimas e salgadinhos: gomas, bolachas, aperitivos de queijo, Doritos e refrigerantes com muito açúcar e gás.
Claro que como éramos muito gulosas fomos petiscando pelo caminho. Seguimos caminho e fomos até ao Relvão, basicamente podemos dizer que é um parque com baloiços e onde pessoas passeavam com cães e crianças.
Estacionamos o carro no parque de estacionamento ali mesmo ao lado e saímos do carro, por incrível que pareça me estava fazendo bem o passeio, lembrava-me que o ursinho amava skates, adrenalina e escalada.
Eu também amava eu era uma eterna criança interiormente, adorava ficar a andar de baloiço sentindo as minhas pernas baloiçar ao vento, andar de escorrega, realmente sentir-me uma criança.Começamos nos encaminhando para aquele parque e eu via uma alegria no rosto do ursinho, eu amava aquele garoto como amigo incrível que ele era. Senti-me como uma criança e quis ir a correr basicamente para os baloiços, mas como qualquer criança eu caí e raspei o meu joelho no chão sentindo ele arder, não só ele, mas também as minhas mãos, pois eu as tinha colocado no chão amparando a queda e protegendo-me. Logo vi o ursinho e a sua irmã correr até mim preocupados.
— Amiga você está bem? — perguntou Inês ao se aproximar de mim e ver que o meu joelho estava sangrando.
— Hey, tá tudo bem é só uma ferida de nada — eu disse tentando assegurar e acalma-la.
— É, mas está sangrando — dizia ela com um olhar arregalado. Logo o irmão dela foi á sua mochila e tirou de lá de dentro uma caixinha de primeiros socorros, ele parecia estar preparado para tudo. Ele retirou de dentro da caixinha um frasquinho com álcool provavelmente e gaze, o despejou no gaze e começou desinfetando a minha ferida, claro que ela ardeu, até dizer chega, mas como é claro eu não dei a parte fraca.
A realidade é que mesmo dorida eu queria andar de baloiço. Levantei-me após ele ter desinfetado a ferida e dessa vez fui a caminhar mais devagar.
Comecei por sentar-me num baloiço, balançando as pernas e vi o ursinho se dirigir a uma aranha(um emaranhado de cordas que se sobe), como ela era grande eu não me atrevia a subir até lá acima, basicamente tinha medo de alturas, apenas fiquei lá o admirando subir.
Inês não era muito de baloiços por isso ficou apenas sentada num banco. Em poucos minutos ele já tinha subido a aranha e já estava escorregando pelo escorrega quando eu reparei.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O meu melhor amigo chamado ursinho
Romance+ 18 Um clichê , com hot pelo meio ... Uma garota apaixonada pelo namorado , que não percebeu que ele estava mudando e se tornando mais frio , no dia do aniversário de 2 anos de namoro em vez de ele a surpreender ao dar o passo seguinte na relação...