✤ Capítulo 26 ✤

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Depois daquele dia, no início eu tinha muitos receios, não de ele ser igual ao Paul porque não era, ele nem se comparava a ele 1%, mas porque eu própria ainda me sentia muito insegura, achava que não era suficiente e tinha medo de ele merecer mais.

Talvez por isso no início eu tenha perguntado e insistido insistentemente, para ele não mudar a sua vida e nesse caso perguntado se ele ficaria comigo ali para sempre, ao qual ele sempre respondia com um sim. Aos poucos e com paciência, coisa que eu não tinha e apesar disso ele não deixava de me provar e demonstrar o quanto gostava de mim, às vezes com surpresas, pequenos gestos, palavras, coisinhas tão básicas como me chamar de amor ou fazer carinho no meu rosto quando eu não estava à espera. Me incluir nas suas aventuras criativas de culinária, em que muitas vezes acabávamos sujos de farinha porque aquele menino grandão, não segurava as suas mãos, não nesse sentido.

Mas já que mencionei isso, vamos falar sobre, claro que depois daquele dia no hotel, não houve outra forma a não ser ele vir morar comigo, nós não nos íamos afastar, nenhum de nós ia aguentar estar muito tempo longe um do outro. Ele arranjou trabalho num stand de automóveis, não era a"onda" dele, mas era um trabalho, Inês arranjou numa loja de roupa algo que ela sempre amou.

Claro que antes de ele ter arranjado emprego, durante um tempo eu e ele éramos basicamente o mesmo que Edward dizia do Emmett e da Rose, vamos dizer demasiado fogosos e algumas vezes até incomodava mos a pobre da sua irmã, que muitas vezes saia e dormia fora. Sim, Inês não vivia connosco, vivia com o meu primo, já que eles estavam noivos, um casamento relâmpago que seria privadissimo, vejam só em Las Vegas, e era algo que nem sabíamos se seríamos convidados. Mas às vezes ela ia lá a casa nos visitar quando o meu primo trabalhava e até às vezes ia em reuniões de trabalho e como é óbvio às vezes devido ao barulho ela não aguentava ficar lá, preferia voltar para casa a nos ouvir.

Nós éramos fogosos, mas carinhosos também sempre surpreendendo um ao outro. Eu não sabia como tinha conseguido viver a minha vida toda sem ele. Era como se cada mês ou até dia que passássemos juntos valesse a pena festejar só por estarmos juntos e felizes. Me sentia tão especial, ele sempre me fazia e ainda faz hoje em dia eu me sentir especial nas suas mãos. Estávamos fazendo 6 meses de namoro, era difícil saber se ele faria algo para me surpreender já que ele me surpreendia como eu disse quase todos os dias.

Estava no trabalho servindo às mesas pensando nisso, quando deu 17 horas, sai, me encaminhei até ao meu carro e conduzi até chegar em casa. Não sabia se ele já tinha chegado a casa, ele não tinha uma hora certa, o trabalho não tinha. Mesmo depois de ele ter arranjado um emprego ele nunca deixou de ser atencioso, carinhoso ou de ter tempo para mim. Nós sempre tivemos tempo um para o outro, mesmo que não estivéssemos transando 24 horas por dia.
Nós ficamos abraçadinhos vendo um filme até adormecer muitas vezes. Cheguei em casa, pus a chave na porta abrindo e vendo que ela parecia às escuras mesmo estando de dia. Não completamente às escuras, ao andar comecei vendo vários potinhos com luz, o que deveria ser velas, um cheiro tão perfumado de baunilha no ar e logo senti ele me agarrar por trás de surpresa.

Já estava habituada com isso que não sentia medo porque já conhecia perfeitamente as suas mãos e era capaz de as reconhecer. Ele me surpreendeu dessa vez colocando uma venda nos meus olhos e me carregando no colo, depois de poucos minutos ele retirou a venda do meus olhos, percebi que já estava no meu quarto, um quarto que estava decorado com tudo o que podem imaginar de romântico, estão vendo aquelas fotos de Instagram com balões com Hélio em forma de coração no teto, velas, bombons fazendo um contorno em forma de coração em cima da cama e até o que parecia ser uma cascata com fondue de chocolate, o que tinha de lado morangos e até gomas.

Ele sempre me surpreendia e não deixa de surpreender ainda e eu ficava sem saber o que dizer ou até como o surpreender também. Não tinha nada preparado naquele momento e até me recriminei por isso. Me agarrei ao seu pescoço o beijando, a verdade é que eu o amava e não tinha como o negar. Ele se sentou na cama e eu me sentei no seu colo, o beijando profundo e demoradamente, aquele ambiente romântico, fez eu ter umas ideias com ele e não eram de todo românticas.

Comecei desabotoando a sua camisola, mas logo ele me parou sussurrando no meu ouvido :

- Hey, calminha minha vampirinha, ainda tenho mais uma surpresa para você, será que poderia ir até à cozinha enquanto eu preparo tudo?

Acenei com a cabeça concordando e então sai, não sem antes ele me agarrar e beijar o meu pescoço, colocando de novo a venda nos meus olhos e depois senti ele me guiar.

Tempo depois tirei a venda, vendo que ele já não estava mais lá, eu estava na cozinha, sem saber a razão procurei por algo que não sabia o que era e vi algo em cima da bancada da cozinha, um bilhete, o qual dizia : "Meu bem, quero que use o que tem dentro dessa caixa ".

Ao ler aquilo esbocei um leve sorriso, sempre era como se fosse a primeira vez que ele me chamava de meu bem. Procurei a tal caixinha e a encontrei no chão, era uma caixa preta, retirei o laço que a compunha e a abri, me surpreendendo ainda mais com o que vi lá dentro, peguei o objeto, neste caso uma lingerie rendada vermelha, quando a peguei um outro bilhete caiu, me abaixei o peguei, o abrindo e logo de seguida o lendo : "Não tenho assim tão bom gosto, meu bem, sua cunhada me ajudou a escolher ela para você, quero que a use hoje junto com o que encontrará aí dentro. Espero ter surpreendido você. "

Sim, de verdade ele me tinha surpreendido. Fiquei embasbacada sem saber o que dizer. Mas então vi que no bilhete falava em algo mais, então vi e vasculhei aquela caixa encontrando um conjunto de algemas rosa felpudas e não acreditava nisso. Levei a mão à boca em sinal de espanto, mas logo me lembrei que ele devia estar à minha espera.
Comecei me despindo, despindo a minha farda de trabalho, era umas calças de ganga pretas e uma camisa de mangas curtas com o logo da cafetaria, retirei também o meu sutiã e calcinha pretos rendados e me enfiei naquela lingerie vermelha.

Ela assentava completamente bem no meu corpo, parecia ter sido feita para mim. Peguei o meu celular e cliquei na câmara me vendo e realmente eu estava um arraso. Sim podem me chamar de louca até se quiserem, mas eu tirei uma foto e enviei para Inês, logo a eliminando para não a enviar a mais ninguém por engano, na legenda da foto escrevi : "Obrigada sua louca adorei a sua escolha, seu irmão vai adorar ", logo vi que Inês estava online e recebi uma mensagem sua :

"Eu sabia que ia adorar, pensei que não teria nada para o surpreender, agora é a sua vez, use essas algemas e o faça sofrer muito 😏😏".

O meu melhor amigo chamado ursinho Onde histórias criam vida. Descubra agora