✤ Capítulo 12 ✤

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Sim gente nós éramos muito gulosas, íamos realmente engordar muito naquele dia.
Após sairmos do supermercado, a minha ideia era irmos pelo mato ver as lagoas. Seguimos até lá, ao percorrermos o caminho para lá, passamos pela casa dos meus pais, eu tinha saudades deles e a minha ideia era no dia seguinte lhes fazer uma visita.

Ainda percorremos um longo caminho até chegar lá, mas chegamos, ao chegar lá, era como eu me lembrava, uma lagoa, ar puro e livre.

Estacionamos o carro e nos dirigimos para a entrada, percorremos um atalho por entre alguns arbustos e picámos as pernas pois estávamos de calções, mas nada de muito grave, ao percorrer aquele espaço ainda tivemos de dar um ligeiro salto pois no final era ligeiramente mais alto, demos um pequeno pulinho e atravessamos até ao outro lado.

Como era verão tinha algumas zonas de erva que estavam secas e onde podíamos colocar as mantas. Colocamos umas mantas e ficamos observando aquela grande extensão de água, lagoa. Eu adorava pescar, naquele caso eu não tinha um caniço( uma cana de pesca ) comigo, mas eu tinha uma ideia. Primeiro nós abrimos o pão de forma, a manteiga, o queijo e o fiambre, por sorte eu tinha comigo a minha navalha e consegui untar o pão com a manteiga e colocar os condimentos nele.

Como tínhamos comprado copos, nós estivemos comendo e bebendo gasosa/ refrigerantes. Após comermos aí entra a ideia que eu tinha tido antes, peguei em um pouquinho de pão e coloquei na água vendo os peixes emergirem para o comer, peguei numa garrafa de água e a despejei, e a coloquei na água na direção dos peixes, num momento a retirei vendo se tinha apanhado alguma coisa para minha surpresa não só tinha apanhado peixes como um lagostim de água doce, é semelhante aquelas lagostas vermelhas caras só que de água doce não salgada.

Mas logo me dei conta que a minha ideia tinha saído furada pois era verão e estava calor os peixes morreriam se eu os deixasse o tempo todo no carro ao calor. Logo pensei que a podia deixar perto das árvores ao ar fresco e não ao sol e quando terminasse o nosso passeio voltaríamos para buscá-la. Após isso fiquei sentada com eles aproveitando o bom tempo até que avistei um coelho e me lembrei do meu pai que às vezes quando íamos pescar ele tentava sempre apanhar algum, às vezes ele tinha sorte outras não.

— Amiga que você está vendo? — perguntou ela para mim curiosa.

— Está vendo as orelhas?— eu perguntei baixinho apontando.

— Irmão ele é tão fofo, pode apanhá-lo por favor — dizia ela fazendo beicinho. Ela parecia uma criança toda feliz.

— Eu não sei se vou conseguir — disse ele para ela.

— Por favor — quase implorava ela. E eu ria com toda aquela situação.

— Ok ok eu vou tentar, mas não prometo nada.— disse o irmão para ela.

Ficámos eu e Inês o observando enquanto ele ia muito sorrateiro entre os arbustos tentando se aproximar do coelho, até que num momento mais rápido ele conseguiu apanhar o coelho por uma pata e o trazer, Inês quase saltitava de alegria ao ver o coelho na mão dele. Parecia que ele já tinha feito aquilo mais vezes.

— Amiga, e agora eu não quero que ele morra que vamos fazer com ele? — perguntou ela para mim.

— Amiga, nós não vamos muito longe, vamos dar uma volta aqui perto estacionamos o carro debaixo das árvores ao fresco e deixamos uma greta da janela aberta para o ar entrar e ele não sufocar — eu disse para ela a assegurando.

— Oba sim, isso mesmo— ela dizia não me dando muita atenção só se preocupando com o coelho.
Saímos de lá ela agarrando o coelho e ele tentando fugir do colo dela. Entrámos no carro e como é óbvio ela foi acarinhando o coelho o tempo todo.

O meu melhor amigo chamado ursinho Onde histórias criam vida. Descubra agora