"Então quer dizer que eu 'tava certa esse tempo todo
Me enrolava nas conversas se fazia de boboMas era ela esse tempo todo
E eu que sempre fui esperta me iludi de novo
Achei que ia ser diferente e agora já 'tá tudo igual
Primeiro esconde e depois mente
E eu descubro tudo no finalAi, aí, eu sou tipo FBI, só que trouxa
Fui trocada pela outra
E eu sabia que tinha outra
( FBI de Giulia Be)"Levantei dois dedos, e ia pedir para trazerem mais shots quando Inês me impediu e disse:
—Calma vamos dançar, você já volta para beber mais. — Adorei a ideia, estava a sentir a batida, queria dançar no meio das pessoas, abri um pequeno espaço entre as pessoas e fui para o meio da pista onde não tinha muita gente.Comecei a me abanar, pular, fazer movimentos que até aquele dia eu desconhecia, vendo outros fazerem o mesmo, eu estava descontraída devido ao álcool no meu organismo.
Num momento olhei o meu pulso e ele estava a brilhar, como se algo florescente estivesse lá, era uma imagem de uma ilha com uma palmeira, devia ter sido isso que a máquininha do segurança tinha feito no meu pulso, fiquei a olhando tocando ela, olhando em volta vendo mais pulsos brilhando, algumas daquelas luzes deviam ser especiais tipo UV e por isso a imagem se via lá dentro.De repente já não estava uma música tão animada, parecia antes uma balada, com casais se formando dançando abracadinhos, queria sair dali, me dirigir ao bar e beber até não saber mais o meu nome, aí naquele instante Inês a minha salvadora apareceu com copos de alguma bebida na mão, logo peguei um e bebi um pouco sentindo queimar, mais do que tequila era ótimo.
Ficamos ali na ponta enquanto casais dançavam, nós nos balançávamos tentando naquele caso tirar a imagem de pessoas felizes abraçadas da minha cabeça. Quando de repente me virei foi pior que mil casais abraçados, eu vi Paul com uma garota ela estava de costas por isso não entendi logo quem era, mas ela parecia-me familiar, mal eles inverteram as posições eu pude ver claramente que era Natacha a minha melhor amiga e ela beijou-o, ela não estava a perceber que era eu que estava ali, nem se tinha dado conta da minha presença, enquanto jogava os braços por cima do pescoço dele.
Eu estava fervendo, passada, não aguentava a raiva dentro de mim. Mal acabou a música e passou para uma mais alegre, eu fiquei parada esperando uma reação, logo ela percebeu que eu estava lá e começou caminhando até mim.
— Amiga deixa-me explicar... — começou ela tentando falar.
— Vagabunda — eu gritei-lhe, eu não era assim, mas o álcool me tinha dado coragem, logo eu peguei no copo que tinha na minha mão e atirei o conteúdo do mesmo em cima dela, que nem se mexeu, outro copo que Inês me tinha entregado. Ela também tinha um copo na mão e podia ter revisado, mas não o fez.
Paul estava com um ar de irritado, talvez irritado não fosse a palavra correta, ele virou se para ela e disse:
— Dá-me o copo. — Ela olhou estranha e não lhe entregou, então ele quase parecendo enfurecido disse:— Pelo menos uma vez na vida faz o que eu digo. — Aquilo assustou-me, eu vi Natacha lhe entregar o copo e logo vi e senti o líquido sendo despejado pela minha cabeça.
— Agora não diz nada é? Ela é muito melhor que você e não é nenhuma vagabunda ao contrário de você — disse Paul irritado olhando-me. Não tinha tempo nem " pachorra"(paciência) para retorquir, então, apenas lhes dei as costas saindo dali, se eu tivesse o meu cabelo solto ele estaria esvoaçando naquele exato momento.
Logo voltamos para o bar e fomos pedindo vários shots, no total 21 shots todos diferentes.
Após ter bebido tantos shots a minha garganta já estava acostumada e eu não queria parar de beber.
— Acho que já chega amiga, vamos — disse Inês olhando para mim quando terminei o último shot.
— Eu quero dançar — disse para ela rindo eu estava com energia, mas não apenas isso, eu queria transar, sim, transar, era isso que eu queria, naquele momento o DJ estava a passar a música " Parada louca", eu comecei a dançar, a descer até ao chão e quando voltei a cima, reparei no ursinho bem ali, eu logo coloquei os meus braços à volta do seu pescoço e comecei a cantar : —Vai bebé/Me pede pra fazer/ Aquelas paradas loucas que eu faço com você / Não tem dia, não tem hora e nem lugar / É na cama no chão é no sofá.
Eu logo parei de cantar e fui para o seu ouvido dizer baixinho: — Transa comigo.
A seguir coloquei a minha língua dentro da sua orelha.
— Carol, eu não posso, você está embriagada e para mais você está-me a pedir isso como vingança ao seu ex. — disse ele.
— Por favor — eu disse a fazer beicinho quase implorando, se eu não estivesse sob o efeito do álcool jamais teria feito ou dito aquilo.
— Não, vamos para casa — disse ele parecendo autoritário, mas isso só me fazia ter vontade de rir.
— Vou dançar, você não manda em mim, sou grandinha já - eu disse e quando ia-me virar para ir para a multidão ele agarrou-me.
— Se eu for você transa comigo? — perguntei para ele, a minha voz saiu quase a voz de uma criança. Ele acenou com a cabeça como que confirmando que sim, na minha ingenuidade, pelo álcool e devido a isso tudo junto acreditei que ele iria mesmo transar comigo. Vi Inês olhar para ele com um ar de quem não estava acreditando e ela balançava a cabeça como em desaprovação.Logo estávamos na rua na frente da discoteca, esperando ele trazer o carro, eu mal aguentava-me em pé já. Ele chegou com o carro tempo depois e eu e Inês entramos e sentámo-nos, quer dizer eu estava mais deitada do que sentada, levantei num momento a minha cabeça que antes estava pendurada e a colei no vidro vendo as luzes da cidade passarem, o que não me fez bem.
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O meu melhor amigo chamado ursinho
Romance+ 18 Um clichê , com hot pelo meio ... Uma garota apaixonada pelo namorado , que não percebeu que ele estava mudando e se tornando mais frio , no dia do aniversário de 2 anos de namoro em vez de ele a surpreender ao dar o passo seguinte na relação...