Acordei e olhei para o lado vendo que ele já não estava lá, supus que estivesse preparando o pequeno-almoço, mas não, de repente vi ele sair da casa de banho se espreguiçando.
— Bom dia, já acordou? — perguntou ele com aquele ar tão alegre.
— Bom dia, já sim, acabei de acordar, como você dormiu?— perguntei bocejando e o olhando.
— Otimamente, desculpe eu ter adormecido a meio da leitura, meu bem — disse ele se aproximando de mim, como naquela cena em que o Christian Grey se aproxima da Anastácia na cama, e logo ele depositou um beijo na minha testa, o que tanto me desconcertou como fez o meu coração bater mais forte.
— Não tem mal, isso significa que a leitura foi boa, que até fez você dormir — eu disse envergonhada. Ele só me mostrou o seu sorriso lindo e disse:
— Vou preparar o almoço ou algo para comermos.—
Fiquei o observando ir embora e pensei na noite anterior no quão ele parecia a coisa mais linda do mundo, ele era o meu melhor amigo e era uma brisa que por instantes me fazia esquecer o que Paul me tinha feito, ele me tinha magoado. Logo que ele saiu eu fui para a casa de banho fazer as minhas higienes pessoais e depois voltei ao meu quarto procurando algo para vestir. De novo me surpreendi com Inês no meu quarto de novo mexendo em roupas ela amava fazer isso.
Logo eu tinha separado por Inês um conjunto macacão- short, azul escuro com flores silvestres estampadas nele. Peguei a minha roupa interior numa gaveta da mesinha de cabeceira e a vesti, depois disso me enfiei no macacão e desci encontrando de novo um cheiro magnífico de comida que já dava água na boca. O cheiro era cheiro característico de tostas mistas, pão com queijo, manteiga e fiambre aquecido, mas não era daquelas tostas de máquina, ele próprio estava tostando o pão numa frigideira, me aproximei e fiquei o observando, sentindo a minha barriga roncar, já com fome, logo vi ele colocar um prato com uma tosta na minha frente e um copo de sumo de laranja. Comi e depois me virei para Inês lhe dizendo:
— Estou pensando em visitar os meus pais hoje, que vocês acham...
— Oba adoro a ideia! — disse Inês toda animada, Inês estava com uns calções de ganga e uma camisola laranja, já o ursinho vestia como sempre aquelas camisolas estampadas, daquela vez aos retângulos coloridos. Claro que o seu sorriso nunca desaparecia. Depois de comermos nos dirigimos para o carro e seguimos até à casa dos meus pais, ao chegar lá ele estacionou o carro na entrada da minha casa. Logo reparei ao longe na minha avó na janela, ela sempre viveu ao lado da casa dos meus pais. Ao me aproximar bati à porta e logo fui recebida pela minha mãe e o seu enorme sorriso, logo ela me abraçou como se não me visse há anos e realmente já fazia algum tempo desde que eu a tinha visto pela última vez. Ela me convidou a entrar e à Inês e ao ursinho também.
— Então estes são os teus amigos brasileiros? — perguntou a minha mãe para mim.
— Mãe, não me envergonha... — eu disse um pouco tímida.
— Hey, não se preocupa não é como se eu fosse mostrar fotos suas de bebê a eles — disse ela rindo.
— Mãe... — eu disse, eu sabia que ela podia muito bem fazer isso, pois ela tinha feito isso no passado.
— Pronto. E o Paul, não o vejo contigo, aconteceu alguma coisa?- perguntou ela séria para mim. Naquele momento eu só a abracei e comecei a chorar.
— Tá tudo bem minha pequena vai passar — disse ela logo de seguida, fazendo carinho no meu cabelo. Ficamos à conversa por um tempo falando como as coisas estavam e ela me disse que Paul não merecia uma pessoa como eu que eu era muito melhor que isso. Por um momento acreditei nela e me senti melhor ao desabafar com ela.
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O meu melhor amigo chamado ursinho
Romance+ 18 Um clichê , com hot pelo meio ... Uma garota apaixonada pelo namorado , que não percebeu que ele estava mudando e se tornando mais frio , no dia do aniversário de 2 anos de namoro em vez de ele a surpreender ao dar o passo seguinte na relação...