O meu melhor amigo chamado ursinho

✤ Capítulo 30 ✤

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6 meses e 13 dias de namoro

Estava há semanas me achando estranha, o perfume que eu tanto amava no ursinho, não me deixava estar perto dele muito tempo sem querer vomitar, de início achei ser possível poder ser uma gripe ou até uma gastroenterite, mas como não era apenas isso...

Eu sentia-me inchada, os meus seios pareciam mais pesados que o normal e como eu e ele não nos tínhamos realmente protegido podia haver outra explicação...

Decidi ligar para Inês e falar com ela :
— Amiga, será que você pode me ajudar numa coisa? — eu perguntei mal ela atendeu o celular.

— Claro amiga, que se passa? — perguntou ela um pouco preocupada.

— Não se preocupa não é nada de mais, podia vir até cá a casa por favor — eu pedi a ela sem dar muitas explicações.

— Claro, já estou aí — disse ela. Logo quando a chamada foi desligada, coloquei o celular em cima da cama e fiquei pensando se realmente o que eu estava pensando era algo bom. Eu não sabia se ele queria ser pai naquele momento ou se ia realmente gostar da ideia.

Uns minutos depois alguém tocou à campainha, sai da cama onde antes estava sentada e fui abrir. Inês ao entrar logo ficou olhando-me de cima a baixo vendo se havia algo de errado comigo ou em mim.

— Amiga, não se preocupa não estou machucada apenas... — eu comecei dizendo abaixando o olhar.

— Apenas o quê, me fala, estou preocupada — disse ela parecendo realmente preocupada.

— Estou atrasada e ando me sentindo estranha — expliquei para ela. Realmente era verdade eu estava atrasada.

— Amiga e você ainda diz que não era nada demais — disse ela mais animada do que eu.

— Você acha que ele vai ficar bravo comigo se for verdade? — perguntei achando que ela ia falar que sim ou algo semelhante.

— Ah pára por amor de Deus, ele te ama, vai amar ter um bebê com você — disse ela colocando as mãos nos meus ombros e parecendo que ia surtar de alegria a qualquer momento.

— Primeiro vamos ver se estou mesmo, depois nós vemos — eu disse para ela soando séria.

— Claro, então vamos imediatamente à farmácia — disse ela me puxando por um braço, só tive tempo de pegar a minha bolsa e o celular. Tive sorte de não estar de pijama, eu estava minimamente vestida para não passar vergonha. Ela não me deixou conduzir, ela própria conduziu até à farmácia, parou o carro mesmo em frente à frente dela, mesmo eu a avisando mil vezes que ele podia ser rebocado, ela nem se importou.

Lá dentro tinham 3 pessoas, ela teve que tirar um papelzinho numa máquina e esperar a sua vez.  A ansiedade parecia mais presente do que em mim, e batia o pé de nervosismo. Se parecia comigo que sempre era impaciente, eu no caso parecia estar em negação, ainda não tinha conseguido raciocinar direito. 

Finalmente quando chegou á nossa vez, ela disse para o empregado :
— 3 dos seus melhores testes de gravidez daqueles que dizem as semanas por favor.

Ela disse aquilo numa voz doce que quem a visse minutos antes não diria que era a mesma pessoa. Após o moço lhe dar os testes e ela pagar, lhe perguntou se tinham banheiro e ele respondeu nos indicando onde era. Entrei lá dentro, as minhas mãos tremiam levei alguns minutos até conseguir fechar a porta e realmente fazer xixi. Não queria ter esperança e depois ser apenas um falso positivo. Passado uns minutos lá fiz xixi em cima de três testes e não conseguia olhar o resultado, sai e dei os testes a Inês imediatamente, esperando ela me dizer o resultado, 2 minutos depois lá estava ela com uma cara de felicidade me abraçando e eu não sabia como reagir, ainda estava com a dúvida na minha cabeça, mesmo tendo os testes na minha mão.