Cheryl Blossom
Segui meu dia tranquilamente e esperei alguma novidade de Betty, mas não veio nada. No fim do dia, teria uma reunião com os representantes do grêmio, então precisei ficar até mais tarde na escola. Por azar, acabei encontrando com a Minerva na saída. Não estou tentando evitá-la, mas também não queria encontrá-la tão cedo.
- Cher!- ela grita assim que me vê de longe, fazendo-me parar no lugar- Quanto tempo, não é?
- Faz bastante tempo que não conversamos...- falo um pouco constrangida.
- Aconteceu alguma coisa?- seu tom é preocupado, assim como a sua expressão.
- Não, está tudo bem comigo. E com você?
- Sabe que não é sobre isso que estou falando.- Minerva olha ao redor e não vê ninguém, então me puxa para dentro do armário do zelador. O lugar é escuro e pequeno, o que nos deixa extremamente próximas- O que aconteceu com a gente?
- Desculpa, Min. Eu não estou muito afim de trocar beijos no momento.- obviamente, eu minto. Estou querendo trocar muitos beijos, mas com outra pessoa.
- O que temos não são apenas beijos, Cher.- ela toca no meu ombro, afagando-o- Temos uma ligação verdadeira, algo... algo diferente. Não sei como explicar isso, mas é uma coisa muito boa.
Não sei o que falar. Minerva Marble, a garota que jurei ser a minha peguete eterna, acabou de se declarar para mim. Não foi uma declaração perfeita, como a de um filme de romance, mas foi algo que nunca recebi de alguém. Declarações me assustam, ainda mais quando vêm de pessoas que tenho uma ligação maior que amizade.
- Eu também gosto do que temos, Min.- seguro a sua mão- Não quero acabar com o que temos agora, mas preciso passar um tempo sozinha.
- Tudo bem, consigo entender isso.- Minerva respira fundo e solta meu ombro- Então... nos vemos por aí.
- Nos vemos por aí.
Saio do armário do zelador e vou direto para o auditório para a reunião do grêmio estudantil. Após a reunião, olho o meu celular e vejo que já são quase 20:00. Estou morrendo de fome, então paro em uma lanchonete e compro alguns sanduíches. Como não estou com vontade de ir para casa, paro no estacionamento da própria lanchonete e começo a comer.
Quando estou terminando o segundo sanduíche, meu celular toca e o som estridente da notificação toma conta da cabine. Olho a tela e vejo que é uma ligação de Betty, a ligação pela qual esperei o dia inteiro em receber.
- Os Serpentes já estão em Sunnyvale.
- Como assim?- largo o sanduíche de lado e ligo o carro- Não tive tempo para arrumar o galpão.
- Eles não vão se importar com isso, Cher.- Betty fala com tranquilidade- A Toni e o Foca estão no posto de gasolina da saída para Riverdale, consegue pegá-los lá?
- Consigo, estou saindo agora mesmo.
Encerro a ligação e mando uma mensagem para Toni, avisando que chego em cerca de dez minutos. O posto de gasolina que eles estão é o mais afastado da cidade, mas ainda é considerado propriedade de Sunnyvale. O lugar é no meio do nada e costuma ser um ponto principal para comercialização de drogas.
Os avisto de longe com mochilas pretas largadas no chão, ambos sentados no acostamento da pista principal. As jaquetas de couro permanecem vestidas, parecem não ter medo algum em serem reconhecidos. Eu também não teria medo se andasse com uma faca no bolso a todo momento. Paro o carro bem ao lado dos dois e desço para ajudá-los com as bagagens.
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The end of Riverdale
FanfictionRiverdale está caindo as pedaços, ninguém deseja comprar uma cidade sem fundos e praticamente abandonada. Os únicos restantes na cidade são Os Serpentes do Sul, uma gangue que habita por lá e tentam manter a cidade viva. Os mais ricos moram em Sunny...