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Cheryl Blossom

- Cheryl, este é o Crew. Crew, esta é a Cheryl.- Toni me apresenta um garotinho que está sentado ao seu lado na mesa, devorando um pote de amoras.

- Oi... Crew.- falo um pouco confusa.

- Oi, Cherry.- ele erra o meu nome, mas diz com convicção- Seu nome é engraçado, me lembra uma fruta.

- Não, Crew. O nome dela é Che...

- É Cherry, ele está certo.- Toni tenta corrigi-lo, mas a interrompo. Achei fofa a forma como o garoto me chamou- É um prazer te conhecer, Crew.- sento-me na mesa- Quantos anos você tem?

- Tenho cinco anos.- ele diz com a boca cheia e rosada por conta das amores- E você?

- Dezessete.

- Dezessete?- confirmo com a cabeça enquanto encho a minha xícara com café- É uma idade bem grande.

- Concordo com você.

Conversamos durante toda a refeição. Crew é um menino adorável e sabe palavras bem complicadas para a idade dele. Toni me explicou que precisa cuidar do garoto o dia inteiro, então me dispus para ajudá-la. Afinal, não tenho nada para fazer mesmo. Quando terminamos de comer, levo Crew para a sala enquanto Toni lava à louça.

Ele sugere que brinquemos de carrinhos, então atendo ao seu pedido. O meu celular está apitando desde que acordei, mas não tive coragem de olhar do que se trata. Agora que estou desocupada e curiosa, posso finalmente matar o que está me matando. Maldito instinto curioso.

CLUBE DO LIVRO:

Ronnie: Clifford e Penélope vieram à minha casa hoje de manhã para procurar por você, Cher. O meu pai já está sabendo e dará inicio às buscas, todas escondidas da população.

Betty: Também me fizeram uma visita, mas não respondi se estava aqui ou não.

Kevin: Meu pai já deve tê-los avisado que não está na nossa casa.

Obrigada por me acobertarem, amo vocês.

Betty: Quando vamos poder te visitar? Estou com saudades.

Vou falar com a Toni e aviso a vocês, mas conseguirei isso o mais rápido possível.

A informação de Verônica veio em boa hora. Estou sendo acolhida por Toni e essa busca renderá problemas aos serpentes, coisa que não quero causar. Disco o número ainda decorado por mim e espero que a pessoa do outro lado da linha atenda à ligação, o que acontece depois de quatro toques.

- Sabia que a sua fuga não duraria muito.- ouço a voz irritantemente confiante do meu pai- Precisa que eu mande o Ben ir te buscar?

- Não estou ligando para pedir ajuda. Estou ligando para pedir que encerre qualquer busca que esteja prestes a iniciar.- me afasto de Crew, pois não quero que ele ouça a conversa aflita que está começando.

- Não posso fazer isso.- ele respira fundo- Hiram se disponibilizou em ajudar e ainda não sabe o motivo da sua ausência. Se recusarmos, parecerá suspeito.

- Não me importa o que vai parecer. Diga a Hiram que não preciso ser encontrada, por que estou na Inglaterra junto ao Jason. Fale qualquer coisa que cair na telha, mas encerre as buscas.

- Precisa voltar para casa, Cheryl.- ele diz com calma- Não sei onde está, mas é perigoso. Nenhum lugar é seguro como a nossa casa.

- Tem certeza?- o homem não responde, então continuo- Uma casa com dois assassinos dentro não me parece muito segura.

The end of RiverdaleOnde histórias criam vida. Descubra agora