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Cheryl Blossom

Não costumo dirigir para casa assim que o sinal da escola toca, mas é o que estou fazendo agora. Levo pouco menos de quinze minutos para cruzar os portões da mansão e logo sou interrogada por Ben mais uma vez.

- Não é muito cedo para estar em casa, senhorita?- o homem checa o horário em seu relógio de pulso apenas para ter certeza de que não está enganado.

- Não tenho nenhum compromisso esta tarde, então não há motivos para continuar longe de casa.- Ben assente, então sorrio para o homem de forma pervertida- Acho que está um pouco obcecado por mim, Ben.- seus olhos assumem o nervosismo que está sentindo- Sinto que os meus pais não gostariam de saber que o segurança está obcecado pela filha mais nova deles...

- Senhorita Blossom, não é nada disso.- o homem ata as mãos- Estou apenas fazendo o meu trabalho.

- Então cumpra o seu papel e proteja a nossa residência. Não é preciso questionar cada passo meu para manter a mansão Blossom longe de invasores.

Pisco para o homem que se mantem parado. Arranco com o carro novamente para deixá-lo estacionado na vaga de sempre e sigo para dentro de casa. Após comer com os meus pais e conversar sobre as coisas mais banais do mundo durante uma hora completa, subo para o meu quarto e tomo um banho demorado.

Espero que os dois saiam para trabalhar para dar continuidade ao meu dia. Quando a casa volta a ficar em silêncio e possui apenas um carro na garagem, posso finalmente sair da minha caverna. Vou para a cozinha e preparo a mesma marmita que fiz ontem a noite, com a ajuda de Lola. Eu gosto da mulher. Ela não me enche de perguntas sobre o que estou fazendo e para que serve como os outros.

- Precisa de mais alguma coisa?- ela questiona ao me entregar quatro guardanapos.

- Está tudo aqui. Obrigada, Lola.

Sorrio para ela e sigo para o jardim. Cruzo toda a grama sintética longe dos olhares de conhecidos, entro na curta floresta nos fundos da nossa propriedade e caminho a passos largos até o galpão de jardinagem. Bato duas vezes na porta de madeira para eles saberem que sou eu, então entro de uma vez.

- Cadê o Foca?- olho ao redor e não encontro o garoto.

- Saiu.- Toni responde com indiferença, ainda concentrada no celular.

- Como assim saiu?- fecho a porta e me aproximo da garota- Toni, o Foca não pode sair desse galpão. Vocês não estão em Riverdale, precisam tomar cuidado.

- Não precisa se preocupar com ele, Cheryl. Foca consegue se virar muito bem sozinho.- seu tom é calmo.

- Claro que me preocupo com ele, Toni. Se alguém flagrou o Foca saindo, o viu saindo da minha casa.

- Ei, calma.- ela larga o celular e fica de pé, se aproximando de mim- O Kevin veio aqui e o levou para almoçar. Garanto a você que ninguém viu os dois saindo.- suas mãos estão nos meus ombros, me mantendo parada.

- Tem certeza?

- Absoluta.- seus olhos me passam firmeza, então fico tranquila- Pensei que fosse gostar de ficar sozinha comigo, pequena Blossom.

- Pequena Blossom?- a garota me solta e volta a sentar no colchão.

- É o seu novo apelido.- continuo confusa, o que a faz explicar de uma vez o que isso significa- Agora que sei que não é a única herdeira Blossom, já que possui um irmão mais velho, preciso te chamar de pequena para diferenciar.

- Como se fosse ter algum contato com o Jay-Jay.- coloco o recipiente com comida em cima da bancada de madeira e me junto a ela no colchão.

- Jay-Jay?- Toni repete o apelido na mesma entonação que a minha quando pronunciei segundos atrás- É um apelido muito fofo.

The end of RiverdaleOnde histórias criam vida. Descubra agora