fifteen

709 71 18
                                    

VINNIE HACKER

📌 aldeias das marés

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

📌 aldeias das marés

Um homem tinha o direito de se sentir um adolescente ao pensar que a mulher mais bonita que já viu estava lhe esperando em sua sala, sentada em seu sofá

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Um homem tinha o direito de se sentir um adolescente ao pensar que a mulher mais bonita que já viu estava lhe esperando em sua sala, sentada em seu sofá. Ela tinha olhado para mim, sem camisa, como se quisesse me devorar, e eu queria muito ignorar minha imaginação que já pensava em um milhão de coisas que queria fazer com ela, mas estava difícil para caralho.

E isso porque eu nem fazia o tipo que falava muito palavrão. Enfiei-me no chuveiro, com a água o mais fria possível, esperando que isso sossegasse a porcaria do meu tesão por ela, mas aquele olhar que me lançou, tão intenso e sensual, não saía da minha cabeça. Ela tinha me levado biscoitos, pelo amor de Deus... provavelmente tinha intenções completamente inocentes, de agradecimento pelo que eu tinha feito por seu filho – embora não precisasse de nada disso. O pervertido era eu.

Voltei à sala, e ela estava me esperando, observando algumas fotos sobre o rack da sala. Meus cabelos longos estavam molhados, então coloquei uma mecha atrás da orelha, depois usei a mesma mão para tocá-la no ombro, chamando sua atenção. Ela se assustou um pouco, o que me fez rir, porque estava xeretando. Isso não me incomodava em nada, mas sua reação foi engraçada. Mas logo passou a não ser. Por alguns instantes eu a vi completamente assustada, chegando a recuar para se afastar de mim, como se eu fosse agredi-la pela impertinência.

Era a clara imagem de uma mulher que foi abusada por tempo demais para que a situação se tornasse um trauma. Queria dizer a ela que nunca usaria minhas mãos para machucá-la. Que meus dedos jamais ficariam marcados em sua pele para qualquer outra coisa que não tivesse a intenção de lhe dar prazer. Eu seria o homem que Lívia quisesse que eu fosse: bruto ou delicado; gentil ou voraz. As regras seriam ditadas por ela, em qualquer situação. Só que preferi não me manifestar, porque não queria constrangê-la. E deu certo, porque ao perceber que não seria repreendida, pegou um dos porta-retratos e perguntou:

— "É sua família?" — Apontou para a foto, onde havia três pessoas além de mim: um casal mais velho e uma moça um pouco mais nova do que eu, mais ou menos da idade de Lívia. Assenti, em resposta, e observei o retrato, com um sorriso nostálgico no rosto.

𝐓𝐇𝐄 𝐇𝐎𝐔𝐒𝐄 𝐍𝐄𝐗𝐓 𝐃𝐎𝐎𝐑 Onde histórias criam vida. Descubra agora