Capítulo 19

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Minha paciência está acabando e minha mãe só está piorando tudo, ela não para de me encher a paciência

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Minha paciência está acabando e minha mãe só está piorando tudo, ela não para de me encher a paciência. Nunca na minha vida tive que aturar seus sermões mais que 10 minutos, isso até mesmo quando éramos crianças e adolescentes e aprontávamos a ponto do céu cair na terra, acho que Verena não estando aqui, toda a sua atenção caia sobre mim e eu estou rezando para aparecer um problema que eu tenho que sair e resolver. Ainda me perguntam porque não tento algum para passar mais tempo em casa.

— Mamãe, me diga o que fazer então! — Ela ficou me encarando o que durou uma eternidade. — A senhora está falando há um bom tempo como fui deixar isso acontecer, então faça a gentileza, me diga o que eu devo fazer para acabar com toda a loucura do mundo?

— Não fale assim com a mamãe. — Virei para meu irmão, Luca está descendo as escadas para se juntar a nós na sala, sua mulher logo atrás com sua filha no colo.

— Luca... — falei seu nome mais como um aviso do quê qualquer outra coisa.

— Mas é claro que você não se importa com sua mulher, se importasse, teria feito algo.

— Impressionante como vocês acham que sabem da minha intimidade com minha mulher. — Meu irmão riu, minha mãe também riu.

— Então nos diga onde ela está. — Ele cruzou os braços, sua mulher ao seu lado com o braço enlaçado ao dele.

— Para quê? Para que eu traga pelos cabelos como vocês tanto estão falando pelos cantos, para que eu faça? As picuinhas delas não vão acabar só por causa disso.

— Então você acha que a coisa toda é  devido a uma picuinha que dura esse tempo todo? — olhou para a própria mulher e riu — Você não sabe solta nada do quê se passa debaixo do seu teto. — Fiquei de pé. A Insolência do meu irmão está passando dos limites, e Luca sempre passa dos limites.

— Hum... me diga irmão, o que se passa debaixo do meu teto?

— Já chega! — Mamãe ficou entre nós dois, segurou no meu braço me puxando para o lado.
— Tem razão, filho, elas se resolverão entre si.

A atenção foi para meu pai, que acabou de chegar da Itália. Ele parou na soleira, olhou para nós em especial para minha mãe que deu de ombros e logo foi até ele. Os comprimentos e felicitações se seguiu, no final da euforia ele me puxou para o escritório, para o que de fato retornou para aos Estados Unidos.

O casamento dos meus pais já passou por todas as fazes, de se amarem incondicionalmente a se odiarem, agora? Não se sabe bem. Parece que estão na fase amigável.

Meu pai se sentou todo esparramado na cadeira, procurou nas gavetas dos armários sua caixa de charutos, estendeu um para mim, recusei.

— O que sua mulher aprontou agora?

— Nada de mais. — me remexo na cadeira sob seu olhar de "coloque ordem na sua casa". — O senhor sabe que não é possível controlar as mulheres.

— Mulheres insatisfeitas. — pigarreei novamente me remexendo na cadeira.

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