Capítulo 29

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Eu venho vivendo minha vida sem me apegar ao que poderia acontecer, os sentimentos não vividos e o que poderia fazer com os meus anos futuros

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Eu venho vivendo minha vida sem me apegar ao que poderia acontecer, os sentimentos não vividos e o que poderia fazer com os meus anos futuros. Prefiro desfrutar do que tenho aqui e agora. Nunca me arrependi disso. Do meu modo de ver as coisas e de como resolver as coisas.
Até umas semanas atrás. Até o dia que acordei tive lapsos de memória, de uma noite movida a álcool, raiva e ciúmes.
Nunca fui o filho exemplar, o marido perfeito, o irmão leal, o capo adequado. Mas fiz tudo ao meu alcance para me manter onde fiquei durante todo esse tempo e fiz o que deveria fazer. Matei, escondi, refugiei, fiz o meu papel.
De tudo de ruim que fiz, que ordenei que fizessem, a pior delas, a que me arrependo amargamente foi daquela noite. O pior dos homens fui. Mais que o normal. Forcei, violei e não soube como agir, reconhecer no outro dia. Eu sabia que o que fiz foi vergonhoso, imperdoável e por não saber o que fazer, ignorei. Fingir que não fiz, que não lembrava e que era tudo normal. Sou um merda, eu sei. Mas dessa vez... não tenho perdão.

Quis, quero me redimir e é por isso que eu estou disposto a perder tudo por ela. Porque sempre foi ela, todos os meus batimentos descompassados foi por ela. No lugar escondido no fundo do meu coração escabroso, ela estava lá. Estou admitindo agora porque, estou a ponto de morrer. Exagero. Sim, devido que o sangramento já foi controlado e foi apenas um tiro de raspão.

Antes...

— Não é a primeira vez que ela falar algo assim. — Deise disse calmamente como se não tivesse acabado de sair de uma discussão, longe de ser a discussão, uma briga mesmo, saiu no tapa e tudo. — Não acho que seja coincidência.

— O que você quer que eu diga? — cocei a barba me encostando no batente da porta.

— Quero que me confirme ou desminta! — gritou.

— Não me responsabilize pelo que outra pessoa fale, Deise. Sou responsável pela apenas o que eu digo e faço.

— Não me venha com essa. Não me venha com essa balela. Não e a primeira vez que Verena insinua que vocês têm algo, quando não é isso joga na minha cara que não posso te dar um filho.

— Sabe que não me importo com filhos. Nunca me importei.

— Acho que eu não sei que só fala isso para não me deixar mal. — me aproximei dela segurando-a pelos seus ombros.

— Deise, eu não quero filhos, não me importo com crianças e já passamos da idade de brincar de família perfeita com dois filhos e um cachorro. Em que mundo você vive, que acha eu gostaria de pôr uma criança no mundo e no mesmo minuto que isso acontecer, a vida dela cair em risco?

— Não está falando sério, está? — seus olhos estão cheios de lágrimas. Eu estou cansado desse assunto e consolá-la.

— Não estou falando isso para te magoar ou para amenizar sua dor. Já tentamos de tudo meu amor. Fizemos o possível e impossível para ter um filho, se não aconteceu não adianta se lamuriar.

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