Capítulo 17

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Me olhei no espelho, as marcas das unhas que Deise deixou nas minhas coxas, foi o único lugar que conseguiu alcançar

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Me olhei no espelho, as marcas das unhas que Deise deixou nas minhas coxas, foi o único lugar que conseguiu alcançar. Molhei um pedaço de algodão com anti-séptico, pressionei sobre os arranhões. Ardeu.

Fiz uma mala, com apenas uma muda de roupa, documentos e dinheiro, ou seja, a mala que esta sempre pronta para imprevistos.

— Verena? — guardei a mala antes de voltar para o quarto, encontrei Nina sentada na minha cama. — Vim ver se você está bem. — Ela falou.

Hum... Nina é bem mais próxima de Deise do que a mim, então...
Balancei a cabeça mais como "já viu pode ir."

— Estou bem, sim, ela que o surtou.

— Mesmo ou você provocou?

Falei. Nina só está aqui como para cumprir tabela.

— Então acredita nela e veio aqui para me chamar de mentirosa?

— Não. Não estou chamando ninguém de mentirosa, mas às vezes você faz a gente te odiar.

— Nina... ela simplesmente começou a me xingar e me bateu. O que queria que eu fizesse? — ela apenas me encarou — Deve ser um daqueles períodos.

Em que faz uma tentativa falha e o que acontece? Não dá certo e desconta na primeira pessoa que ver pela frente e quase sempre sou eu e toda vez não deixo barato, só porque estar passando pelo período difícil não vou deixar que me use como bode expiatório, como no caso que fiz com ela. Mas é aquela coisa né... Algumas vezes existe o caso de dois pesos e duas medidas.

— Fala como se fosse algo simples, que não afetasse ninguém.

Sabe a sensação, que, na verdade, não é uma sensação e sim um fato, é que tenho sempre que medir as palavras que vou falar, mascarar as palavras de boas maneiras, sorrisos gentis que são unicamente falsos, com essa família.

— Nina... — falei na maior paciência.

— Isso para ela é coisa séria, machuca. E não é pecado não perder as esperanças de ser mãe. Você é mãe de duas crianças, mesmo que não seja das melhores...

Essa vaca só pode estar querendo morrer!

— O quê? Você vem aqui no meu quarto insultar a minha conduta como mãe? Era só o que me faltava mesmo!

— Está bem... — ficou de pé, passou às mãos na saia — Posso ter escolhido as palavras erradas...

— Todas elas.

— Tudo bem, Verena, vou te deixar em paz, mas só vou te alerta de uma coisa, nem é alerta, é mais um fato mesmo. Você age como se fosse melhor que a gente, só porque é mulher do Don. Você pode ser maior que a gente fora desses muros, para a organização, mas aqui dentro somos todos iguais.

— Nina...

Some da minha frente.

— Eu vim ver como você esta, assim como fiz com ela. Então, já fiz minha parte.

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