Capítulo 20

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Evitei responder várias perguntas que meus filhos fizeram depois que despertaram já no caminho para onde vamos ficar, aterrizamos na França, Enzo vai manter o que falou e irá visitar Durand, enquanto vou com as crianças para um chalé não muito lon...

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Evitei responder várias perguntas que meus filhos fizeram depois que despertaram já no caminho para onde vamos ficar, aterrizamos na França, Enzo vai manter o que falou e irá visitar Durand, enquanto vou com as crianças para um chalé não muito longe daqui, ele ficou de nos encontrar o mais rápido possível. No caminho até aqui passei em algumas lojas de conveniências, comprei o necessário para no máximo uma semana, fora algumas roupas e brinquedos que não trouxe e um celular pre pago. Enquanto preparo macarrão com queijo, as crianças estão rabiscando alguns desenhos bem aqui na minha frente, disquei o número da minha irmã.

— James! Queria mesmo falar com você. — Ela riu, ela sabe que sou eu e se fala um nome de uma pessoa aleatória, sinal que ele colocou alguém para vigia-lá e tentar notícias minhas. Qual a dificuldade daquele homem levar um pouco a pé da letra o que deixei de recado para ele?

— Esse é número seguro, me ligue quando achar que está sozinha. Estamos bem,
vamos voltar em breve, não se preocupe.

— Sim, claro, é um alívio saber que você encontrou aquela apostila que perdi. Tudo bem, até depois.

E a ligação foi finalizada. Se eu tivesse esperado mais umas 5h00, talvez ela estivesse sozinha, e pudéssemos conversar melhor, Meredith é a única que consigo ser eu mesma e... Eu não queria ser esse peso para ela, ela tem nos ombros o peso de me ouvir lamenta a minha vida. Tenho certeza que sou um peso para ela.

...

Faz 30 horas que estamos aqui e as crianças,
pediram para voltar para casa mais vezes do que eu gostaria. Fui firme, dura e não deixa margem para fazerem mais pirraça, porém crianças são como são.

Cobri Alex lhe beijando a testa.

— Mamãe? — parei. — Quando vamos voltar para casa?

Meu estômago se retorce com inquietação.

— Alex, já conversamos sobre isso filho.

— Sim, mas quero saber.

— Estamos passando uns dias aqui, não vamos ficar para sempre. Sei que sente falta da escola e dos seus amiguinhos.

— E do papai também. Da vovó, da tia Nina e até da tia Daise.

— Eu sei, filho.

— Por que fomos embora então? — Passei a mão na saia enquanto me sentei ao lado na cama.

— O papai está passando pelo, um momento difícil que... Tem que fazer algumas escolhas e a melhor opção agora, para ele, era que a gente se afastasse.

— Por quê?

— Porque dúvidas são difíceis e...

— A gente estava correndo perigo?

— Não desse nível. E seu pai e ele nunca deixaria que nada de ruim acontecesse com vocês. Nisso ele é um ótimo pai.

— Ele é um ótimo pai mamãe. — concordei balançando a cabeça. Me inclinei sobre ele, lhe beijando a bochecha, arrumei novamente a coberta.

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