Penúltimo Capítulo

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Mordi a mão para abafar meus próprios soluços, nem tinha notado que estou chorando

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Mordi a mão para abafar meus próprios soluços, nem tinha notado que estou chorando. Respirei fundo tentando diminuir meus batimentos cardíacos, olhei as horas no celular, ainda falta 20 minutos para a terapia de Paul acabar. É tempo suficiente. Limpei as lágrimas e aprecei o passo corredor afora, dobrei para esquerda, seguir reto, passei por uma pequena sala de espera e novamente entrei no corredor avistando já o número do quarto em que Leone estar. Eu podia ouvir vozes vindo de lá. Vozes masculinas e reconheço as duas. Abri a porta encontrando Leone e Michael cara a cara e os minutos seguintes foram tão rápidos e sufocantes.

Os olhos de Leone recaíram em mim e Michael olhava para ele com um sorriso medonho, sentir um frio na espinha me arrepiando inteira.

As vozes ficaram mais perto, exaltadas e confusas, o quarto explodir de agentes federais. Na confusão me empurraram para o lado, Leone gritou tentando vir até mim, mas foi impedido por um dos agentes com um empurrão forte o fazendo bater com tudo de costas na parede, o prenderam ainda na parede com o braço em seu pescoço.
Michael de canto, com os braços para trás rindo, enquanto um dos agentes dizia:
— Estar preso por tráfico de drogas, armas, lavagem de dinheiro, pagamentos de propinas, assassinato... — ele continuou listando mais algumas coisas, mas não prestei mais atenção, só conseguia ver nos olhos e expressões de Leone os anos passados e futuros perdidos. — Tudo que falar deve e será usado contra você. Tem direito a um advogado em caso de não puder pagar, o governo providenciara.

O algemaram, ele cambaleou para frente com um empurrão que deram, me joguei na sua frente, agarrando-o pelo pescoço.

— Se afaste! — me arrancaram dele.

— Não toquem nela! — Leone gritou enfurecido.

— Eu estou bem. — garanti, novamente me aproximando dele. — Só preciso... só quero... — as palavras morreram nos meus lábios.

— É esposa? — um dos oficiais perguntou.

— Amante. — disse Michael e eu o odiei por isso.

— Ela é minha. Minha mulher. Meu amor.

Michael riu de fundo e não consegui mais me conte, avancei para cima dele lhe estapeando o rosto com todo ódio.

— Cale a boca! — me virei para um dos policiais — Me dê só um minuto, me dê apenas só um minuto para falar com... por favor.

O cara ficou olhando de mim para Leone e fez apenas um movimento de cabeça concordando. Agradeci e me virei para Leone. Sua expressão agora está neutra, a não ser entre as sobrancelhas, um vinco entre elas que o quanto estar preocupado.

— Desculpa. Me desculpa por te fazer presenciar essa situação.

— O que está acontecendo, por que estão te prendendo?

— Você não ouviu o que ele falou? Todos os crimes que eu cometi?

— Isso só pode ser engano, você não... — E pela cara que ele fez, eu me calei.

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