Capítulo 28

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Michael estar a vinte minutos com Paul, os dois conversam em meio as risadas me lembrando nossa convivência num passado não tão distante, mas parece que foi a anos

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Michael estar a vinte minutos com Paul, os dois conversam em meio as risadas me lembrando nossa convivência num passado não tão distante, mas parece que foi a anos. Me remexi na poltrona pescando o celular do bolso, na esperança de... não sei. Essa cena, que mais parece a última de uma história que tinha todo para dar certo, é de partir o coração. O meu estar partido. Michael olhou para mim enquanto falava algo para Paul, os dois riram e isso fez meus olhos encherem de lágrimas, as reprimi, me obrigando a focar na mensagem que acabou de chegar. Rose não pode mais vim, assuntos pessoais. Sidney.
Nos minutos seguintes, os médicos apareceram para verificação corriqueira, que ocorre durante o dia, o que coincidiu com a consulta com psicólogo, então agora, só estamos nós dois. Eu e Michael. Ele se despediu de Paul com beijo estalado na testa e um afagar de cabelos, a última vez que irão se ver, irão trocar segredos e risadas. Sinto muito por isso.

— Ele parece estar se recuperando bem. — Disse ao se encostar na cama, os tornozelos cruzados. Os olhos em mim.

— Sim, ele está se recuperando bem.

— Não acha que já deu dessa... — Gesticulou com a mão com certo desdém. Balancei a cabeça concordando e com peso no coração, porque essa não será apenas a última vez dele com o Paul, será também nossa última vez, porque de algum jeito, eu sei que isso é o que vai acontecer.

Engolindo o nó que se formou em minha garganta, disse:

— Preciso te contar algo. — não estamos mais juntos, não chegamos a usar as palavras certas para tal coisa, mas ainda assim não estamos mais juntos, porém, eu gosto dele, até o amo posso dizer, os sentimentos que aprendi a sentir por Michael não sumiram só porque os com o Leone retornaram com força, sendo assim, tenho que ser honesto com ele.

— O que você tem para mim? — usou um tom falso de "humor" um sorriso mais forçado ainda nos lábios.

— Michael, juro que...

— Não fez de propósito? Que ainda me ama, mas ama mais a ele? — dessa vez não teve nada de bom humor falso, cada palavra foi dita com tanta fúria que meu primeiro instinto foi procurar uma rota de fuga mais próxima.

— Não é bem assim.

— Não é bem assim o que, Reece? — gritou. Suspirei tentando não parecer com tanto medo.

— Esse seu tom acusador, como se eu fosse uma puta manipuladora. — ele riu, e não gostei disso. Foi como se fosse exatamente isso. Claro, coloquei em panos limpos seus pensamentos.

— Tudo bem, Reece. — ergueu as mãos — Eu não posso te dizer isso ou como partiu meu coração, porque você não é nenhuma adolescente que não sabe seus reais sentimentos.

Sua voz soa mais dura a cada palavra e ele se aproxima mais. Encurrala das duas formas. No canto da parede e pelas acusações.
Ergui o queixo quando sentir meus olhos encherem de lágrimas, Michael com as duas mãos na parede de cada lado do meu rosto, sua respiração descontrolada mostrando o quanto a beira da loucura, ele estar.

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