Capítulo 18

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Meu celular não parava de tocar

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Meu celular não parava de tocar. Apertei o maldito na mão, a tela trincou.

— Para onde? — Dimitri perguntou assim que entrei no carro. Não falei nada, continuei olhando em direção as lápides, para Reece e seu noivo caminhando lado a lado.

A conversa não saiu como esperado, nem sei também o que pensei e o que falei. E aquele maldito chegou e atrapalhou tudo. Eles passaram ao lado do carro. Ela está tão triste e não parece que o noivo está disposto a ser compreensivo com a situação. O casamento deles será daqui a três meses.

— Encontrou mais alguma coisa sobre esse cara?

— Até agora, só o que já sabemos.

— Cave mais fundo. Encontre qualquer coisa.

Essa cara de bom moço dele, não me convence.

— Sim senhor.

Meu celular voltou a tocar, dessa vez é meu pai, então, ignorar não é uma opção. A ligação foi longa, arrastada, durou o caminho de volta para casa e ainda ficamos de continuarmos.

Mal entrei em casa e minha mãe já estava a minha espera no pé da escada, sua cara diz que não é nada que vou gostar.

— Mamãe.

— A sua mulher, a sua mulher, colocou essa casa de cabeça para baixo como se ela fosse a dona e senhora dela.

Só podia ser algo relacionado a isso. Sempre tentei que se dessem bem e para isso tem que haver convivência, mas os anos passam e parece que só piora.

— O que Verena fez? — Perguntei com a maior calma. Já teria uma conversa seríssima com Verena, mas dependendo do que minha mãe vai dizer, vai ter que ser num bolo só.

— Você sabe que a coisa com Deise e Enzo é um assunto que não se toca, mas parece que a sua mulher tem vento na cabeça e na primeira oportunidade que tem, jogar isso na cara dela, cutucando a ferida sempre e sempre. — Bufei.

Sinceramente esse assunto já deveria ser superado, mais de 10 anos de relação e não tiveram um filho, para quê tentar mais? Ficar usando disso como escudo para as bobagens como essa.

— Sei que minha mulher não é nada fácil de se conviver...

— Sabe mesmo? — Se ela não fosse minha mãe.

— Sei que minha mulher não é fácil de se conviver, mas Verena não faria nada sem que fosse provocada.

Foi como jogar sal na ferida, minha mãe me olhou como se eu estivesse defendendo o próprio diabo.

— Se foi ou não, eu não estava aqui para ver e o que importa é o estado que Deise estar agora.

E minha mãe continua falando do estado de nervos que minha cunhada está a ponto de ter um infarto e parar no hospital. Eu não tenho paciência para picuinhas idiotas, tenho um caralho de coisas para resolver, coisas que nem é da minha conta e que de algum modo me afeta e chego em casa tem essa porcaria de situação. Respirei fundo, apenas balancei a cabeça, querendo muito encerrar essa conversa e apontei para o andar de cima.

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