Capítulo 21

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Anos atrás...

A cerimônia foi íntima e rápida, a festa nem tanto. Pouca gente, mas não menos extravagante.
O cheiro de vinho de uma taça recém quebrada, fez Verena, já um pouco bêbada, rir. Ela pulou sobre os cacos de vidro aterrissando nas pontas dos pés, girou apontando para Leone, que está focado em tirar os próprios sapatos.

— A festa ainda não acabou. — ela disse se jogando na cama. Virou para o lado, olhando-o agora se livrando da gravata.

— Para mim sim. — ele disse um pouco embolado.

— É nosso casamento. Nossa festa de casamento... — Leone a olhou por tempo suficiente para que se sentisse desconfortável — Quanto bebeu?

— Não o suficiente, pelo visto.

— O que quer dizer. — arrumando os cabelos num emaranhado no alto da cabeça, Verena desceu da cama.

— Acho que minha nova esposa entendeu.

— Nova? — ela riu indo até ele. Ficou na ponta dos pés para lhe beijar o queixo, a jovem riu quando seu marido lhe segurou pelos pulsos. — Estou beijando meu marido. Somos casados agora. Essa é nossa noite de núpcias.

Sem recuar, Leone continuou parado, soltou seus pulsos sem relutância quando ela voltou a lhe beijar, tirar suas roupas.

— Estamos casados. — a voz dele soou baixa, embolada.

— Sim. Estamos e não vejo a hora de ser finalmente oficialmente a senhora Leone De Angelis.

— Faça o que quiser. — ele se deixou levar para a cama, caindo de costas, apenas de cueca, Verena inclinada sobre seu corpo, beijando-o o pescoço. — Faça o que quiser, me drogue como fez da outra vez.

Sem saber se realmente seu marido disse o que ouviu ou foi surto do álcool nas veias, Verena recuou. Ainda sentada sobre ele, as mãos espalmadas em cada peito do marido.

— De onde tirou isso?

— Amo outra mulher.  tenho certeza que ela vai ser meu único e verdadeiro amor, a mulher da minha vida e eu nunca  trairia ela por livre espontânea vontade, então a única explicação é essa Verena.

Sem reação, aos tropeços, Verena desliza para o lado dele. Engole o choro e humilhação e pergunta:

— Então não temos chance?

Leone não diz nada. Olhos fechados, tateia em busca dela, toca em seu joelho.

— Posso prometer, mas, tenho certeza que não vai acontecer.  

..

Acordei me sentindo sufocada

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Acordei me sentindo sufocada. Verifiquei minha pulsação. Acelerada. Está assim a uns dias. Levantei levando comigo a coberta sobre os ombros, passei no quarto das crianças as vendo dormi. Eles já não estão mais tão afoito para irem embora. Ainda não é mais que sete da manhã, mas com o "sonho" que tive, sem possibilidade de voltar a conseguir dormir, então vaguei pelo, o pequeno chalé em busca do Enzo. Sua cama improvisada de frente à lareira está desfeita e ele não está. A porta bate com o vento. Sem precisar abri-la, o avistei a uns metros à frente, falando ao telefone. Fez um sinal de que já está voltando. Fico observando-o enquanto ele patina sobre a neve de volta para dentro. Bate os pés no chão, passa as mãos nos braços e pernas. Tão diferente do jovem Enzo que retribuiu um sorriso, sorriso esse sendo responsável a nos trazer até aqui.

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