Capítulo 22

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um pouco antes

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um pouco antes...

Estou passando a pior fase da minha vida, se um dia achei que fosse ser largada no dia do casamento, grávida, ingênua fui. É insuportável se sentir inútil, não poder fazer absolutamente nada para curar seu filho. Quando o médico deu o "diagnóstico definitivo" foi pior. Além de inútil, uma mãe péssima. Como não notei os sinais, o sofrimento do meu filho? Não notei por que estava focada no meu, na morte do meu pai, em Leone com a carga emocional, dúvidas.

Joguei o copo descartável na primeira lixeira que vi, antes de voltar para o quarto. Me apoiei na parede e ao dobrar o corretor, avistei Michael na recepção.

— Senhor não posso da essa informação. — a recepcionista lhe dizia.

— Michael! — ele se virou para mim. — Pode liberar moça. Ele é meu noivo.

Ele se aproximou ficando a três polegadas de distância.

— O que aconteceu Reece? O que aconteceu para o nosso menino vim parar no hospital? E por que não me falou nada, vim saber hoje. Hoje Reece! E não foi por você.

E mais uma vez a plaquinha de irresponsável inútil recai sobre mim.

— Me desculpa. Eu não... me desculpa eu... — estiquei o braço segurando na manga da sua jaqueta. Ele nem me abraçou.

— Não entendo. Juro que não entendo. — Sério que nesse momento ele vai me cobrar a porra do nosso relacionamento? Esses dias foi tão aterrorizante que eu não tive cabeça para pegar o telefone e fazer juras de amor. No primeiro dia, às vezes que liguei para ele nenhuma fui atendida, então eu desisti. Ele estava tão preocupado que eu escolhesse alguém que jurava que não seria ele, então por que não fez o que disse que faria, que seria não desiste de mim? Passei a mão nos cabelos.

— O que era tão urgente em Miami, que você não tinha tempo de me ligar? Está me fazendo parecer que eu não te queria, quando isso não é verdade porque eu te liguei, por que não atendeu? Por que achava que seria ligação de adeus? Mesmo que fosse, você prometeu que não desistiria de mim na primeira oportunidade... — Michael me abraçou. É um pouco tarde, porque meu desejo é afastá-lo, chegou aqui fazendo acusações quando ele deveria, só me abraça, me consola.

— Concordamos que nós dois pegamos nessa questão. — Revirei os olhos, me afastando dele.

— Tenho certeza que já percebeu isso, já que é uma coisa relacionada a você, a sua personalidade talvez... Que sempre que você diz algo sobre mim e eu refuto algo sobre você, a mesma coisa, mas sobre você, sempre usar essa tática de que "concordamos que erramos"?

Ele olha para mim, eu o encaro de volta e um sentimento que não sei identificar me varre.
Minha respiração engata e um soluço paira sobre a borda de minha voz. Odeio essa situação.

— Reece... — recuei lhe virando as costas.

— Liguei para Leone. Ele está aqui?

— O quê? — Abri os braços, mostrando onde estamos. Não Somos pobres, temos uma boa condição financeira, mas não para esse hospital ser nossa primeira opção.

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