Capítulo 18

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No dia seguinte não saio do quarto. Estou nervoso, chateado e machucado física e mentalmente.

Ninguém diz nada.

No decorrer da semana fico com Namjoon trocando com um dos seus guardas eventuais. O homem não diz muito e parece até um pouco chateado com minha presença, mas não sugere nada.

Ele sabe e eu sei que tanto Taehyung quanto eu precisamos de tempo e espaço.

Bom, o tempo me deixa louco.

Apesar de tudo não consigo sair daquela casa e aquilo já está ficando ridículo.

Ando a passos firmes até o escritório do Taehyung depois de ouvir novamente de Namjoon que eu não iria acompanhá-lo em um almoço de negócios.

Tento entrar, mas sou barrado por um dos guardas mais antigos dele, seus olhos me fitam e sua mão está em meu peitoral.

- Ele está ocupado. - diz firme.

- Me deixe passar. - exijo baixo.

- Eu disse que...

- Deixe-o entrar. - a voz de Taehyung soa de trás da porta. - posso ouvir a comoção daqui.

Com um olhar frio o homem me deixa passar, abro a porta entrando e a fecho com força atrás de mim. Taehyung está atrás da sua mesa parecendo ler algo.

Faz dias que não o vejo e ele parece ter envelhecido muito. Meu coração afunda, mas tento não me abalar. Caminho até a sua frente e olho firme, mas ele me ignora como costuma fazer, porém sei que está bem ciente de minha presença.

- Isso é um castigo? Está me punindo? - pergunto deixando minha voz quebrar no final.

Seu olhar sobe para mim, ele solta o papel e encosta na cadeira estofada com o olhar serio me analisando.

- Porque acha isso?

- Porque está me mantendo preso aqui como um animal!

Taehyung respira fundo, toca o botão do aparelho ao lado e diz:

- Dispensados.

Sei que ele dispensou os seguranças porque aquela discussão pode ser longa e barulhenta.

Seus olhos vão para mim de novo, desta vez escondendo algo, ele faz muito isso.

- Você precisa de mais tempo para decidir? - meu olhar confuso o faz completar. - se quer renovar o contrato.

Cruzo os braços.

- É seu jeito sutil de me dispensar? - ele não diz nada, apenas me encara, suspiro. - Você está sendo infantil.

- Eu estou? - sua sobrancelha levanta me fazendo morder o lábio.

Ele não parece bem e eu só quero poder abraçá-lo.

- Taehyung-ah... Converse comigo. - peço amolecendo. - Se você quer saber tudo, eu conto, mas não... Não aja assim.

Seu olhar treme e então ele o desvia, sei que sentiu aquilo.

- Você não é obrigado a me dizer nada, não importa mais.

- Claramente importa. - rebato e ele torce de leve os lábios.

- Estou tentando te proteger, esperar a poeira abaixar. - confessa sem me olhar, olhando para a janela.

- Posso me cuidar sozinho.

Bufa me olhando de canto.

- Claramente não pode.

Respiro fundo e dou a volta na mesa ficando a sua frente, seu olhar me segue.

House Of Guns -  TaekookVkookOnde histórias criam vida. Descubra agora