26 - Trabalho de Hyunjin.

738 91 81
                                    

Hwang estava meio distante de Lee, que não entendia o porquê. Sempre que marcava de sair, ele dizia que estava ocupado e que tinha planos; às vezes dizia simplesmente que não podia. Ou quando ia na sua casa, não estava presente. Ele estava levando um fora tão de repente assim? Por que ele não contava o que fazia e aonde ia? Até alguns dias atrás estavam felizes depois de passarem um tempo juntos no parque de diversões, felizes por darem um simples selar de lábios. Ele sempre foi comunicativo, era estranho não contar nada.

O único momento que eles podiam estar juntos mesmo, era o intervalo na escola, e mesmo assim, Jeongin estava no meio. Não que ele não gostasse do rapaz, eles eram um trio de amigos e sabia que não podia reclamar sobre isso em voz alta, soaria rude de sua parte. E sim, Lee Minho pensando nos outros, realmente estava tentando mudar. Uma outra questão é que o mesmo não tem autoridade pelo seu amado, nem se namorasse. Deixaria para perguntar quando estivesse longe do mais novo entre eles, para que não ficasse um momento desconfortável.

— Ai Hyun, você tá carente demais hoje. — O loiro comentou.

— Me abraça! — Apertou mais o seu abraço, encostando o rosto nele.

— Vai abraçar seu namorado, vai. Tá machucando. — Deu tapinhas carinhosos em suas costas.

— Quero abraçar você.

— Tá bom, mas o Minho tá triste. — Abraçou de volta, acariciando o local dessa vez.

— Não tô não. — O rapaz ruivo desviou seu olhar, fingindo que observava qualquer outra coisa. Ele realmente estava meio triste com aquilo. Hyunjin estava um bom tempo sem demonstrar carinho e quando demonstrou, era com seu outro amigo. Também queria os abraços dele. "Por que ficou assim do nada...? Ainda gosta de mim...?", ele pensava, distante da realidade, tanto que nem reparou nos dois ocupados ali conversando.
Assim continuou com os pensamentos, até aquele horário de descanso acabar, o que, inclusive, não percebeu também. Só voltou para realidade quando Yang o sacudiu um pouco. Rapidinho ele se levantou e foi os acompanhando.

— Que foi, Minho? Tá viajando hoje. Tá triste por que o Hyunjin não te abraçou?

— Não, eu só tô pensando...

— Hm, sei. Se quiser falar comigo... Agora eu sou seu amigo também.

— Tá tudo bem, não precisa.

— Okay. Qualquer coisa tô aqui.

— Obrigado.

— Nada. — Sorriu gentilmente. Ainda era apaixonado em Hwang, mas já que os dois se gostavam, faria de tudo para ajudar e isso era bem fofo de sua parte.

Voltaram a caminhar em silêncio e se sentaram nos lugares, prontos para as próximas aulas que teriam.
Mesmo distraído com paranóias de sua cabeça, Lee se esforça para prestar atenção na aula. Diferente dos outros dois, que sempre participavam e respondiam o professor, apenas prestava atenção quieto, tentando descobrir uma forma mais fácil de entender.

As horas iam passando e Minho não aguentava mais, demorava tanto. Estava ansioso para perguntar ao Hyunjin o que estava acontecendo, desde que decidiu isso em sua mente; tocaria no assunto enquanto iam embora, talvez fosse melhor. Deitou sua testa sobre o caderno, não conseguia resolver nenhum dos problemas de matemática, odiava essa matéria. O mais alto do trio também não era fã, sempre quebrava cabeça e no final acabava entendendo e acertando; com o outro não era assim. Já o mais novo era uma história diferente, sempre fazia tudo com facilidade e acabava rapidinho. O lado bom, é que poderiam pedir uma "ajudinha" para ele e receber alguns pontos.

Finalmente aquele último sinal tocou. Todos arrumavam seus materiais apressadamente, saindo da sala o mais rápido que conseguiam. Realmente queriam chegar em casa logo, tanto que chegavam a derrubar uma pessoa ou outra. Bom, deixou de pensar nisso e saiu junto de todas elas, mas sempre perto de seus dois amigos. Quando passaram por aquele grande portão, se despediram do loiro, acenando ao seguirem o caminho de casa também.
Agora era só a dupla. Hyunjin, como sempre, comentava sobre tudo que era possível, às vezes até zoando e dando risadinhas fofas. Seu vizinho apenas sorria genuinamente, demonstrando sua felicidade e concordância com as palavras que dizia. Não queria interromper sua animação, então quando o mesmo abriu uma mínima brecha, decidiu abrir sua boca.

O Meu Novo Vizinho.Onde histórias criam vida. Descubra agora