Capítulo 6

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Bella

Dois dias depois

Depois do almoço no Mary's Place, Gael e Levi me trouxeram no Hotel, o loiro acabou me convidando pra sair com ele na segunda, ele quer que eu conheça as diversas belezas de Ketchikan. Gostei de ambos, achei eles bem simpáticos e prestativos, mas ainda não confio muito. Vamos ver como vai ser o decorrer das semanas.

Passo esses dois dias separando as melhores fotos e procuro uma gráfica pra mandar revelar as que mais gostei. Respondo diversos emails, mas minha mente insiste em pensar nessa floresta. Meu pai dizia que ia brincar com seus amigos nessa região que era belíssima. Por que será que hoje em dia tem esse boato do assassino? Será que na época do meu pai também tinha?

Não consigo acreditar nessas lendas urbanas, morei em Los Angeles minha vida toda e nada aconteceu comigo. E olha que lá é um lugar de gente maluca, serial killers, canibais, estupradores, enfim não acredito nessa história pra boi dormir. Troco de roupa e decido ir lá, ver com meus próprios olhos.
Visto uma roupa bem quente, pego minha câmera e vou para a região leste, na floresta de Ketchikan.

Visto uma roupa bem quente, pego minha câmera e vou para a região leste, na floresta de Ketchikan

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Chego lá no local, andei bastante, acho que foi quase uma hora caminhando. Não encontro ninguém, mas a paisagem é linda. Tem um lago congelado e o horizonte é de tirar o fôlego, onde o sol está pondo. Não vou demorar muito se não vai escurecer e eu tenho que voltar pro hotel a pé ainda. Um pouco distante vejo um uns alces lindos, grandes e fortes. Tiro diversas fotos e me distraio, quando percebo vejo que já está escuro. Merda.

Como vou voltar pra casa agora? Nem sei por onde entrei aqui. Começo a vasculhar por todos os lugares e tento encontrar por qual lugar eu entrei. Estou perdida, com frio e com medo. Por que fui inventar de vir aqui? E se o assassino vier aqui, se transformar numa fera e me matar? Que vontade de chorar.

Escuto barulho de carro e vou pro meio da estrada. Paro lá e balanço os braço pra chamar atenção e grito por ajuda. O carro freia bruscamente muito perto de mim e um homem gigante sai dele muito puto, provavelmente comigo, porque praticamente me joguei no carro dele.

- Ficou maluca, porra? Poderia ter te matado. - ele diz todo bruto. Ele é enorme, deve ter quase uns dois metros, tem olhos castanhos, uma cicatriz que vai da sobrancelha até metade da bochecha, tem barba bonita e cabelo grande. Será ele a fera que tanto falam? Mas uma fera não seria tão bonita assim.

- Desculpa, moço. Eu sou fotógrafa, vim tirar umas fotos da região e acabei me perdendo. Você pode me ajudar? - mostro minha câmera pra ele.

Ele me encara da cabeça aos pés e eu faço mesmo, estamos nos avaliando. Nunca vi um homem como ele, tão rústico, másculo, forte. Que safada eu sou, ele podendo ser um assassino e eu babando nele.

- Como se chama, pequena? - ele pergunta mais calmo. Sinto um frio na barriga quando me chama de pequena, gostei do apelido.

- Me chamo Bella, e você?

- Acho que já deve ter ouvido falar de mim. Não te falaram para não vir nessa região, pois uma fera assassina mora aqui? - o homem fiz debochando.

- Pois é, mas quis ver com meus próprios olhos. - desafio ele.

- Deveria escutar os moradores, pequena. Eles podem ter razão.

- Não me disse seu nome ainda.

- Sou Adam. - lembro de Gael me falando a respeito do assassino que vive aqui e ele se chamava Adam Prince. Dou um passo pra traz meio receosa. - Pelo visto já sabe sobre mim.

Apesar dele ser um pouco assustador e ter histórias sombrias sobre ele, não sinto medo. Ele não parece ser um assassino e sim apenas um homem normal.

- Então, é verdade o que falam sobre você?

- O que falaram sobre mim? Que sou um assassino, um monstro? Que se me irritarem me transformo numa fera assasina? - enquanto Adam vai dizendo isso, ele vai se aproximando de mim, até que fico encostada na árvore e ele bem próximo de mim. Tão perto que sinto sinto sua respiração. - Você ainda acredita em bicho papão, Bella?

- Eu não acredito no que todos falam. Se você fosse um assassino de verdade, já tinha me matado. - me perco no seu olhar.

- Não tenha tanta fé em mim, pequena. Posso não ser um assassino, mas não quer dizer que não sou perigoso. É melhor se afastar.

- Você que está me prendendo na árvore.

- E você por acaso não está gostando? Poderia me empurrar para afastar.

- Se você quisesse se afastar já tinha feito, Adam. - ele me pressiona mais na árvore e sinto que seu rosto está se aproximando do meu. Ele vai me beijar? Eu quero isso. Fecho meus olhos e sinto sua respiração cada vez mais próxima.

Do nada um outro carro aparece do lado oposto da estrada e para perto do carro de Adam. Vejo que é um veículo da polícia e um homem sai do carro. O gigante se afasta de mim rapidamente.

- Está tudo bem aí? Por que estão parados no meio da estrada?

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