Capítulo 10

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Bella

Levanto da cama suada pra caramba e sei bem por qual motivo. Sonhei com Adam, mesmo após eu me tocar pensando nele, sonhei que estávamos fazendo amor e eu pedia por mais gemendo seu nome. Nunca me senti assim com nenhum homem, tão entregue. Acho que se ele abrisse a porta do meu quarto agora e mandasse eu abrir minhas pernas pra ele, eu faria sem pestanejar.

Lavo meu rosto e escovo meus dentes. Tento dar uma arrumada no meu cabelo, mas foi uma tentativa falha. Fico com a camisa e a cueca que ele me deu mesmo, porque não tenho outra roupa pra usar. As minhas ele colocou pra lavar, então não tenho nada.

Desço as escadas meio insegura, porque estou na casa de um estranho, muito atraente e gostoso, mas um estranho. Sinto um cheiro maravilhoso vindo da cozinha e quando entro vejo uma mesa cheia de comida. Tem panquecas, calda de chocolate, torradas, queijos, enfim uma variedade muito grande. Adam aparece no ambiente e observo cada detalhe do seu corpo. Está lindo com essa roupa.

Pergunto se foi ele quem fez a mesa e ele diz que sim. Além de bonito, sabe cozinhar. Eu estou ferrada mesmo.

Depois de comermos nosso café da manhã, Adam me leva pra conhecer a biblioteca de sua casa, que fez em homenagem a mãe

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Depois de comermos nosso café da manhã, Adam me leva pra conhecer a biblioteca de sua casa, que fez em homenagem a mãe. Achei muito fofo de sua parte fazer isso. Ele deve ter um carinho muito grande por ela.

Atravessamos o corredor e observo uma porta dupla madeira. O gigante para em frente a porta e diz:

- Preparada? - ele me olha em expectativa.

- Sim!

Ele abre as portas e meus olhos se arregalam. Que lugar mágico! Nunca vi tantos livros assim na minha vida. Papai ia ficar louco de visse um lugar como esse, ele era um leitor nato. Vejo diversas estantes de madeira que vão até teto, algumas precisam de escadas para poder alcançar os livros. Olho deslumbrada pra tudo. Vejo algumas mesas que estão com livros expostos.

- O que são esses?

- São algumas versões raras que minha mãe colecionava. Tem uma das primeiras versões de O Apanhador no Campo de Centeio e O Grande Gatsby.

- Que incrível, Adam.

- Você gostou?

- Eu amei! É simplesmente mágico estar aqui. - olho para o teto e vejo espécie de afresco nele. - Quem pintou aqueles afrescos no teto? Ficou maravilhoso. - ele me olha meio incerto e diz:

- Contratei um pintor. - ele para de me olhar por um segundo e depois volta a me encarar. - Se quiser ler alguns desses livros ou sempre que quiser vir aqui, fique a vontade.

- Muito obrigada por compartilhar isso comigo, Adam. Fico muito feliz. - eu abraço ele e sinto seu cheiro.

Ele tensiona o corpo primeiramente e não retribui o abraço, mas logo em seguida me aperta em seus braços. Adam me cheira e solta um grunhido. Vamos nos afastando devagar e nos encaramos por um bom tempo. Ele é muito mais alto que eu, tenho 1,64 e ele deve ter quase dois metros, então minha cabeça bate abaixo do seu peito.

Adam coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e eu solto um suspiro. Suas mãos descem para minha cintura, ele segura com força, como se não quisesse que eu escapasse. Subo minhas mãos lentamente por seu peitoral largo e forte, passo minhas unhas levemente e o aperto aumenta. Ele me puxa para mais perto, ao ponto de nossos corpos estarem quase se fundindo. Nossos lábios quase se encostam, estão cada vez mais próximos um do outro. Sinto nossas respirações se misturando e se tornando uma só.

Não aguento mais esperar, quis beijá-lo desde o momento em que o vi pela primeira vez. Puxo seu rosto em direção ao meu e colo nossos lábios. A princípio não usamos língua, é apenas um encontro de bocas suave e gentil, ficamos nessa por um bom tempo. Ele chupa meu lábio inferior, acabo não conseguindo segurar o gemido. E movido pelo tesão, Adam enfia sua língua na minha boca. Soltamos um gemido alto quando sentimos nossas línguas se encostarem e se enroscarem. Elas travam uma batalha por espaço, enquanto subo minhas mãos tentando alcançar seu pescoço.

Adam sobe uma de suas mãos e puxa meu cabelo, minha cabeça vai pra trás. Ele passa a beijar e lamber meu pescoço com fome, depois retorna para minha boca e não me dá descanso. Nos beijamos até nossas bocas ficarem dormentes, só finalizamos com um selinho demorado e nos encaramos.

- Não deveria ter feito isso. - ele diz após minutos me olhando. Não demonstro, mas fico magoada. Acabamos de nos beijar intensamente, tivemos uma química avassaladora e ele me diz isso. - Não queria te desrespeitar, você é minha hóspede e nada mais. Não estou procurando um relacionamento, não quero que se iluda. - fico indignada com o que fala.

- Mas que belo idiota você é! Eu não te pedi em namoro e foi só um beijo. Não me desrespeitou, porque eu queria e queria muito. Se você não é homem suficiente pra assumir isso, tudo bem. Mas eu assumo que me sinto atraída por você e nada mais. - me afasto e vou pra saída da biblioteca. - Agradeço por ter me acolhido, mas me arrependo de vir pra cá, devia ter ido com Gael.

- Não fala desse filho da puta. Ele não é homem pra você.

- E você é por acaso? - Ele fica em silêncio me olhando parecendo arrependido. Não quero saber, ele quis ser um babaca e estragar nosso momento, então que se foda. - Com licença.

Saio do local e subo para meu quarto. Algumas lágrimas de ódio caem dos meus olhos. Pela primeira vez me entrego para alguém e recebo um "Não deveria ter feito isso". Eu mereço isso por ser uma tonta emocionada, mas não vai mais acontecer. A partir de hoje, não quero saber desse idiota, só vou esperar tirarem a árvore e as estradas estarem seguras para ir embora.

Passo o resto do dia no meu quarto, dou uma olhada nas fotos que estão na minha câmera e gosto muito do material que coletei

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Passo o resto do dia no meu quarto, dou uma olhada nas fotos que estão na minha câmera e gosto muito do material que coletei. Respondo alguns emails pelo celular mesmo e vejo que recebo uma ligação de Gael.

- Oi, Bella! Tudo bem? Como está sendo sua estadia aí com o esquisitão?

- Oi, Gael! Está tudo bem por aqui. E as estradas? Já posso voltar para meu hotel?

- A árvore foi recolhida, mas só segunda as estradas estarão disponíveis. E o nosso encontro ainda está de pé?

- Está sim, Gael. Não vejo a hora.

Conversamos mais um pouco e depois encerro a ligação. Olho pela janela e vejo montanhas com neve espalhadas no seu pico, o Alasca é precioso. Estou distraída quando escuto batidas na minha porta. Levanto da cama e abro vendo Adam com uma cara de cachorro abandonado.

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