Capítulo 4

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Bella

2 semanas depois

Saio do aeroporto de Ketchikan e procuro um táxi. Tem sido uma aventura e tanto aqui no Alasca, conheci outras cidades e foi incrível. Passei quatro dias em Anchorage, três dias em Juneau e vou passar cerca de um mês aqui. Vou ficar um tempo a mais não só por conta do trabalho, mas quero conhecer tudo aqui, afinal meu pai nasceu nessa cidade.

Olho para a paisagem ao redor e me encanto instantaneamente. Vejo geleiras, neve, diversas montanhas, florestas, casas de madeira coloridas e claro, pessoas agasalhadas. No Alasca, o inverno é o ano inteiro, o que eu amo muito, é a minha estação do ano favorita. Em Los Angeles, é quente o tempo todo, só faz frio a noite.

Vou ficar no hotel The Landing que fica a um quilômetro e meio do aeroporto, então cheguei bem rápido. Pago o taxista simpático e vou para a recepção. Meu quarto é bem espaçoso, uma cama de casal, poltronas perto da janela, uma escrivaninha, televisão e um banheiro grande, por 150 dólares. Achei bem justo valor, ainda mais que tem café da manhã incluso.

Tomo banho e me jogo na cama macia, estou tão cansada desses últimos dias loucos da viagem. Tirei muitas fotos e espero que elas sirvam para meu propósito. Apago as luzes e durmo um sono que parece eterno.

Acordo bem disposta, visto uma roupa bem quentinha, pois hoje está oito graus e olha que estamos no verão aqui

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Acordo bem disposta, visto uma roupa bem quentinha, pois hoje está oito graus e olha que estamos no verão aqui. Visto uma blusa de lã de manga longa e gola alta, uma calça jeans com uma meia calça quente por baixo, uma bota preta e um sobretudo preto.

Tomo meu café da manhã e decido bater perna

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Tomo meu café da manhã e decido bater perna. Começo visitando alguns museus, depois o píer, vejo que todos olham pra mim. Deve estar muito claro que sou turista pra essas pessoas. Tiro algumas fotos e continuo turistando.

Depois de algumas horas, encontro uma cafeteira chamada Mary's Place e decido comer algo, porque já estou faminta. Sento no balcão e espero ser atendida.

- Boa tarde, querida. É nova na cidade? O que vai querer? - uma moça com seus quarenta anos, gordinha e loira faz diversas perguntas ao mesmo tempo e parece bem solícita. Dou risada e digo:

- Boa tarde, sou sim. Me chamo Isabella, mas pode me chamar de Bella, muito prazer. O que você me recomenda comer?

- Que nome lindo, Bella. E você faz jus ao nome, é tão linda quanto. Me chamo Mary e sou a dona. Você pode experimentar a sopa de peixe, um prato típico do Alasca e eu me arrisco a dizer que sirvo a melhor sopa de todo o estado.

- Então, vou querer essa sopa, Mary.

- É pra já, querida. - ela pede ao cozinheiro para fazer o prato e volta a falar comigo. - Então, o que te traz aqui, Bella?

- Sou fotógrafa e vou participar de uma exposição a respeito das belezas do nosso país. Acabei escolhendo o Alasca, porque meu pai era daqui, especificamente daqui de Ketchikan.

- Que interessante. Qual é o nome dele?

- John. John Williams.

- Você é filha de John e Rosana?

- Sim, você os conheceu?

- Claro, querida. Estudei com seu pai, lembro que ele conheceu sua mãe e foi embora daqui. Nunca mais o vi. Como eles estão?

- Infelizmente, não estão mais conosco. Minha mãe morreu no parto e meu pai morreu tem um ano de câncer.

- Oh meu deus! Sinto muito, minha querida. Não queria ser insensível.

- Imagina, Mary. Você não foi, não se preocupe.

Conversamos bastante tempo, até que a sopa chega. Ela é feita com camarões e salmão, é uma delícia, bem leve e saborosa. Como enquanto converso com Mary, até que escuto o sininho da porta tocar quando ela se abre e um homem entra no estabelecimento. Ele é muito bonito, eu diria que um dos homens mais bonitos que já vi na vida, parece um modelo de comercial de perfume. Ele é alto, tem os cabelos loiros e olhos azuis. Seu corpo é feito de músculos, ele deve malhar bastante. O homem está junto de outro que parece ser seu amigo, diferente do loiro o outro é baixo, tem o cabelo castanho e os olhos azuis também. Os dois utilizam uniforme policial.

- Mary, vou querer o de sempre. - sua voz é grossa e potente. Ele olha em volta, mas seu olhar para em mim. - Não conheço você, é nova na cidade, linda? - coro um pouco.

- Sou nova aqui, é meu primeiro dia.

- Tá explicado, nunca vi uma beleza como a sua por aqui. - me olha de cima a baixo. - Sou Gael, linda, e você?

- Meu nome é Bella. - ele beija minha mão.

- E o que te traz aqui, Bella? - conto os motivos e ele presta atenção. - Posso te mostrar alguns lugares legais pra você tirar foto, você aceita?

- Claro, me ajudaria muito.

Converso bastante com Gael e trocamos número de telefone. Gostei dele, mas me pareceu meio arrogante com algumas coisas. Eu, Mary e ele conversamos bastante. Seu irmão, o outro que entrou com ele, se chama Levi.

- Eu vi uma floresta que fica ao leste da cidade que estou louca pra conhecer, meu pai falava muito sobre lá. - os três ficam em silêncio e entreolham. - O que foi? Falei algo errado?

- Não é seguro essa floresta, Bella. - Levi diz.

- Tem um louco que mora por lá. Dizem que matou o próprio pai quando era criança e agora se isola do mundo por aquelas bandas. Tem boatos de que quando está com raiva se transforma numa fera e ataca as pessoas. Se for pra lá, toma cuidado. - Gael diz.

- Quem é esse homem?

- Dizem que se chama Adam, Adam Prince.

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