Entramos em sua casa e fomos recebidos pelo mordomo, como eu disse, a mansão é muito grande e muito linda, mas não tanto quanto Aubrey Hall. Os móveis são todos de madeira, um lustre enorme no centro do teto assim que entramos no hall, vários corredores e uma escada bem no meio com uma porta ao fundo que parecia que dava para o jardim.
— Eu acho que nossa visita aos cômodos vai ficar para outro dia, por causa do seu pé.
— Tem razão, mas eu quero ver a biblioteca, aqui tem?
— Biblioteca e meu escritório. Vem, vou te mostrar.
Caminhando devagar, chegamos a biblioteca. Estantes que iam do chão até o teto, também de madeira, deveria ser mogno, com uma mesa na frente de uma enorme janela que dava também para um jardim, acho que era sua mesa de trabalho, tinha alguns papéis, alguns livros...
Fiquei tão encantada com todos aqueles livros, caminhei devagar e com os olhos brilhando, fui passando a mão em cada um deles lendo o título que estava na lateral, alguns não tinham então eu tirava da estante, olhava o título e colocava no lugar.
— Você gosta de ler?
— Adoro! Eu... eu sou escritora.
— Você é... você é escritora? – perguntou franzindo o cenho.
— Sim!
— Por que nunca me contou?
— Porque você nunca me perguntou.
— E o que você escreve?
— Romances.
— Ótimo gênero, eu sempre quis saber como funciona a mente de um escritor.
— Cheia de ideias, às vezes eu não consigo nem dormir de tantas ideias que ficam flutuando na minha mente, eu tenho que levantar pra anotar tudo. Às vezes eu começo uma história e já tenho ideias para começar outra e aí largo a outra e vou para nova, é uma pequena confusão na cabeça, escrever me faz pôr tudo em ordem.
— Eu gostaria de ler um livro seu, será que não tem algum aqui na biblioteca?
— Posso garantir que não. E você sabe que nessa época as mulheres têm que usar um pseudônimo, porque os homens são machistas o suficiente para proibi-las de fazerem tal coisa.
— Tem razão, mas ainda sim, eu vou procurar aqui na biblioteca para ver se eu acho um livro seu.
Fofinho! Mas infelizmente não iria encontrar nem que você tirasse todos os livros da estante.
— Posso me sentar aqui? – pergunto, apontando para a MESA DE TRABALHO dele.
— Quer sentar na minha mesa?
— O quê que tem? – com dificuldade consegui subir, colocando a bengala de lado e deixando meus pezinhos balançando para frente e para trás.
Ele foi até um pequeno móvel que tinha umas bebidas. Não me pergunte o que era, não fazia a mínima ideia.
— Aceita?
— O que é isso?
— Uísque.
— Não gosto, obrigada! Mas já que tocou no assunto... eu gostaria de te pedir uma coisa.
— Pode pedir.
— Me leva em uma taberna? Eu nunca fui em uma e gostaria de conhecer.
— Você... quer ir a uma taberna?
— Sim! Qual o problema?
— Eu só acho estranho. – disse querendo rir.
— Os Bridgertons não vão te deixar ir.
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No passado com os Bridgertons - livro 1
FanfictionO que você faria se tivesse a oportunidade de viver dentro do seu livro favorito? Bem, para Annelise Bernardi foi a experiência mais louca da sua vida. Apaixonada pela família Bridgerton, a garota de 24 anos do século 21, fez uma louca viagem no te...