43 - Despedidas

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Enquanto aconteciam os preparativos dentro de casa, eu e Henry fomos para o nosso lugar especial, sentamos debaixo da árvore, um do lado do outro, virando de frente para nos encararmos.

— Por favor, hoje eu não quero lágrimas.

— Vou tentar, não sei se vou conseguir. – sorriu tristonho. — Lhe trouxe um presente. – e tirou uma caixinha do bolso.

Quando ele abriu me deparei com um anel, de ouro e com uma pedrinha no meio.

— Era da minha mãe, e eu quero que leve com você.

— Henry, eu não posso aceitar, é uma joia de família, você tem que dar para sua futura esposa.

— Estou dando. – encarou meus olhos. — Mesmo que não nos casemos, foi você que escolhi, Anne. Lembra quando eu disse que escolheria uma esposa por amor? Pois bem, eu escolhi você.

— Mas você sabe que não vamos ficar juntos...

— Eu sei, mas ainda sim eu quero que leve esse anel com você, como seu presente de aniversário.

— Tá bom, seu bobinho! – estendi a mão direita para ele, que colocou o anel no meu dedo anelar. — Meu bobinho! – dei um beijo no rosto dele que sorriu.

— Que pedra é essa no meio?

— Diamante, era o anel preferido da minha mãe, ela adorava diamantes.

— Nossa e eu nunca vi um diamante de perto, tô muito chique.

Ele depositou um beijo na minha mão onde estava o anel.

— Já que me deixou um presente, eu também quero deixar uma coisa com você, para que fique de lembrança.

Eu estava com o meu colocar, aquele que veio comigo na viagem do tempo, ele era simples, não era de ouro, era um folheado. Tinha a letra A pendurado. Eu tirei e entreguei para ele.

— Fique com o meu colar, não é de ouro, mas deixo para você como um valor sentimental.

— Não importa o valor material, o importante é o que representa para mim Annelise.

— Ok, agora vem, deixa eu colocar em você. – me aproximando dele, coloquei o colar ao redor do seu pescoço e fechei. — Prontinho! Está lindo.

Sorrindo, trocamos olhares por alguns segundos e depois nos beijamos, foi um beijo breve...

— Annelise, eu quero te dizer algumas coisas...

— Ahh por favor, eu vou chorar? Se me fizer chorar Henry Kendall eu mato você.

— Não sei, meu bem... – ele sorriu.

Gostava quando ele me chamava assim...

— Então fale.

— Annelise de Souza Bernardi. Você é a mulher da minha vida, e eu adoraria, sim, passar o resto dela com você, casar, ter filhos, ver você como minha condessa, ser seu amigo, seu marido, seu amante... – ele tocou delicadamente o meu rosto e eu me aninhei a sua mão. — Eu adoraria te mostrar o mundo, mas infelizmente nem todos os finais são felizes para sempre. Às vezes haverá só o "felizes" e não o "para sempre", tivemos o nosso "felizes" Anne, e agora o para sempre será separadamente.

Eu já estava contendo minhas lágrimas nesse momento. Meus olhos estavam como duas lagoas reluzentes.

— Vou tentar ser feliz aqui, e você, seja feliz lá. Creio que nos conhecer não foi em vão. Eu precisava conhecer você Annelise. E agora eu me sinto vivo de novo, mesmo que parte de mim esteja partindo com você. – nesse momento ele já estava enxugando minhas lágrimas que escorriam. — Eu nunca te esquecerei, nunca, nem que se passem um milhão de anos, eu nunca te esquecerei. Obrigado por ter feito parte da minha vida. Da minha solitária vida.

No passado com os Bridgertons - livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora